domingo, 13 de julho de 2014

Happiness is looking forward to


Hoje acordei tarde pois não consegui adormecer até às 4 da manhã. Não foi o jogo que me excitou, nem a companhia do meu filho e neto, nem a telenovela que estive a ver com ele. Nem foi a visão da lua cheia lá fora, clara, iluminando as árvores da avenida e do jardim Botânico. Penso que não foi a angústia de estar sem filhos e netos a partir de Setembro.

Ontem estivémos a escolher o  alojamento da minha filha em Leeds, tarefa que é sempre entusiasmante, como se da primeira vez se tratasse.
Da Universidade enviam o nome dos homes possíveis e depois comparamos as localizações, os preços, os quartos, etc. Com o Google Maps vê-se tudo, os edifícios, as distância para a Universidade, as ruas a percorrer, tanta coisa que depois fica na nossa memória a remoer. Quero tanto que a minha filha seja feliz e que desta vez, consiga mesmo acabar o mestrado em legendagem e arranjar um emprego, uma ocupação, cá ou lá...



É isto que não me deixa dormir...por vezes.
Acordei calma e com desejos de estar em casa, sossegada, pintar, sonhar, cozinhar....sei lá....

O meu filho já regressou à comarca, estas semanas são para acabar coisas importantes e, embora as férias devesse começar no dia 15, teoricamente começarão no dia 30, tendo ele que voltar lá três dias em Agosto para efectuar o turno.

Se o vejo fora dali noutra comarca, até julgo que é mentira. Aquela terra é asfixiante, embora bonita, o meio muito fechado e os acessos terríveis. Tenho esperança de que a próxima, Melgaço, seja bem mais agradável e acessível, mas nunca se sabe o que nos espera antes de experimentarmos. Para já nem casa tem lá!

O filme da vida dos meus filhos passa constantemente na minha retina e , embora eles sejam todos maiores e vacinados, não consigo deixar de pensar nas mudanças que tudo isto provocará nas nossas vidas. Nas deles...e na minha.

Mas tenho de pensar e repensar : um dia de cada vez....

4 comentários:

  1. É isso mesmo Virgínia, um dia de cada vez!
    A vida prega-nos cada partida que não dá para fazer grandes projectos, com muita antecedência. Infelizmente, acho eu, porque como Mães gostaríamos de durante toda a vida, limarmos todas as arestas que lhes vão aparecendo, não é?
    Mas há que deixá-los voar, embora nos custe muito...
    Beijinhos

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  2. Gostava de um dia poder conversar contigo sobre os nossos filhos....over a cup of tea...será que dá quando eles partirem:)

    Bjinho e obrigada!

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  3. Ser mãe é uma felicidade mas é também muito difícil. Os filhos não são nossos. Há que deixá-los viver a vida deles embora, por vezes, eles a destruam o que não é o seu caso, felizmente.
    Desejo muita felicidade para o seus filhos o que significa desejar também para si.
    Um abraço.

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  4. É a coisa mais difícil que existe, deixar os filhos libertarem-se, mesmo que não concordemos comas suas opções...já o fiz e até já me arrependi, mas eles arenderam alguma coisa com a má experiência....
    Bjinho

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