Não me tem apetecido escrever. Ando na mó de baixo, sempre a oscilar entre o anseio e a depressão ou tristeza. Já só faltam dez dias...
Alegro-me com a presença dos meus netos aqui ou nos seus eventos musicais - hoje o Daniel vai cantar na ópera Carmina Burana no Coliseu e o André dançou no musical Música no Coração no Teatro Helena Sá e Costa - mas depressa me vem à cabeça a noção de que estes são dias contados até eles partirem para o outro lado do oceano, mais longe do que "cascos de rolha" como diz o avô dos meus netos. Quero lá ir, mas tenho receio de tanta coisa....
O mesmo se passa com a minha filha. Adoro ouvir o seu Boa noite, Mommy ou o seu riso enquanto vê vídeos no laptop, mas de noite imagino que estou sozinha e a casa parece-me enorme sem ela...queria que Setembro não chegasse....
Ainda por cima chove....uma chuva outonal e triste que até faz esquecer o mês em que estamos. Dantes, Julho era tórrido, a minha Mãe fazia anos e íamos jantar ao Ginjal na Outra Banda, atravessando o rio de barco ao fim da tarde....era o tempo da canícula....
Até na Praia da Luz chove. Ligo para o beachcam e vejo a praia em directo no meu Ipad. É como se estivesse lá, espantoso. Poucas pessoas na praia, as bandeiras viradas a oeste donde vem o vento e mais chuva. As palmeiras agitam-se desenfreadas. Pouca sorte para quem está de férias. Não me lembro de apanhar chuva naquele local....
Ficam-me as recordações recentes da estadia em Ofir, que foi linda e calma....o sorriso do meu neto querido, os banhos na piscina, os pores do sol, os jantares opíparos e até a telenovela vista pelos dois...
Pela primeira vez, tenho vontade de saltar um ano da minha vida e, de repente, acordar no dia 24 de Junho de 2015... quando todos voltarem, felizes e me abraçarem de novo.
Alegro-me com a presença dos meus netos aqui ou nos seus eventos musicais - hoje o Daniel vai cantar na ópera Carmina Burana no Coliseu e o André dançou no musical Música no Coração no Teatro Helena Sá e Costa - mas depressa me vem à cabeça a noção de que estes são dias contados até eles partirem para o outro lado do oceano, mais longe do que "cascos de rolha" como diz o avô dos meus netos. Quero lá ir, mas tenho receio de tanta coisa....
O mesmo se passa com a minha filha. Adoro ouvir o seu Boa noite, Mommy ou o seu riso enquanto vê vídeos no laptop, mas de noite imagino que estou sozinha e a casa parece-me enorme sem ela...queria que Setembro não chegasse....
Ainda por cima chove....uma chuva outonal e triste que até faz esquecer o mês em que estamos. Dantes, Julho era tórrido, a minha Mãe fazia anos e íamos jantar ao Ginjal na Outra Banda, atravessando o rio de barco ao fim da tarde....era o tempo da canícula....
Até na Praia da Luz chove. Ligo para o beachcam e vejo a praia em directo no meu Ipad. É como se estivesse lá, espantoso. Poucas pessoas na praia, as bandeiras viradas a oeste donde vem o vento e mais chuva. As palmeiras agitam-se desenfreadas. Pouca sorte para quem está de férias. Não me lembro de apanhar chuva naquele local....
Pela primeira vez, tenho vontade de saltar um ano da minha vida e, de repente, acordar no dia 24 de Junho de 2015... quando todos voltarem, felizes e me abraçarem de novo.
Ânimo, Virgínia. O importante é que os seus filhos estão bem, são felizes, seguem o caminho que escolheram e, acima de tudo, pelo que tenho lido nos seus "post", tanto filhos como netos,gostam e admiram-na muito.
ResponderEliminarE 24 de Junho de 2015 está aí. É só um saltinho.
Um abraço.
Virgínia, quero dar-lhe força e lembrar-lhe que não vão para sempre, não é? Como diz a Graciete é só um saltinho.
ResponderEliminarNa mesma situação está a minha irmã, mas pior porque a minha sobrinha com 23 anos foi para Inglaterra, como enfermeira e já disse à Mãe que não volta para Portugal! A minha irmã está devastada, mas ao mesmo tempo tem que a deixar seguir a sua vida. A outra filha já está a tratar do mesmo... Não sei que dizer e o mesmo me pode acontecer.
No seu caso, lembre-se mais uma vez que é temporário, está bem?
Beijinhos da Maria Eugénia
Porventura Vasco da Gama teve o mesmo sentimento antes da partida... mas esteve-se marimbando (não havia ainda marimbas, mas paciência) para o velho do Restelo, e partiu nessa viagem que mudaria o mundo. Há viagens interiores que só podem ser feitas quando se atingem certos patamares de (o termo é esse mesmo:) solidão. Intimidade.
ResponderEliminarVirgínia: chegou a altura de "ter um romance consigo própria" no que isso tem de "alheamento" (com muitas aspas) aos outros. Esta frase é da sua (e minha) Mãe.
Não sei porque é que surge Educas... nunca me chamei assim! Sou o Mim, seu irmão.
ResponderEliminarSó agora quase à 1 da manhã reparei nestes comentários tão reconfortantesde amigas e mano mais novo. è verdade que a ida deles é temporária, mas o meu problema é não ter ninuém - absolutamente ninguém da família a não ser o meu ex-marido a viver no Porto. Os meus filhos estarão todos longe, sobrinhos e irmãos vivem em Lisboa e Coimbra. Sobreviverei, mas aflige-me a ideia de uma solidão tão grande nesta cidade que não é a minha, por muito que a ame.Não tenho colegas de curso - fi-lo em Lisboa - as minhas colegas de escola afastaram-se depois da aposentação e acabo por preferir estar só. Confio na música, na pintura, na leitura e em muitas outras vertentes culturais para não me deixar deprimir e espero que as novas tecnologias me permitam ver os meus meninos lá longe em Palo Alto....espero que não me esqueçam...
ResponderEliminarUm beijo reconhecido para todos vós. Do coração!
PS. EDUCAS ( porque educas mesmo, as manas e não só! :))