domingo, 9 de agosto de 2015

Adeus, Ofir, até mais logo



Viémo-nos embora hoje e já estou em casa, onde está fresco, apesar da canícula que se faz sentir lá fora. Ainda aproveitei a manhã para dar uns mergulhos na piscina, lamentando o sol ter vindo só hoje e não nos dias anteriores...

Sabe bem chegar a casa, ter tudo arrumado, as nossas coisas no seu lugar, aquelas que nos são mesmo imprescindíveis e que sugerem pertença.

                                    O meu neto abalou para casa dos pais e vai-me fazer falta...


         O que vale é que planeei voltar ao hotel a 24 e já sei que desta vez vou ter o quarto que amo, com vista para o mar e para o jardim. Foi pena termos ficado do lado norte, pois é mais frio e ventoso, embora se visse o mar e as lojinhas pitorescas, cheias de artigos de praia.





                           É bom estar vivo....e o mar do norte é o mar do norte!!!Sempre agreste, tempestivo e sedutor, ainda que não nos dê confiança...




Oceano Nox

Junto do mar, que erguia gravemente 
A trágica voz rouca, enquanto o vento 
Passava como o vôo do pensamento 
Que busca e hesita, inquieto e intermitente, 

Junto do mar sentei-me tristemente, 
Olhando o céu pesado e nevoento, 
E interroguei, cismando, esse lamento 
Que saía das coisas, vagamente... 

Que inquieto desejo vos tortura, 
Seres elementares, força obscura? 
Em volta de que idéia gravitais? 

Mas na imensa extensão, onde se esconde 
O Inconsciente imortal, só me responde 
Um bramido, um queixume, e nada mais... 

Antero de Quental, in "Sonetos" 

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