terça-feira, 27 de junho de 2017

Memories


Dizem que o passado deve ficar no passado e que devemos viver o presente.

Impossível quando se está num local que é um autêntico baú de memórias.

Há 51 anos viemos para a Praia da Luz pela primeira vez. Recordei essa vinda excitante nas cartas que escrevi ao meu namorado todos os dias. Descrevia-lhe tintim por tintim o que fazia, quem via, como se passavam os dias, as actividades que fazíamos, idas à discoteca, à praia à noite, música e comidas. Tudo lá está com pormenores que já tinha esquecido. Ele às vezes cansava-se com as minhas descrições e comparava a minha vida com a sua no Porto atrás da Mãe ou na Curia no meio de velhinhos.


Nunca consegui convencê-lo a vir cá passar férias. Arranjava mil e um pretextos : exames de 2ª época, muito exigentes para quem queria 17s; mal estar geral, cansaço da vida coimbrã, necessidade dos mimos da Mãe e vice-versa. No fundo, tinha receio de não se adaptar a esta vida ao ar livre que nós fazíamos, sem horas e sem regras. Compreendo.

Hoje sinto que se passaram milhões de anos, uma vida inteira.

Fico deprimida a olhar para o mar. Isto tudo é lindo, sou a pessoa com mais sorte no mundo, mas as recordações vêm ao de cima e tenho saudades dum tempo que passou, dos meus Pais que amavam esta casa e que a decoraram, dos nossos amigos de juventude, que já nem sei onde param, dos passeios de barco a remos ou à vela, das brincadeiras e partidas que infligíamos uns aos outros, das cartas, das mangueiradas, do barulho.




Oiço o relógio da cozinha:
tic-tac. Está tudo calmo. A minha filha prepara-se para mais uns banhos lá em baixo. Anda feliz aqui, mas depois de amanhã vamos embora e ela vai para Leeds de novo. Eu terei de esperar 4 horas pelo meu vôo no aeroporto.

Faço anos amanhã. Pela primeira vez sem o meu marido. Estive sempre com ele, mesmo depois de nos separarmos. Mandava-me rosas, nunca outras prendas. Íamos jantar ao Churrascão Gaúcho, que era caro, mas selecto. Ás vezes íamos ao cinema. Onde isso já vai? Já nem me lembro dos 50 nem dos 60. No ano passado fomos ao BH Foz, que é simpático, mas não me diz nada.

Desta vez vou ver o jogo da selecção, jantar aqui uma quiche que comprei para comer com a Luisa. Vou arranjar um bolinho de anos com vela e ligar o skype para ver os meus meninos.

É um dia de anos sui generis. Mais um nesta caminhada.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Felicidade ou azar



Há momentos em que temos vergonha de ostentar felicidade quando tantos outros sofrem horrores e consequências de  calamidades indescritíveis.

Mas a Vida é única e infelizmente as catástrofes sucedem-se. Não se sabe como, nem porquê.

Eça de Queirós tocou o tema ironicamente no seu conto : O Mandarim.

Não nos toca o que acontece lá longe. O que acontece cá perto é o que nos faz sofrer, derramar lágrimas, sentir piedade e querer actuar. Nem sempre conseguimos.



Tenho estado estes dias em contacto com a minha cunhada, cujos Pais eram de Sarzedas de S. Pedro, onde morreram seis pessoas e o bombeiro que foi ontem a enterrar. Um dia terrível que se vai repercutir por muitos anos. Perdas irrecuperáveis. Cenas indescritíveis, que julgaríamos só ver em filmes-catástrofe. Telejornais abjectos, que exploram a infelicidade, espezinham dignidades, perfuram a alma humana. Tenho vergonha destes jornalistas, por muito corajosos que sejam ao ir aos locais mais perigosos. No fundo não sentem nada. Querem é atrair audiências.


Estou num paraíso e quase que me sinto mal. Por tudo ser tão perfeito.

A minha filha que acabou o seu MA em Audiovisual Translation na Universidade de Leeds está aqui comigo.Ambas adoramos praia, sol, mar, paz e beleza natural. Entendemo-nos na perfeição. Há silêncios que dizem muito, há riso, há confidências e cumplicidades.

Hoje está um dia maravilhoso. O sueste foi embora e o vento norte trouxe a calmaria, o mar transparente de cristal, o azul deslumbrante, o doce marulhar das ondinhas contra as rochas...um contraste perfeito entre os cenários da TV no centro do país e o sul cheio de sole benfazejo.

Não posso deixar de lamentar que nem todos possam gozar desta felicidade.

Mas agradeço tudo aquilo que tenho.

Infinitamente.








quarta-feira, 21 de junho de 2017

O mar da Luz


É impressionante ver as faces do mar neste cantinho tão pequeno.



Em três dias já o vi furibundo, menos agressivo, quase meigo e tranquilo, como hoje.
Tudo depende do vento , é ele que determina a agitação marítima e o visual que o mar nos apresenta.

Gosto muito de contemplar a fúria do mar, sente-se mais a sua força e enigma. Cada onda traz um novo ímpeto e energia.

Tenho muito respeito a este mar e só tomo banho em condições boas. Não me arrisco como dantes, quando saltava para fora da rebentação e conseguia furar as ondas. Nos últimos anos já tive más experiências e não quero magoar-me, de modo que contemplo, molho os pés , mas não me atrevo a ir mais longe.



Hoje já está uma calmaria outra vez. O sol só espreita de vez em quando, mas está quente, abafado , óptimo para banhos de mar. A água está a 22º, o que é excelente aqui. O vento virou a noroeste e as ondas serenaram. Está lindo...



 Horizonte
O mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
Linha severa da longínqua costa ---
'Splendia sobre sobre as naus da iniciação.
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta Em árvores onde o Longe nada tinha;
O sonho é ver as formas invisíveis
E, no desembarcar, há aves, flores, Onde era só, de longe a abstracta linha.
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte ---
Da distância imprecisa, e, com sensíveis Movimentos da esp'rança e da vontade, Buscar na linha fria do horizonte
Os beijos merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa




segunda-feira, 19 de junho de 2017

Há mar e mar...


Não tencionava trazer o mac para o Algarve, nem escrever no blogue, mas acabei por trazê-lo em boa hora e também acabo por ter dados móveis e internet aqui.

Quando namorava, passei muitas férias aqui na Luz, onde o meu Pai mandou construir uma casa fez 50 anos em 2016.

Esta casa poderia contar muitas histórias que revivi ao ler as minhas cartas para o namorado nos anos de 65 a 71. Passava as férias separada dele, nunca consegui convencê-lo a deixar a Mãe e vir para cá. Usei todos os argumentos possíveis e até nos zangámos por causa disso, pois ele dizia que não estava capaz de fazer vida de praia - realmente foram anos de saúde débil e exames muito exigentes - e que preferia ficar no Porto ou ir para as Termas. Escrevia-lhe cartas a contar todos os pormenores da vida aqui e agora vejo que pensava muito nele, mesmo quando havia à minha volta n rapazes simpáticos da nossa idade, camaradagem e vida social. Nunca flirtei com nenhum, eles eram apenas amigos, pois aquele de quem eu gostava estava longe. Gozavam comigo e até me faziam festa no dia 20 de Agosto, em que fazíamos anos de namoro.

Isto continua a ser um local sagrado para mim, repleto de recordações, algumas óptimas , outras más - tive aqui um aborto espontâneo em que sofri imenso e tive de ir de comboio para Lisboa de urgência - mil e uma experiências dos 20 anos até agora. É uma vida que se desenrola sempre que aqui chego.


É sempre diferente e sempre extraordinário.





O meu filho resolveu vir comigo de avião até Faro e passou aqui dois dias, tendo partido ontem para o Porto.Alugou um carro e demos ontem uma volta maravilhosa pela costa vicentina, que continua a ser um dos locais mais belos que conheço. A vista dos vários miradouros é estonteante, nunca me canso de lá ir. Vêem-se as praias e as pessoas minúsculas como formigas. Impressionante. As falésias são escarpadas de cores variegadas e formas incríveis.




















A praia de Castelejo onde, em geral, acabamos a volta é dos locais mais carismáticos que conheço, sinto algo de sublime quando lá vou, o negro das falésias, as ondas cadenciadas, a paz, o areal imenso, tudo me traz a certeza de que enquanto lugares destes existirem, temos uma Vida para viver.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Música da TV

Tenho andado a descobri os canais de música que me oferece a NOS.

O Mezzo e o Mezzo HD já são há muito a minha escolha favorita. Já ouvi aqui concertos, ópera, ballet, programas excepcionais de jazz ou de Música do Mundo.

Mas agora tenho descoberto outros canais mais ligeiros e que neste momento me animam mais do que Bach. Parece pecado dizer isto, mas penso que toda a música pode ser audível em dados momentos.
Lembro-me de casamentos onde dançávamos enamorados ao som da música brasileira ou pimba. Emocionavam-nos na mesma.
Há músicas que são eternas e delico-doces e que nos fazem chorar.

Também oiço muita música francesa agora. Algumas canções que ouvia nos meus 20 anos e que ainda me fazem calafrios pois são parte duma época em que cada ida à discoteca era uma experiência estratosférica. O meu namorado queixava-se sempre de que eu o fazia deitar tardíssimo e que Lisboa o deixava completamente esgotado. Em épocas de exames, nem lá punha os pés.

Hoje ouvi um cantor que não conhecia e adorei a canção e o video clip que fala do amor paternal. Já conhecia uma do Serge Reggiani que faz chorar as pedras, mas esta é muito bela também e não tão triste. Dedico-a ao meu Irmão Mário que é o melhor Pai do mundo.


Tu sera peut-être pas le meilleur mon fils
Mais pourtant moi, je serai fier
A quoi ça sert d'être riche
Quando on est riche d'être père
Tu seras peut-être pas le plus fort mon fils
Mais à deux, on sera millionnaire
Que je sois pauvre ou bien riche
Tu seras riche d'un pére
Tu seras riche d'un pére.


   
Claudio Capeo  "Riche"

terça-feira, 13 de junho de 2017

Mudança de visual



Mudei o cabeçalho.

Vou de viagem e resolvi mudar a cara do blogue.

Fiz esta pintura há meses. Tem uns tons indefinidos que é como me sinto neste momento.



Espero que gostem...a bientôt.

Quadros que não ficam para a história


Nunca pintei com o intuito de vender, nem de expôr sequer. Acabei por fazê-lo a pedido. Mas não gosto muito, nem acho que valha a pena o esforço. Gosto muito dos meus quadros e ofereço-os a quem realmente aprecia, é das coisas que mais prazer me dá. Ainda há pouco tempo ofereci uns a duas amigas uma flautista e outra oboeista,  que estiveram cá  de visita e no ano passado, a uns amigos suiços que nos visitaram e apreciaram muito alguns dos meus quadros.
Também já tenho oferecido à família, aos meus filhos quando vejo que gostam deles, o que não acontece com todos. Em contrapartida já comprei quadros bastante caros, de que gostei.
Já ofereci mais de 30 quadros que me lembre. E também dei alguns para serem vendidos num centro de Coimbra que faz vendas para fins humanitários. Gostaria de deixar os meus quadros a uma instituição psiquiátrica, que se comprometesse a usá-los na decoração das paredes nuas e brancas que, em geral, nada ostentam de criativo. Mas isso só quando o rei fizer anos, é mais difícil doar coisas em Portugal do que nos outros países.


Comecei a pintar quando me reformei e durante uns 4 anos, frequentei dois locais que me ajudaram a ocupar o tempo deixado livre pelas aulas, onde se pintava sem grande ambição. Convivi com pessoas interessantes e mesmo excelentes pintores, que ainda hoje recordo com saudade. Não aprendi muito, talvez porque sou rebelde e gosto de experimentar e de inventar. Sempre fui assim...


Deixei o atelier já há uns anos. Na altura estava cheia de trabalho para a editora e as deslocações para a Antero de Quental eram cansativas, pois tinha de levar materiais, mesmo quando os tinha lá guardados. Também não me dava jeito pintar à 3ª feira e depois esperar pela semana seguinte para continuar o quadro. Gosto de fazer tudo seguido.


Na Paleta, o atelier que frequentei durante dois anos, saía de casa, andava uns metros e estava no local. Infelizmente, tendo o professor Nikola Raspopovic partido para Berlim, o atelier fechou. Está agora condicionado por exposições, muito raras. Faz-me pena passar por lá e ver tudo fechado. Fui muito feliz.  Descobri que gostava de pintar e tive apoio, não só do professor como da dona do atelier, que ainda hoje admiro, Mª José Casais com quem conversava longamente fora das aulas e sepre que me apetecia ir para aquele espaço maravilhoso.

No segundo atelier, onde o professor era extraordinário e credenciado, o Professor Domingos Loureiro, que sempre admirei e de quem me considero amiga, nunca senti o mesmo ambiente criativo.
Ali conversava-se mais do que se pintava, distraía-me com tudo , o espaço era exíguo e não me parecia estar num local de trabalho. Ainda hoje funciona com outra gerência, mas mudaram para a Rua da Alegria que fica mais longe. Nunca mais lá fui.


Nunca consegui pintar bem no meio de muita gente. Aliás, em casa só pinto sozinha. Nem oiço música. Olho pela janela, inspiro-me nos verdes que me rodeiam e pego nos pinceis.  As vezes até à noite, sem boa luz. Nem me sirvo do cavalete, pois uso muita água; pinto na mesa que é de acrílico e muito moderna.
À volta tenho o meu ambiente, tudo o que é verdadeiramente meu, livros e revistas sobre Arte, cartas de namoro em caixas lindas de papelão pintado,  livros feitos por mim, materiais variados e quadros meus ou que adquiri nestes anos. É um local privilegiado ainda que com pouca luz do sol.




Hoje resolvi tirar um dos meus quadros grandes da parede e colocar lá uma série de quadrinhos que tenho feito nos últimos tempos. São quase todos abstractos e emoldurados em madeira. Compro as molduras em várias lojas diferentes: na Worten, na Fotosport ou no Chinês. Gosto muito de madeira crua para este tipo de quadros com cores pasteis. As fotos infelizmente, ficam cheias de reflexos que deturpam as cores dos quadros.

Ultimamente, também fiz uns quadrinhos sobre o Yorkshire - região onde a minha Luisa vive e que é das mais lindas que conheço. São pequeninos mas muito bonitos, na minha humilde opinião.



Não tenciono convidar nenhum expert para os ver.  É só para meu gozo visual.

E fico feliz com pouco. :)

domingo, 11 de junho de 2017

E se não houvesse Bach?

Oiço os motetos de Bach no Spotify.


Uma tarde triste, apesar do sol que queima lá fora.


Está uma tarde de ananazes, como dizia a minha Mãe. Não gosto muito do calor em demasia, mas aqui nesta bela cidade, há sempre possibilidade de escapar para a beira-mar ou para os parques que estão lindos nesta altura do ano.

As minhas fugas têm sido mais para a Praia dos Ingleses, onde me sinto em casa. Passar lá umas três horas a contemplar o mar no meio dos turistas, dar uma volta pela praia e depois pelas lojinhas da Rua Sra da Luz, confortam-me plenamente. Passo no Chinês onde compre moldurinhas para as minhas aguarelas a 1 euro cada.  Esta semana pintei este quadrinhos de que gosto. Tenciono pendurá-los no atelier todos juntos. Já tenho uns dez, todos diferentes.



Esta música eleva-me o espírito, é como se estivesse na igreja, os vitrais a irradiarem luzes de cores irisadas, o silêncio e a paz. Dantes ia muito à igreja, agora vou pouco, mas procuro locais semelhantes, onde me deixo invadir pela calma e serenidade, sempre um pouco triste e nostálgica, como esta música.




sexta-feira, 9 de junho de 2017

Poesia


Há momentos capturados pela objectiva sem que nós saibamos como , nem porquê.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Sonhos


Aos vinte anos, o meu M. dizia que eu vivia a sonhar.


Antes e depois de casarmos, mas sobretudo nos primeiros anos de namoro, em que o futuro nos parecia estar no "cabo do mundo", vivia de sonhos.
Mal eu sabia que esse cabo existia aqui não muito longe do Porto!!

Sempre fui uma lírica, segundo ele, e muitas vezes não conseguia pôr os pés assentes na terra, encarar a realidade friamente.

É verdade , vivia de esperança e só de quando em vez, desesperava perante os factos, a ausência constante, as complicações e as dificuldades da vida.

A verdade é que esses sonhos me mantinham a Fé, algo que já perdi há muito.  Ou então era a Fé que me alimentava os sonhos. Não sei. Endureci em poucos anos, deixei de ser menina para me tornar Mulher e como tal, enfrentei o Adamastor, sem medos. Nunca me faltou coragem. Faltaram-me talvez apoios.


Nunca teria sido quem sou agora, senão tivesse descido à terra. Por força das circunstâncias, durante quase 30 anos, tive mesmo de pensar na minha vida e nas dos meus filhos sem sonhos, aguentando o peso da realidade que, às vezes,  era grotesca e insuportável.


Não estou arrependida das decisões que tomei, mas tenho pena. Pena de ter perdido aquela pureza de sentir, aquela persistência no optimismo, aquela centelha que me fazia andar pra frente contra tudo e contra todos. Cada dia era uma aventura e gostava da adrenalina depois de dar aulas ou de apresentar manuais, o desconhecido que surgia de não se sabe onde, a descoberta dum mundo novo, a certeza de que poderia vencer apesar de tudo...mantive esse espírito até bem tarde. Um Amigo meu dizia que eu não parava e que tinha um restless mind, uma inquietação permanente.



Hoje, depois do almoço,  fui para o jardim da Casa das Artes.

Um oásis verde nesta cidade cada vez mais embetumada. Esta zona é a mais linda da cidade e sinto-me feliz de poder passear em locais como este, a dois passos de casa.






Acredito que nunca mais mudarei de casa depois de ter feito dez mudanças ou mais em quarenta e cinco anos.

Olhar pela janela da minha sala e ver dezenas de cambiantes de verde enche-me a alma.

Os áceres estão na sua máxima pujança, o jacarandá do botânico lindíssimo, os nenúfares incólumes depois da chuvada, as buganvílias magníficas. O tulipeiro da Casa das Artes parece uma escultura com os seus ramos entrelaçados em posições inimagináveis.
Ainda hoje levei os meus netos ao Botânico para eles verem o jacarandá em flor.

Perante toda esta beleza e pujança da Natureza, eis que, sem dar por isso,  recomeço a sonhar...


I will run, I will climb, I will soar
I'm undefeated
Jumping out of my skin, pull the chord
Yeah I'd believe it
The past, is everything we were, don't make us who we are
So I'll dream, until I make it real, and all I see is stars
It's not until you fall that you fly

[Chorus]
When your dreams come alive you're unstoppable
Take the shot, chase the sun, find the beautiful
We will glow in the dark turning dust to gold
And we'll dream it possible


domingo, 4 de junho de 2017

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Tom Jobim