O Dia de Natal depois da Véspera tão celebrada e tão adrenalínica é sempre uma pausa, por vezes benvinda, por outras um pouco nostálgica.
Hoje levantei-me tarde pois até às 5 não consegui pregar olho.
Seria da Lua Cheia?
Seria das rabanadas e filhozes?
Seria do bacalhau que estava divinal?
Seria da imagem dos meus filhos e netos a tocar em conjunto?
Seria das prendas individualizadas que cada um escolheu para mim?
Seria da música de piano com que o meu filho João sempre nos brinda?
Seria de ter visto o meu ex-marido sorridente e feliz apesar da tosse insistente?
Seria do vinho ou do champagne?
Seria da memória de tantos e tantos Natais passados em família?
Seria de me sentir privilegiada no meio de tanta tragédia?
De tudo um pouco....neste momento olho lá para fora, o céu está cinzento, a casa vazia e de repente senti-me vazia....e triste.
Daqui a nada vou de novo a casa do meu filho para ver a família da minha nora, que considero Amigos já de longa data. Estarei com os meus netos de novo....e a vida renasce.
O Natal é isto tudo...
E a Noite é Santa.
O Natal é tudo isso e, sobretudo, querer bem e só o bem. A benquerença é um privilégio único dos bem-aventurados. Continuação de um excelente dia, Virgínia.
ResponderEliminarNestes dias o nosso coração abre-se e queremos ver todos felizes, o que é difícil....
ResponderEliminarCompartilhei no meu FB a tua foto do blogue - a da noite na aldeia - pois a acho sublime. Espero que não te zangues.
Thumbs up. Um beijo amigo e esperançoso.
Virgínia, ler o Conto de Natal de Aquilino Ribeiro, faz-nos refletir sobre os privilégios de hoje. Vou publicá-lo no "Areeiro e por aí..."
ResponderEliminarHá muita literatura de Natal que nos pretende roubar a alegria como se essa fosse pecaminosa. Até o meu tio jesuíta escreveu um dos mais belos contos de Natal que conheço. Há poemas,há notícias nos telejornais, há Scrooges por todo o lado...mas quando vejo a família reunida, as crianças felizes, a música, o amor no seu olhar, recuso-me a pensar nas desgraças. Neste dois dias EU tenho o direito de ser feliz.
EliminarVirgínia, oxalá possa ter esses Natais por muitos anos! E digo-lhe que aprecio esse seu espírito de tolerância que a lei va a sentar-se com o seu ex à mesa! Tenho a certeza que para mim sería impossível!
EliminarRenovo os meus votos para que esses Natais se repitam em anos anos vindouros.
Também me sinto privilegiada, está a ser um Natal feliz... Beijinho da Carocheta :)
ResponderEliminarAinda bem, minha querida....a vida é bela....é preciso aproveitá-la bem.
EliminarEngana-se , Dalma, não é tolerância, é mesmo necessidade de o ter ao meu lado quando estamos em família. Os nossos filhos ficam felizes e sentimo-nos bem os dois. Preocupamo-nos muito um com o outro, mesmo sem vivermos juntos. É fácil de perceber quando se ama alguém.
EliminarComo assim? Julguei que qualquer divórcio é consequência de falta de amor, de respeito, de compreensão, de cumplicidade,de desejo de estar, de partilhar tudo com o outro....
ResponderEliminarIsto daria pano para mangas.....mas só quem se divorcia ou separa, sabe o quanto fica na memória, nos belos momentos, nos maus também, na sensibilidade para sentir o mesmo ao mesmo tempo, mesmo a kms de distância. Com filhos trintões, a comunhão é aida maior, pois já não há discussões sobre o futuro deles, sentimos orgulho na obra criada. E depois,Dalma, nenhum de nós deixou de considerar que éramos e seremos sempre o homem/ mulher das nossas vidas. É assim tão difícil de perceber depois de 50 anos de namoro???
ResponderEliminarVirgínia, para mim é mesmo muito difícil de entender, aliás não entendo. Como sendo, tal como diz, o homem/mulher de ambas as vidas e 50 anos de namoro (!) continuam divorciados? Conheço pelo menos um caso de "recasamento" e porque não?
ResponderEliminarIsso não é negociável...cada um tem a sua vida e é feliz no rumo que escolheu, é livre de viver cada dia como quer, sem ter de partilhar tudo, sem fazer sombra ao outro , impedindo-o de crescer... como tão bem diz Kahlil Gibran. Não há nada com a Liberdade individual. Muitos casais vivem juntos e esmagam as suas personalidades, asfixiam-se mutuamente, na ilusão de que não conseguiriam viver separados. Os anos em comum depois da saída dos filhos passa a ser uma rotina insuportável... IMHO.
ResponderEliminarLendo e vendo estas belas fotografias, é sim uma privilegiada!...Que assim se mantenha por muitos e bons anos. Continuação de Boas Festas. Beijinho.
ResponderEliminarSou , sim. E tb por ter Amigas como a Madalena tão vivas e reais que até parece que nos conhecemos há muito. Espero que o seu Natal tb tenha sido especial com a netinha a brilhar na família. Beijinhos
ResponderEliminar