segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

O inverno











Foi nessa idade que a poesia me veio buscar

Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio
Não sei como nem quando
Não, não eram vozes
Não eram palavras
Nem silêncio
Mas da rua fui convocado
Dos galhos da noite
Abruptamente entre outros
Entre fogos violentos
Voltando sozinho
Lá estava eu sem rosto
E fui tocado.


Pablo Neruda

4 comentários:

  1. Olá dra Virgínia! Tenho acompanhado os seus posts no Facebook. Enviei lhe via Messenger, as minhas boas festas com as três gerações das minhas mulheres: eu , filha e netas, de Berlim onde passámos o Natal. Estranhei não ter tido retorno. Inclusive, num dos dias mais tristes para si, o dia 31 de outubro, o nascimento da minha Sofia, eu nem me atrevi a dizer lhe o quanto estava feliz, que coincidências. Eu ainda aguardo, após muitos meses, a sua opinião sobre uns contos que lhe enviei. Um beijinho da Júlia.

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    1. So agora respondo a este comentario. Devia ter vergonha, mas os acontecimentos funestos que se tem sucedido, nao me deixam animo para escrever muito. Agradeco o seu carinho e espero que tudo esteja a correr lhe bem. Bjinho

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  2. Beijinhos para si. Tenho a minha Sofia m cinco meses internada há duas semanas, com uma bronquiolite resultante fuma pneumonia em Janeiro. Aguardo e confio, mas nada lhes posso fazer, nem viajar posso. Obrigada.

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  3. Gostei muito do poema. Não o conhecia. Li pouco de Pablo Neruda e quero ler mais.

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