A palavra Ofir tem para mim um significado especial, mágico. É como o nome dum pedra preciosa, opal, safira, rubi. Só meu.
Tenho vindo para cá há 30 anos ainda antes de me separar, mas nunca com o M.
Com ele vivemos em Esposende durante seis meses numa casa de Magistrados, tinha o João um ano. Foram meses difíceis, muito só e a dar aulas no Porto de manhã e tarde. Vivia lá e só passava os fins de semana aqui. Rejubilava a 6 feira quando arrumavamos as coisas e partiamos.
Comecei a vir para este hotel nos anos 90. Os miúdos adoravam pois havia aqui tudo. Piscina, bowling, tênis, praia, buffet, etc. Adorava vê los felizes, já que no Porto era só trabalhar.
Este hotel conhece me melhor que nenhum outro. Já cá gozei de férias curtas mas sempre fantásticas, com vento, sem vento, com calor, com chuvinha, nevoeiro e até já vi um eclipse de sol no jardim.
Adoro este silêncio, os pássaros nas árvores aqui por baixo, as ondas a espraiar-se pelo areal sem gente, o céu a confundir se com o horizonte.
Dá para reflectir e aproveitar.
No retiro do meu quarto penso
sozinha.