Há quem olhe e não veja nada.
Carros e carros percorrem as ruas do Porto e duvido que 50% dos condutores se dêem ao trabalho de admirar as mutações cromáticas que este outono tem sofrido de há uma semana para cá. Não sei se foi do frio , se da chuva, de repente as folhas resolveram mudar de vestes e em poucos dias tudo se tornou mais belo.
Hoje veio o sol para abrilhantar ainda mais esta paleta de cores - que no dizer da Dalma ( e bem) não chegam aos calcanhares das paisagens míticas como Vermont nos EU, conhecido pelos seus Outonos majestosos e florestas douradas ou vermelhas numa extensão infinda.
Contento-me com os jardins da minha cidade. Hoje fui ao Botânico, atravessando a rua cuidadosamente, pois as folhas molhadas são uma ratoeira para os incautos, e entrei no santuário que considero quase meu.
Está em obras, o que me impede de percorrer o jardim como eu quereria, mas mesmo assim, as imagens revelam a eterna mudança cíclica que é o outono.
Pode haver chuva a mais, mas a beleza nunca é demais. deixo-vos com algumas fotos que tirei com prazer e deleite.
E também um poema de Fernando Pessoa:
Carros e carros percorrem as ruas do Porto e duvido que 50% dos condutores se dêem ao trabalho de admirar as mutações cromáticas que este outono tem sofrido de há uma semana para cá. Não sei se foi do frio , se da chuva, de repente as folhas resolveram mudar de vestes e em poucos dias tudo se tornou mais belo.
Hoje veio o sol para abrilhantar ainda mais esta paleta de cores - que no dizer da Dalma ( e bem) não chegam aos calcanhares das paisagens míticas como Vermont nos EU, conhecido pelos seus Outonos majestosos e florestas douradas ou vermelhas numa extensão infinda.
Contento-me com os jardins da minha cidade. Hoje fui ao Botânico, atravessando a rua cuidadosamente, pois as folhas molhadas são uma ratoeira para os incautos, e entrei no santuário que considero quase meu.
Está em obras, o que me impede de percorrer o jardim como eu quereria, mas mesmo assim, as imagens revelam a eterna mudança cíclica que é o outono.
Pode haver chuva a mais, mas a beleza nunca é demais. deixo-vos com algumas fotos que tirei com prazer e deleite.
E também um poema de Fernando Pessoa:
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
Não é a extensão do Vermont certamente, mas as fotografias também são esclarecedoras da "Fall" no Porto!
ResponderEliminarSim, o Fall no Porto é evidente em várias áreas da cidade. Há muita árvore de folha caduca - muito mais do que em Lisboa - mas tb há árvores de folha perene como cedros, palmeiras, pinheiros, camélias, etc. A tília no jardim do meu vizinho parece um cálice dourado, com folhas douradas a voarem....é um espectáculo lindo! Pena é daqui a dois meses sobrarem uns troncos negros e nús.....
ResponderEliminarBom Domingo!!