Eis o produto terminado.
Gosto.
Quando vier a primavera
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
“Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa.
Temos que reconhecer que o conjunto dos quadros fica mais valorizado, de facto.
ResponderEliminarFicam lindos todos juntos, contam assim uma história...
Bjs
Uma história que acaba mal, Geninha. O último é bastante frio e trsite, mas depois tudo recomeça :)
ResponderEliminarObrigada. Com as molduras, ainda ficam mais bonitos.
Quatro estações, quatro estados de alma.
ResponderEliminarGosto de todos, mas o meu preferido é o da primavera.
Em pequena, andei algum tempo equivocada. A minha mãe falava-me da chegada da primavera e eu pensava que íamos receber a vista de uma prima Vera :)
Que 2017 seja um bom ano, para si e para os seus!
Um beijinho e até para o ano :)
Penso que muitas crianças identificam a estação com uma senhora linda, alegre, e sorridente.... :)
ResponderEliminarTambém gosto deste quadro da Primavera, embora o Verão me tenha saído bem...ao vivo são mais bonitos.
Muito obrigada pelos votos que sabe são retribuídos. Bjinho