Tenho vivido entre síndromes e momentos de relativa felicidade, proporcionados pela família, tanto uns como os outros.
A síndrome do hospital tem-me acompanhado, embora não fale dele. Ontem passei três horas num ambiente asséptico, branco e calmo, onde já quase parecia sentir a Morte a pairar nos corredores...
Aos domingos à noite quando meu filho mais novo diz: Bom , Mãmã....( ironicamente, claro), já sei que vai embora. Mais 250km até Bragança, com chuva, vento, derrocadas, etc. Coração nas mãos.
À segunda, acordo com a síndrome das 2ªs feiras, cinzenta, amorfa, apática e abúlica ( como dizia uma professora de Moral que tinha a mania de que era esperta). Não me apetece nem sequer tirar a cabeça para fora do edredão...
Pelo meio tenho tido os netos a encher-me a alma, na semana que passou estiveram cá tres dias inteiros por ausência da Mãe que teve de ir ao estrangeiro.
Adorei, embora me tenha saído do corpo. Fazer jantar para cinco durante três dias + fim de semana já não me lembro há quanto tempo foi. Mas esmerei-me e as coisas correram bem. A semana culminou com a entrega dos relatórios de notas , que no Colégio Alemão são em Fevereiro e em Julho ( muito melhor pensado). Os meus meninos sairam-se bem, só posso orgulhar-me, são melhores do que eu fui na idade deles. E não é fácil ter cadeiras em alemão, Mathe, Erdkunde, Biologie, Chemie, etc.
O FCP ganhou, o Boavista empatou, menos mau no reino do futebol. É estúpido, mas fico com o astral mais elevado.
In-between fiz dois quadros-colagens. Estou a gostar. Estes são já dum tamanho grande- A3 e cabem nos passepartouts de vidro que tenho da exposição de fotografia de há uns anos. Tirei as fotos a preto e branco e coloquei as colagens até ter a possibilidade de as enquadrar.
As fotos não ficaram brilhantes, ou seja, estão com reflexos que alteram um pouco as cores.
No meio de tanto corropio, pintar traz-me a paz de que necessito.
Cada pedacinho destas mantas de retalhos é um mundo e conta uma história!
A minha.