Em época estival, não sinto grande inspiração para blogues, em geral.
Escrever exige alguma paz de espírito ou, então, grande revolta; são polos opostos entre os quais há um limbo que não se expressa com palavras, mas mais com acções.
Estou a trabalhar full time nas férias "permanentes" que o Estado me concedeu. Os projectos editoriais exigem agora muita pesquisa, escrita, estudo e correcção em equipa, o que me despoja de qualquer resquício de poesia que pudesse restar.
Dentro de dias irei para a minha linda Praia da Luz
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foto tirada do nosso jardim pela minha sobrinha, que está lá neste momento |
e aí, sim, a libertação do trabalho editorial será quase total. A família estará comigo na casa que foi de meus Pais, os meus netos vão pela primeira vez os três.
Não sei como vai correr a experiência, mas quero crer que haverá alguns momentos para mais tarde recordar.
Aquele é um local mágico para mim, às vezes sinto-me a viver num daqueles filmes franceses onde tudo se passa num ambiente semi-real com o mar à vista em todos os momentos e minutos do dia e da noite. A Lua infelizmente não estará cheia, nem sei se haverá algum luar.
Até lá vou trabalhando com a minha filha.
Ontem fui ao cinema ver um filme nada banal, mas um pouco insípido, porque previsível e demasiado "polished". Não gosto de ver barbies e kens a contracenar e neste filme, as personagens ainda que humanas, são demasiado bonitinhas para meu gosto.
Paixões Proibidas, extraído dum conto de Doris Lessing. Vê-se bem, sobretudo por causa da paisagem espectacular e bem filmada, da música e como sempre, da interpretação de duas mulheres,
Naomi Watts e Robin Wright em prime time das suas vidas.
A realizadora é francesa, Anne Fontaine e o filme denota algumas das características que fazem dos filmes franceses histórias pessoais e comovedoras. Não desgostei....
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as duas amigas que se recusam a envelhecer |