Sou um pouco avessa à música portuguesa, mesmo ao fado.
Sendo natural de Lisboa era de esperar que adorasse o fado, mas nunca fui muito fã desse género e preferi sempre a música francesa, inglesa , irlandesa ou americana em prejuízo da nossa.
O tipo cançoneta portuguesa, então, faz-me alergia e vejo ( não vejo...) bandas e cantoras pimba a custo. Programas que incluam este tipo de música são recusados liminarmente.
Mas há excepções, graças a Deus:
1. O Fado de Coimbra sempre me atraiu pois namorei durante anos nessa cidade, onde o meu ex- estudava e onde nos encontrávamos por vezes. Fui a três Queimas das Fitas e, embora me sentisse um pouco despaísada, tinha o meu namorado e os amigos para me acompanharem. Mais tarde uma das minhas irmãs casou foi viver para lá e, Coimbra passou a fazer parte do nosso roteiro habitual. Quando estive na Sertã, os nossos fins de semana eram passados nessa cidade. Era o tempo do Adriano Correia de Oliveira e do Zeca Afonso, das baladas e do entusiasmo juvenil. Ainda os ouvi no Casino da Figueira.
2. A telenovelas portuguesas pecam por muita coisa, têm histórias inverosímeis, personagens toscas, abuso de panorâmicas da cidade de Lisboa ou de qualquer outro recanto do nosso país, mas por vezes oferecem-nos preciosidades musicais, que ficam na nossa memória. Foi assim que fiquei a conhecer canções do Paulo Gonzo, do Abrunhosa, do Miguel Gameiro, Camané ou dos Azeitonas, etc.
Ontem e hoje dediquei-me a ouvir algumas dessas cançoes no Youtube e comovi-me a sério com a música de Pedro Abrunhosa. As letras e as melodias são maravilhosas, tão boas como as de qualquer outro canta-autor francês dos anos 60. A sua dicção é exímia e inspiradora. O mesmo acontece com Paulo Gonzo que tem uma voz linda e canta com muita emoção. Hoje continuei a ouvir uma playlist do Abrunhosa e rendi-me à sua arte.
Deixo-vos aqui quatro das canções que mais me fazem vibrar de momento, mas há outras igualmente inpiradoras....
Sendo natural de Lisboa era de esperar que adorasse o fado, mas nunca fui muito fã desse género e preferi sempre a música francesa, inglesa , irlandesa ou americana em prejuízo da nossa.
O tipo cançoneta portuguesa, então, faz-me alergia e vejo ( não vejo...) bandas e cantoras pimba a custo. Programas que incluam este tipo de música são recusados liminarmente.
Mas há excepções, graças a Deus:
1. O Fado de Coimbra sempre me atraiu pois namorei durante anos nessa cidade, onde o meu ex- estudava e onde nos encontrávamos por vezes. Fui a três Queimas das Fitas e, embora me sentisse um pouco despaísada, tinha o meu namorado e os amigos para me acompanharem. Mais tarde uma das minhas irmãs casou foi viver para lá e, Coimbra passou a fazer parte do nosso roteiro habitual. Quando estive na Sertã, os nossos fins de semana eram passados nessa cidade. Era o tempo do Adriano Correia de Oliveira e do Zeca Afonso, das baladas e do entusiasmo juvenil. Ainda os ouvi no Casino da Figueira.
Ontem e hoje dediquei-me a ouvir algumas dessas cançoes no Youtube e comovi-me a sério com a música de Pedro Abrunhosa. As letras e as melodias são maravilhosas, tão boas como as de qualquer outro canta-autor francês dos anos 60. A sua dicção é exímia e inspiradora. O mesmo acontece com Paulo Gonzo que tem uma voz linda e canta com muita emoção. Hoje continuei a ouvir uma playlist do Abrunhosa e rendi-me à sua arte.
Deixo-vos aqui quatro das canções que mais me fazem vibrar de momento, mas há outras igualmente inpiradoras....
Boa noite, Virgínia!
ResponderEliminarSou de uma geração que não apreciou música portuguesa e muito menos Fado, apesar de ter pessoas na família e gente conhecida que gostava e muito. Na idade madura comecei apreciá-lo através da dona Amália Rodrigues e acho que fiquei por aí, praticamente... Lamento a minha insensibilidade para a música que mais caracteriza Portugal e até é Património Imaterial da Humanidade...
Não gosto da voz do Abrunhosa, mas é verdade que tem boas letras nos poemas que canta, são bem feitas e tocam na alma. Um dia vi-o cantar ao vivo e pareceu-me dar um toque de Bob Dylan, na sua forma de entoar... Agora, o Abrunhosa é um poço de cultura musical. Já ouvi umas quantas vezes dar entrevistas na rádio e na tv e fico presa ao que conta sobre música. Às vezes as coisas precisam ficar a macerar para serem apreciadas... Veja lá que escarnecia de quem gostava do Tony de Matos e agora gosto de o ouvir, assim como outros cantores que já não estão vivos...Os que cá estão, os lusos, são poucos dos que aprecio. Fico-me por aqui. Beijinhos,
Há alguns muito bons hoje em dia, mas nem sempre as canções são bem feitas, há desencontros entre o instrumental e a voz. Também concordo que o Abrunhosa tem uma voz muito baixa, mas o modo como articula as palavras e as sente é única. Camané tb é cantor excepcional com uma voz linda. Talvez porque agora vejo mais telenovelas do que via, associo algumas destas canções a personagens e fico a gostar mais delas. O que detesto é oo s ritmos angolanos, dos quais se usa e abusa hoje em dia.
ResponderEliminarBom fim de semana e obrigada.
Também não sou grande fâ de música portuguesa. Gosto de fado de Coimbra e de alguns fados de Lisboa, gosto de José Afonso, de Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes e outros "ícones" do mesmo tempo que já não estão entre nós, gosto de Sérgio Godinho, Vitorino, Madre de Deus, e pouco mais, Não sou fã de Abrunhosa, embora concorde que tem uma cultura musical como poucos.
ResponderEliminarAb
Regina
Infelizmente, os nossos cantores cantam melhor em inglês do que em Português. A língua é dura e os instrumentais não se casam com as palavras...
ResponderEliminarNuca gostei de Madredeus, a Teresa Salgueiro esganiça-se demais e os meus ouvidos não aguentavam os agudos dela. Também nunca gostei de Mariza, nem de Dulce Pontes, que são idolatradas lá fora.
(risos) Sabe, Virgínia, Até parece uma obrigação nacional gostar-se das três cantoras mencionadas. Das três, a que tolero é a Mariza. Isto se me dessem a escolher! Para gostar de uma voz tenho de sentir na pele aquele arrepio acompanhado de muita emoção...não é o caso .... Acho que lhes falta aquilo que chamam d´ alma. É verdade, esganiçam-se muito e a Dulce Pontes faz uns vibratos esquisitos que me enervam. Raramente contradigo em público estas opiniões, porque ainda me podem bater...(risos) É bom encontrar eco...
EliminarSim, apesar de tudo a Mariza tem algumas canções que me comovem: O gente da minha Terra, por exemplo, mas na sua maioria são-me indiferentes. Da Dulce Pontes nunca gostei, por isso mesmo, so vibratos. Madredeus são duma monotonia aflitiva e os agudos insuportáveis. Também nunca apreciei a Maria João , cantora de jazz, que é apreciadíssima lá fora...
ResponderEliminarMas o que gosto mesmo é do Mezzo HD, que me está a proporcionar agora o concertonº1 de Chopin, tocado com uma senisbilidade notável.....ai tantas horas ouvi este concerto com os meus pais, que saudades...
bjinho