quarta-feira, 7 de outubro de 2015

As eleições e as insónias

Estas eleições deixaram-me perplexa, surpreendida com o resultado e receosa quanto ao futuro.

Portugal está a crescer e muitos jovens estão a iniciar projectos e a montar empresas que precisam de estabilidade, incentivo e não de altos e baixos na governação.

Do Spiegel:

After all, they're not the only ones to have lost jobs. When the country had to turn to the European Union for a bailout in 2011, Portugal was forced to implement harsh austerity measures. Some 485,000 Portuguese, particularly young university graduates, left the country during the crisis to try and find opportunities abroad. They went to Germany, Brazil and even to the former African colony of Angola.

Entrepreneurial Energy and a New Spirit

Around 60 percent quickly returned. Others never left the country, with many of them trying to find a way to eke out a living after finding themselves unemployed. They took risks and established their own businesses, reinventing traditional products, opening hotels with new twists and unusual restaurants. They developed software and became fashion designers. In doing so, they also transformed Lisbon into one of Europe's most popular travel destinations while at the same time creating an unexpected economic upswing and helping to bring an end to the country's blues.

São inúmeros os jornais estrangeiros que exaltam os sucessos conseguidos nos últimos anos em Portugal.

Mas agora vamos ter, à portuguesa, a política do bota-abaixo e do miserabilismo falso porque os partidos são autênticos clubes de futebol que competem entre si, sem nunca se entenderem, destruindo tudo aquilo que os outros fazem bem.

Sinto-me descoroçoada e não consigo compreender esta democracia que recusa aos partidos mais votados, mesmo tendo perdido votos, o sabor da vitória merecida.


Nunca falo de política aqui, mas hoje tenho de desabafar....ouvir estas vozes que se dizem de esquerda, mas que são mais extrema-esquerda e anti-democráticas que qualquer outra coisa, a clamarem vitória do alto dos seus tamancos e a reclamar um governo de esquerda, faz-me lembrar os tempos a seguir ao 25/4, que vivi intensamente em Lisboa e que me deixou curada do socialismo para o resto da vida.

Não se enxergam, não são patrióticos, detestam o país, só querem é olhar para o seu umbigo e destruir tudo o que é proposto do outro lado. Demagogia pura para captar votos. Nada fazem pelos mais desfavorecidos, embora falem em nome deles.  Não querem ir a lado nenhum, nem deixam os outros ir.

Ao fim de 40 anos, Portugal ainda anda a pedir por favor à esquerda que deixem governar quem ganha as eleições.

É dramático!!

2 comentários:

  1. Bom dia, Virgínia! Que bem se exprime! É tudo isso e muito mais.
    A foto que apresenta esta cheia de vida. Assim fique o nosso belo país!
    Ainda não lhe disse mas vou ter aulas de pintura dentro de dias. Não sei se tenho algum jeito, mas penso que me inspirei em si...As paredes da minha casa estão pintadas por mim e acho que consigui me aproximar dos profissionais nesta área ... Agora, meti na cabeça que tenho de as decorar com quadros da minha autoria. Vai daí, vou aprender umas coisas. (risos) Beijinhos.

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  2. E que bela resposta para as minhas ansiedades. São pessoas como a Madalena que me animam a continuar a amar este país. Há gente muito capaz e solidária nesta terra, mas também há grupelhos que tentam há anos destruir tudo aquilo que se constroi ou esbanjar o que não temos. Tenho saudades de pintar, talvez hoje também faça alguma coisa nesse sentido, mas agora com os netos a virem todas as tardes, acabo por ter pouco tempo para mim.
    Bjinhos

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