Há muito que me interesso por Trás-os-Montes, talvez desde que vivi em Chaves, de 1977-79.
Lá, no chamado"cu de Judas", a 500 km de Lisboa, por estradas indescritíveis para quem hoje conduz nas belas auto-estradas do Norte, comecei a apreciar as qualidades dos transmontanos e também a sua qualidade de vida em termos de Natureza e simplicidade.
A nossa casa era enorme, no tempo em que os magistrados tinham direito a casa, mas gelada no inverno. Foi terrível passar lá dois invernos. O verão, em contrapartida, era demasiado quente e nessa altura, a piscina mais perto era a do Vidago, a 16kms de distância por uma estrada cheia de curvas.
Nem sei como me habituei àquele clima, ia dar aulas com calças, botas, casaco maxi, camisola de gola alta e cachecol....parecia um robot! Depois engravidei e então ainda parecia mais ridícula com tanta roupa em cima... :)
Mas Trás-os-Montes seduziu-me. Sobretudo quando deixei de vir ao Porto todos os fins de semana e passava longas horas a tricotar ou a fazer costura na minha sala a dar para a rua, ouvindo o barulho da cidade, os sinos e as vozes.
A escola era óptima, comparada com a da Sertã, muito pobrezinha e gelada. Aqui tínhamos umas braseiras na sala de professores e até fazíamos tricots durante os intervalos. O nível dos alunos era razoável, sobretudo a Português, a Inglês deixavam muito a desejar....
Agora, quando penso em Trás-os-Montes, sinto nostalgia, lembro-me mais da paisagem, dos montes e campos , dos horizontes cheios de neblina, das plantas de todas as cores...foram esses que me ficaram na alma.
Foi essa imagem que tentei pintar neste quadro. Dedico- o ao meu filho mais novo que trabalha em Bragança e que conduz estrada fora todos os dias para comarcas distantes.
A foto não faz jus ao ao original, mas enfim...
É uma quadro enorme, tem 80x80 cm.
Pode ser que ele goste...
Lá, no chamado"cu de Judas", a 500 km de Lisboa, por estradas indescritíveis para quem hoje conduz nas belas auto-estradas do Norte, comecei a apreciar as qualidades dos transmontanos e também a sua qualidade de vida em termos de Natureza e simplicidade.
A nossa casa era enorme, no tempo em que os magistrados tinham direito a casa, mas gelada no inverno. Foi terrível passar lá dois invernos. O verão, em contrapartida, era demasiado quente e nessa altura, a piscina mais perto era a do Vidago, a 16kms de distância por uma estrada cheia de curvas.
Nem sei como me habituei àquele clima, ia dar aulas com calças, botas, casaco maxi, camisola de gola alta e cachecol....parecia um robot! Depois engravidei e então ainda parecia mais ridícula com tanta roupa em cima... :)
Beyond the mountains |
Mas Trás-os-Montes seduziu-me. Sobretudo quando deixei de vir ao Porto todos os fins de semana e passava longas horas a tricotar ou a fazer costura na minha sala a dar para a rua, ouvindo o barulho da cidade, os sinos e as vozes.
A escola era óptima, comparada com a da Sertã, muito pobrezinha e gelada. Aqui tínhamos umas braseiras na sala de professores e até fazíamos tricots durante os intervalos. O nível dos alunos era razoável, sobretudo a Português, a Inglês deixavam muito a desejar....
Agora, quando penso em Trás-os-Montes, sinto nostalgia, lembro-me mais da paisagem, dos montes e campos , dos horizontes cheios de neblina, das plantas de todas as cores...foram esses que me ficaram na alma.
Foi essa imagem que tentei pintar neste quadro. Dedico- o ao meu filho mais novo que trabalha em Bragança e que conduz estrada fora todos os dias para comarcas distantes.
A foto não faz jus ao ao original, mas enfim...
É uma quadro enorme, tem 80x80 cm.
Pode ser que ele goste...
Tenho a certeza de que ela vai gostar. Eu gosto. Nele, estão as suas impressões de uma época, de um tempo passado. Pintar é também isso. Conservar, fixar as boas memórias.
ResponderEliminarUm beijinho, Virginia :)
Ontem modifiquei um pouco a parte de cima, de modo a dar mais a sensação dos montes a perder de vista com a neblina...acho que está mais bonito, talvez troque esta foto.
ResponderEliminarChove, chove.....queria ir a Serralves, mas ando com tantas dores de manhã, que desisto logo.
Bjinhos