Por uma razão, que sempre me dominou. Festejar uma festa que não tem ponta por onde se lhe pegue, em que tentamos fugir à realidade, mascararmos a nossa infelicidade ou fazer o nosso show-off narcisista, nada me diz. Em segundo lugar, é ridículo gastar-se balúrdios em dois dias, mesmo que haja papalvos que visitam as terrinhas em busca de barulho, copos e corpos desnudados.
Poucas vezes me mascarei, nem em criança me lembro de o fazer. Brincávamos muito, mas com serpentinas, que agora já quase não se vêem. Atirávamo-las da varanda da nossa casa para o jardim e o espectáculo daquelas fitinhas coloridas a tremelicarem ao sol era tão giro quanto efémero.
Passei estes três dias em casa, está frio e chuva...só saí no sábado para ver o nosso farol com a família, depois duma almoçarada no Meidin, paraíso da pequenada amante de pizzas, que não é o meu caso. Festejámos as excelentes notas dos netos, mas eles próprios estavam enregelados junto ao mar.
Hoje vou estar por casa, mais um dia....acendo a lareira, leio , oiço música. Sempre é melhor do que andar por aí a apanhar frio e a festejar o que é infestejável.
Também não sou, nem nunca fui "festivaleira", mas ao contrário da Virgínia não condeno os gastos com festas de Carnaval que se fazem por aí. Esses gastos repercutem-se em negócios, negócios geram emprego, emprego significa salários... logo melhorias para as famílias.
ResponderEliminarNunca me esqueço do que dizia o meu pai: "o dinheiro tem que girar para se multiplicar"! Não se consome, não se produz... é o efeito bola de neve nos problemas que socialmente se criam.
Penso que seria bem melhor gastar o mesmo dinheiro em projectos culturais e sociais, mas é claro que as pessoa adoram festas populares - vide os programas inenarráveis na nossa televisão aos domingos - mulheres a exibirem a celulite, copos a jorros e gente em barda. Na Alemanha é igual, passei lá um Carnaval e detestei.
EliminarVirgínia, isto é como as políticas que presidem aos OE, há sempre maneiras diferentes de gastar os dinheiros (in)disponíveis!
EliminarPois há, mas depois não se queixem de falta de dinheiro para as escolas, eventos culturais, etc.
EliminarNão sou grande adepta do Carnaval, mas, em criança, gostava de me mascarar. Aproveito sempre estes dias para umas mini-férias. Gostei muito da foto da gaivota. O que é que ela leva no bico?
ResponderEliminarUm beijinho, Virginia
Não sei , mas é bastante grande.
ResponderEliminarSim, foram sempre dias de descanso da escola, pausa mais que necessária num 2º periodo enorme.
Bjinho
Virginia, ao ler o que escreveu pareceu-me ouvir a minha mãe falar!Por outras palavras mas o sentido é o mesmo (risos) . Eu sempre fui muito carnavalesca e festejei-o bastante. Nem pareço filha de quem não gostava de semelhantes manifestações. No entanto, sempre tive liberdade para me divertir nesta época.
ResponderEliminarEm muitos anos, este foi o que não saí de casa para assistir aos cortejos carnavalescos, ao menos isto! No Domingo foi para estar com parte da família, Ontem fui ver o filme Carol e hoje estou apática sem vontade de nada. Acordei assim e obedeci ao meu sentir. Amanhã será outro dia ! Mas olhe que estou com alguma pena de não poder exorcizar-me no meio de uma certa loucura. (risos)
Não me importava de ser sua Mãe. Ter uma filha rapioqueira e alegre como a Madalena seria bem divertido! Infelizmente os meus filhos saem a mim e detestam o Carnaval. O meu filho nem os caretos de Podence quis ver, veio ontem à noite e vai amanhã de manhã, só para não passar a 3ª em Bragança. Não censuro que gosta de folia....
EliminarGostou do Carol?
Sim, gostei do filme até porque é o meu género preferido em cinema. Achei muito elegante assim como as roupas que a Carol vestia. Bom , a interprete também tem uma pose muito favorecida pela natureza. O relatar da história percebe-se bem sem estar com muitas explicações ou a fazerem desenhos...A primeira parte foi um bocadinho maçadora.
EliminarTambém achei a primeira parte um pouco lenta e desinteressante. É engraçado que estou a ler o livro escrito em 1958 e a personagem Carol é exactamente igual à Cate Blanchett. Impressionante.
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