Há quem diga que quando se está feliz, não há nada para contar.
Limitamo-nos a absorver a felicidade quase absoluta, sem desejo de comunicar, de compartilhar ou de a expressar em palavras, já que ela
é tão preciosa e tão rara.
Tolstoi escreveu uma frase que ficou célebre:
Desta vez, senti que tudo batia certo. O tempo esteve inexcedível, calor, sol sem vento, nuvens altas a colorirem os pores do sol, as crianças felizes à nossa volta e até o futebol veio abrilhantar a estadia e trazer uma nota mais ao que poderia ter sido mais um serão sem história.
Limitamo-nos a absorver a felicidade quase absoluta, sem desejo de comunicar, de compartilhar ou de a expressar em palavras, já que ela
é tão preciosa e tão rara.
Tolstoi escreveu uma frase que ficou célebre:
As famílias felizes parecem-se todas; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.
Não sei se a minha felicidade nestes dias foi igual às de tantas outras que vi à minha volta.
Só sei que já passei muitos dias em Ofir e nunca tive a sensação tão evidente de que tudo estava perfeito.
Houve alturas em que me preocupei com a minha filha, outras em que o tempo estava mau com vento ou nevoeiro, outras ainda em que fugia aos dramas conjugais ou ao trabalho e à pressão do quotidiano.
Raras vezes vim completamente aberta a absorver tudo o que se passava à minha volta.
Foram só quatro dias, mas pareceram uma eternidade...no Paraíso.
A mais famosa frase de todos os tempos que inicia o romance Anna Karenina é a mais pura das verdades. Pelo menos nos momentos felizes, que isto de felicidade eterna é, felizmente, uma grande utopia. Uma coisa ninguém vos tira: cinco dias de Paz e alegria, o que, convenhamos, já é nos dias de hoje uma bênção.
ResponderEliminar(Belíssimas fotos sem filtro!)
Bjos
Bateste na tecla certa, dias de Paz e alegria, uma alegria contida feita de certezas que nos animam. Ter ao lado duas pessoas que nos amam quase incondicionalmente é meio caminho para a felicidade.
ResponderEliminarMuito obrigada pelo elogio. Tirei muitas, mas escolhi as mais originais, talvez....na do miudo, o meu neto estava a ver a flor completa e eu não via nada...ele pegou na máquina , usou o zoom e só depois é que consegui ver onde ele estava a saltar. A minha miopia está pior, mas o zoom cada vez melhor :)
Bjo
Fotos belíssimas, como sempre. Parabéns
ResponderEliminarBj
Regina
Obrigada, Regina. Boas férias com os teus netos!
ResponderEliminarBjo
É verdade que a felicidade tem menos prosápia que a infelicidade. É uma superfície de mar calmo e ameno. Isto não significa que, nas suas profundezas, não esconda correntes e turbilhões. Mas quando estamos em paz, quando há alegria e confiança, deixamo-nos ir ao seu sabor, sem resistir ou esbracejar. Acho que a felicidade é isso – um certo abandono àquilo que nos é oferecido.
ResponderEliminarA propósito do olhar do seu neto, lembrei-me das palavras de Almada Negreiros:
“Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. (…) Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor! “
Um beijinho, Virginia, e obrigada por partilhar a sua paz :)
Tem razão, a felicidade é como o mar à bordinha, vem suavemente lamber-nos os pés, morninha e suave. Se atravessamos mais para diante, apanhamos com a rebentação e às vezes vemo-nos aflitos. Mas sempre gostei de challenges e ondas...
ResponderEliminarJá conhecia esse texto, é lindo. O meu neto vê muito bem e estava lusco-fusco. Eu já só via o miudo aos saltos junto ao Pai!!!
bjinhos