sábado, 19 de outubro de 2013

A Late Quartet


Há críticos que deram uma estrela a este filme.

O público em geral deu quatro.





O que se passa neste mundo do cinema?  Para que é que se escrevem críticas? Para fingirmos que somos uns blasés e que nada do que aparece no ecran vale um chavo?

Ou será que o mundo do cinema , o verdadeiro, visto no escuro no silêncio duma sala vazia, é uma experiência pessoal, privada, sem vontade de compartilhar, mas antes de absorver e deixar-se enlevar, rir e chorar, sentir infinitamente, esquecer quem somos, o que somos, onde somos?

Hoje vi um filme que me tocou profundamente. Mas que pode não tocar aos outros. Àqueles que são blasés de cinema e que só gostam de intelectualidades sonantes ou filmes de países exóticos porque é in, porque estiveram nos festivais de Veneza, Berlim ou Cannes.

Um filme sobre música clássica, que segundo um crítico, só pode agradar a quem goste de Beethoven ou dos actores. Uma blasfémia porque, para além de Beethoven, há inúmeras razões para se gostar deste filme.


Tem pausas. Tem silêncios. Tem rostos. Instrumentos que falam. É um filme sobre música feita em conjunto, envolvendo pessoas e vidas. Música que transforma as pessoas e que as limita simultaneamente. Música que fere e desgasta, mas sem a qual não se pode viver. É um filme lindo, tocante, com interpretações fabulosas de actores que nunca nos desiludem. Um filme a ver e a rever.

E que tem Beethoven.

3 comentários:

  1. Aguçaste-me a curiosidade. Vou tentar ver
    Ab
    Regina

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  2. Vê que vale a pena! Não devo conseguir é ir no sábado, ainda ando com muita dificuldade e custa-me estar de pé...mas até lá vamos a ver....
    Boa semana!

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  3. Não te procupes. Recupera com calma.
    Bjs
    Regina

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