Este ano comecei muito cedo a enfeitar a casa para o Natal.
Acho que foi a necessidade imperiosa de sair deste ambiente de trabalho em que me afundo de há quase três anos para cá. Trabalhar em projectos escolares já foi bom e era uma tarefa que eu adorava, apesar da pressão e da família. Muitas horas passei agarrada à máquina de escrever elétrica e depois ao computador - que ia abaixo ao menor esforço -. Ainda me lembro da impressora com rolos e rolos de papel que se iam enchendo de texto :)
Hoje em dia os materiais são tantos que é um nunca acabar de recursos, qual deles mais apelativo e mais criativo. Exige-se aos autores que quase dêem as aulas pelos professores, colmatando todas as falhas, procurando adivinhar problemas, motivando os alunos com temas interessantes. Há videos do Youtube em todas as aulas, audiovisuais, Powerpoint , filmes e textos simpáticos. Como é que é possível não ensinar bem? I wonder...
Mas o Natal começou bem cedo também por causa da minha filha, que é apaixonada desta época do ano, o que só prova que, na minha casa, desde sempre, houve um ambiente festivo e feliz, mesmo quando os problemas se avolumavam.
A consoada foi lá durante mais de 25 anos, celebrando nós, depois, o Dia de Natal em Lisboa com a minha família, o que nos obrigava a um stress extra. Tive várias crises de choro durante os Natais por excesso de trabalho, de viagens para lá e para cá com tres crianças pequenas, dormidas péssimas, discussões, prendas, bolos, rabanadas, bacalhau e ....o diabo a 4.
nem me quero lembrar.....
Apesar de tudo, era uma época feliz para a minha família de cá, cheia de problemas crónicos, mas que por umas horas tinham a ilusão de felicidade...
e as idas a Lisboa eram uma desilusão para mim, sobretduo depois da morte de meu Pai, pois já nada era igual ao que eu conhecera e as minhas expetativas e carências cresciam de ano para ano.
Eu própria quase não me reconhecia na minha cidade natal, onde fora feliz durante quase trinta anos.
Acho que foi a necessidade imperiosa de sair deste ambiente de trabalho em que me afundo de há quase três anos para cá. Trabalhar em projectos escolares já foi bom e era uma tarefa que eu adorava, apesar da pressão e da família. Muitas horas passei agarrada à máquina de escrever elétrica e depois ao computador - que ia abaixo ao menor esforço -. Ainda me lembro da impressora com rolos e rolos de papel que se iam enchendo de texto :)
Hoje em dia os materiais são tantos que é um nunca acabar de recursos, qual deles mais apelativo e mais criativo. Exige-se aos autores que quase dêem as aulas pelos professores, colmatando todas as falhas, procurando adivinhar problemas, motivando os alunos com temas interessantes. Há videos do Youtube em todas as aulas, audiovisuais, Powerpoint , filmes e textos simpáticos. Como é que é possível não ensinar bem? I wonder...
Mas o Natal começou bem cedo também por causa da minha filha, que é apaixonada desta época do ano, o que só prova que, na minha casa, desde sempre, houve um ambiente festivo e feliz, mesmo quando os problemas se avolumavam.
A consoada foi lá durante mais de 25 anos, celebrando nós, depois, o Dia de Natal em Lisboa com a minha família, o que nos obrigava a um stress extra. Tive várias crises de choro durante os Natais por excesso de trabalho, de viagens para lá e para cá com tres crianças pequenas, dormidas péssimas, discussões, prendas, bolos, rabanadas, bacalhau e ....o diabo a 4.
nem me quero lembrar.....
Apesar de tudo, era uma época feliz para a minha família de cá, cheia de problemas crónicos, mas que por umas horas tinham a ilusão de felicidade...
e as idas a Lisboa eram uma desilusão para mim, sobretduo depois da morte de meu Pai, pois já nada era igual ao que eu conhecera e as minhas expetativas e carências cresciam de ano para ano.
Eu própria quase não me reconhecia na minha cidade natal, onde fora feliz durante quase trinta anos.
Primamiga
ResponderEliminarEste ano (como os outros) a época é um desastre (financeiro). Porém, este é pior. Se não vê: 28 de Novembro, aniversário do Xavier (neto); 8 de Dezembro, aniversário do Vicente (neto), 21 de Dezembro, aniversário do João (20 anos, primogéneto): 24 be 25, dizem que é Natal, mas com a crise e a austeridade é meio-Natal; 26 de Dezembro, Bodas de Oiro, 31 de Dezembro/1 de Janeiro, fim do ano. Ufffffffff!!!!!!!....
Mas, mesmo assim, já temos a casa engalanada, foi a Conceição (17 anos a ajudar a Raquel, uma vez por semana) que o fez. Truque antigo: saímos discretamente para... desta vez foi S. Pedro do Sul. Bué da fixe...
Gostei das novas novas de que me (nos) dás conta. O melhor está para vir: Goa e outras Índias = 8 de Janeiro/1 de Maio; belo safo-me (safamos-nos) desta merda, deste (des)Governo, deste Imóvel de Belém. Gente fina é outra loiça... E, além disso, economizamos para pagar o IRS (t'arrenego Maria Merkel Luís) e pôr em ordem umas "coisas": arranjo do carro durante esse período, pois não posso comprar outro e este só tem oito anos... Enfim, boa vida, ou vida boa; o que faz falta é avisar a malta de que não há €€€€€€€...
Qjs
Desculpa o cumprimento (com o) deste comentário; a espada do Afonso Henrique não é nada se comparada com esta alarvidade Na nossa Travessa há novo textículo assinado cá pelo je...
Só agora sei o nome dos teus netos, que bom ter noticias vossas, mesmo que seja só pela net!!
ResponderEliminarDia 26, agora me lembro do dia do casamento , tinha eu 17 aninhos!! Devia ser tão bonita :)))
Dia 28 temos uma festa de família em Coimbra em que nos encontramos aí umas 70 pessoas desde os 2 até aos 71 anos!! É sempre num local público - hotel ou restaurante pois não cabemos em casa de ninguém ;_)
Mas que rico programa de viagens! Invejo-te, mas mesmo que quisesse - e até tinha dinheiro - não poderia, o meu joelho continua a não me permitir deslocar-me mais do que daqui ao fundo da rua e viagens nem pensar. Decidi ir à Austrália, mas já me arrependi, não sei se em Junho terei capacidade para uma viagem dessas! O mais certo é pedir reembolso :)
Já vou ver o teu textinho ( gosto mais deste diminutivo!!!)
bjo
Para mim o Natal foi sempre um misto de alegria e muita canseira. Hoje sinto-o de uma maneira muito angustiante, devido ás crescentes dificuldades da vida.Talvez por isso vou deixar aqui um poema da Regina, que ela já me autorizou a dizer numa festa da UPP e de que eu gosto muito.
ResponderEliminarNatal
O menino sorri sobre as palhinhas,
e cintilam as luzes do pinheiro,
a mesa está repleta de iguarias
e à sua volta há muito comensal,
muitos adultos, algumas criancinhas.
Por entre a excitação o sono espreita
mas a hora de deitar não se respeita, é preciso receber o Pai Natal,
com todos os presentes.
Atravessa o ar, em galopada, um tropel de palavras fugidias
Uma boneca, um avião, uma consola, uma casinha, um helicóptero, uma bola,
um robot, um mecano, uma pistola um triciclo, uma prancha, uma viola….
Isolo-me de tanta confusão e penso com saudade nos ausentes
cuja imagem é cada vez mais desbotada.
Levanto-me num gesto sorrateiro, vou à janela e ninguém dá por nada.
É Natal.
No passeio em frente, deitado no chão, dorme um mendigo, coberto com um jornal.
(não publicado)
Um beijo e que para toda a sua família o Ntal aconteça todos os dias.
Peço desculpa pelo espaço entre o texto e o poema. Não sei como aconteceu. Eu acho-o lindíssimo.
ResponderEliminarMais um beijo.
Já o conhecia e tb gosto muito, embora saiba que ler isto nos afecta sempre.
ResponderEliminarNão conseguimos conciliar a alegria e a paz das nossas casas com a pobreza e carências de tantos! Pelo menos tenho a certeza de que trabalho muito e que emprego bem o meu dinheiro, sobretudo para causas como a música dos meus netos, a assistência aos velhinhos duma instituição em Coimbra e mais não digo. Gostava de fazer mais, mas a saude não me possibilita trabalhar como voluntária, não aguentaria o ritmo.
Procuro transmitir felicidade aos que me rodeiam, aos meus filhos e netos em primeiro lugar....
Bjo
Desde que vim viver para o Continente só gosto do Natal das minhas portas para dentro ou ir para lugares onde se respire festas. Aqui para os meus lados sempre foi uma desolação e cada vez mais piora a olhos vistos!...
ResponderEliminarComungo com a sua filha a alegria da quadra natalícia e compreendo o que a Virgínia sentiu. Nem sempre os Natais são de paz. Já tive a minha doze com doenças e mortes de familiares muito próximo do Natal...
Aprendi que a simplificação torna tudo mais leve, mas para isso é preciso uma travessia no deserto.
Gosto em saber que está animada! Quando puder deixe de fazer coisas que pouco lhe dizem!...
Beijinhos.
È uma coincidência , mas hoje faz 33 anos que morreu o meu Pai no dia a seguir à morte de Sá Carneiro. Estavam todos a chorá-lo quando eu soube que o meu pai tinha falecido em Lx. Esse Natal foi bem triste.
ResponderEliminarAcho que as pessoas se excedem no Natal, querem fazer muita coisa e afinal, aquelas horas passam rapidamente e no dia seguinte só vemos as fitas e os papeis rasgados. Já passei dias de Natal, depois que a minha Mãe morreu, bem tristes aqui no Porto, sozinha com a minha filha, a comer os restos e com a cozinha de pantanas!! Mas agora felizmente a consoada é em casa do meu filho aqui ao lado e embora seja eu a fazer grande parte das coisas, não é tão cansativo. E há os miudos que ficam sempre contentes...e a música....
Bjo
Com a presença dos netos deve ser diferente. Espero para o ano poder dizer algo sobre este assunto, porque vou ser avó em Março. Penso que ainda não lhe tinha mencionado esta novidade. Estou contente... Estava a ver que nunca mais!
EliminarParabéns, Madalena.
ResponderEliminarVai ver como é diferente, uma vida nova. O primeiro, então, deixa-nos sem palavras :)
Bjinho