Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
ALBERTO CAEIRO/FERNANDO PESSOA NÃO PRECISA DE PANTEÕES PARA SER QUEM É....
E que lindas fotografias!!!! Só elas já nos dão melhor disposição. E também me parece que se encontra com um pouco de melhor disposição. Quando vier o Sol, tudo nos parecerá diferente e melhor.
ResponderEliminarUm beijo.
Felizmente acordo agora com o sol a dar nas paredes do quarto e isso anima-me. Também me anima ver as flores por todo o lado aqui à volta, a chuva trouxe-as mais cedo do que o previsto. A minha filha anda toda feliz, ela adora passear na rua, ver coisas, ontem foi a Fanzeres só ara conhecer a vila!!! :)
ResponderEliminarObrigada, Graciete, uns bons dias de sol para si também!!
Pelo menos anunciada está...
ResponderEliminarQue beleza aqui pôs.
Obrigada.
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