Hoje fui ver o filme, que considero o reverso da medalha daquele que critiquei há uma semana.
No primeiro, fala-se da destruição duma mente brilhante através da condenação social homofôbica em Inglaterra na primeira metade do século XX .
Neste trata-se da redenção dum homem diminuído fisicamente em todos os aspectos excepto no seu cérebro, redenção operada pela sociedade da segunda metade do século XX e XXI. Ambos os filmes retratam a vida real.
A evolução dos costumes e o avanço tecnológico andam a par. A Ciência tem de funcionar como uma revolução de mentalidades, a democracia deve espoletar a transformação social de modo a favorecer o progresso não só individual mas colectivo. Estes dois filmes são a prova de que este milagre é possível, ainda que nem sempre aconteça.
Stephen Hawking é uma força da Natureza que felizmente sobreviveu às ameaças que a lógica e a medicina lhe ditavam. Ver este filme ( lembrou-me a história de Helen Keller) , faz-nos acreditar no amor, na força, na inteligência e também no poder do dinheiro que possibilita o avanço das tecnologias.
Um filme britânico, sóbrio, sem o mediatismo dos filmes hollywoodescos. Saí da sala com esperança.
Em 2004, a BBC produziu uma mini-série sobre Stephen Hawking, chamado Hawking. Só foca a vida do cientista em Cambridge até ao seu casamento.
Muitos acham-na superior ao filme candidato a Óscares. Coincidência ou não, o protagonista é o actor que interpretou o papel de Alan Turing no filme que citei na semana passada: Benedict Cumberbach.
A sua interpretação é mais inteligente, mais convincente e apelativa.
Há actores brilhantes na cena britânica.
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