É um rio sempre muito belo.
Não sei se é das curvas sinuosas que o fazem serpentear entre as cidades, escondendo recantos dos morros escarpados para, de súbito, os revelar um pouco mais adiante, se é a luz velada que o nevoeiro acentua ainda mais, se é aquele abraço com o mar, hoje já menos evidente por causa do molhe, se são os pescadores que esperam horas infindas pelo mordiscar dos iscas, se dos barquinhos frágeis que baloiçam nas suas margens, ou se é do carácter antigo das casas cujas fachadas se debruçam sobre o rio e se reflectem na superfície dourada ou prateada conforme a luz do sol...
Ontem resolvi ir dar um passeio de carro até lá abaixo, sair do carro e andar um pouco na margem. Estava uma tarde de sonho, calma, quente...nem parecia inverno.
A minha empregada foi comigo e acabámos por ir tomar um café à Praia da Luz, onde o sol já estava mais baixo, embora ainda não fossem horas de se pôr. Conversar com ela durante uma hora fez-me bem. O ar de mar e o intenso cheiro a maresia ainda mais.
Esta cidade continua a encantar-me e estes dias de inverno cheios de sol ainda são mais belos do que os de verão. Os áceres aqui em frente não querem perder a folha, por estranho que pareças dá a sensação de que em breve virá a Primavera. Oxalá!!
Coloco aqui um poema que hoje a minha Amiga Regina gentilmente me enviou ( 10/1).
Lesto, caminha o Sol para poente.
Sobre o rio, estranhas sombras dançam.
A música é feita de um rumor silente
em magoado canto transformado.
Rumor das sombras?
Rumor das águas?
Rumor das mágoas?
"Entre Margens" - Regina Gouveia
Não sei se é das curvas sinuosas que o fazem serpentear entre as cidades, escondendo recantos dos morros escarpados para, de súbito, os revelar um pouco mais adiante, se é a luz velada que o nevoeiro acentua ainda mais, se é aquele abraço com o mar, hoje já menos evidente por causa do molhe, se são os pescadores que esperam horas infindas pelo mordiscar dos iscas, se dos barquinhos frágeis que baloiçam nas suas margens, ou se é do carácter antigo das casas cujas fachadas se debruçam sobre o rio e se reflectem na superfície dourada ou prateada conforme a luz do sol...
Ontem resolvi ir dar um passeio de carro até lá abaixo, sair do carro e andar um pouco na margem. Estava uma tarde de sonho, calma, quente...nem parecia inverno.
A minha empregada foi comigo e acabámos por ir tomar um café à Praia da Luz, onde o sol já estava mais baixo, embora ainda não fossem horas de se pôr. Conversar com ela durante uma hora fez-me bem. O ar de mar e o intenso cheiro a maresia ainda mais.
Esta cidade continua a encantar-me e estes dias de inverno cheios de sol ainda são mais belos do que os de verão. Os áceres aqui em frente não querem perder a folha, por estranho que pareças dá a sensação de que em breve virá a Primavera. Oxalá!!
Coloco aqui um poema que hoje a minha Amiga Regina gentilmente me enviou ( 10/1).
Lesto, caminha o Sol para poente.
Sobre o rio, estranhas sombras dançam.
A música é feita de um rumor silente
em magoado canto transformado.
Rumor das sombras?
Rumor das águas?
Rumor das mágoas?
"Entre Margens" - Regina Gouveia
Olá Virgínia
ResponderEliminarBem sabe como eu gosto do seu blog. Mas esta depressão ou qualquer outro problema que ainda andam a investigar tiram-me a energia de partilhar ideias e de colaborar os comentários aos "posts". Por isso venho dar-lhe um beijinho e desejar que a sua vida continue tão harmoniosa como sempre foi. E VAI CONTINUAR..
Olá Graciete, que bom é vê-la aqui. Queria muito ajudá-la, não posso fazer nada? Se quiser comunicar comigo, não hesite. Não tenho o seu numero de telefone, mas posso pedir à Regina.
ResponderEliminaras melhoras, ânimo e muito sol! Um beijo saudoso.
O Douro é belo por tudo o que descreve e muito mais....!!!
ResponderEliminarO Douro tem magia....
AG
Pois tem...não gosto de comparações, mas vivi vinte anos a olhar para o Tejo e nunca lhe vi o mesmo encanto. Era uma estrada cinzenta ou azul recta, com margens feias e barcos a entrar e sair.....
ResponderEliminarBjinhos
Mais uma vez as tuas fotos fabulosas...Ao vê-las e ao ler o texto lembrei-me de um poema do meu livro "Entre margens" .
ResponderEliminarLesto, caminha o Sol para poente.
Sobre o rio, estranhas sombras dançam.
A música é feita de um rumor silente
em magoado canto transformado.
Rumor das sombras?
Rumor das águas?
Rumor das mágoas?
Ab
Regina
Lindíssimo o poema. dos teus mais bonitos. Gosto muito daí tê-lo posto lá em cima em destaque. Ando inquieta com estas discussões sobre o Charlie. Gostei muito da tua entrada no blogue. A primeira reacção foi histérica. Esquecem-se das mortes que continuamente massacram afegãos e iraquianos.....há humanos que são mais humanos que outros.....só porque insultam os outros com desenhos. Condeno os actos , mas não os empolo, nem interpreto com fanatismo.
EliminarGininhamiga
ResponderEliminarO Tejo? É uma maravilha, um estuário grande como o Amor, o mar da Palha e os flamingos numa perna só, e os cacilheiros quais marinheiros sempre os primeiros na terra ou no mar, e as pontes tão diferntes mas tão maravilhosas, e o Bugio) E o etc.? E a namorar Lisboa...
Resumindo: és uma mulher traidora... :-) :-) :-), digo, uma Senhora traidora...
Bjs da prima e qjs do primo, candidato ao Mobel. A (des)propósito: já compraste o Crónicas?
O Tejo pode ser isso tudo. Conheço-o bem, mas não me encanta. Foi sempre grande demais, um pouco como o Reno, o Danúbio, o Elba e outros rios que servem grandes portos. Não há comparação possível com a beleza do Douro desde que aparece até que morre no mar. Pergunta aos turistas que fazem cruzeiros no Douro o que sentem durante o passeio....ou então senta-te na Ribeira numa tarde de sol.....
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