segunda-feira, 16 de março de 2015

A mensagem de Anne Frank

Teria feito 16 anos em Junho de 1945.
Morreu há 70 anos, em Março,  poucos dias antes de o Campo de Concentração de Bergen Belsen ser descoberto pelos Aliados depois de abandonado pelos nazis.

O National Geographic Channel dedicou um documentário ao que menos se sabe sobre a jovem judia.

Anne Frank foi obrigada  a viver escondida com mais sete pessoas num Anexo por cima do escritório de seu Pai Otto Frank, o único sobrevivente da tragédia.Aí escreveu o seu Diário, que sobreviveu por milagre, esquecidos no meio da papelada.



O documentário feito com imensa sensibilidade, entrevista duas ou três pessoas - uma dela antiga colega de Anne no liceu, que sobreviveu às condições terríveis de Auschwitz e Bergen-Belsen e que nos últimos dias de vida de Anne ainda lhe arranjou alguma coisa para comer, pois a jovem estava em estado de completa inanição e degradação física.


Resolvi comprar o Diário pelo Kindle e estou a lê-lo talvez pela 3ª vez. Foi uma das minhas heroínas quando o li aos 15 anos, falei dela durante anos aos meus alunos através de textos e até por meio duma gravação em cassete do diário que comprei em Londres.

 Anne Frank é e nunca mais deixará de ser um ícon para a juventude.

Este artigo - escrito em inglês, desculpem - refere-se à eternidade da sua mensagem, que contrasta com a efemeridade da sua vida.

Deep Survival: Anne Frank’s Extraordinary Act of Survival


If she had lived, Anne Frank would have turned 80 this June. Hers was an extraordinary act of survival, in which the process of living was far more important than the outcome. Her Diary of a Young Girl, published after her death, reminds us that in some cases survival is not simply a matter of how long you live, but how well you live.
Frank’s birthday is a good time to contemplate what it means, really, to survive.
The word is derived from the Latin supervivere, a combination of super (over) and vivere (to live). While the common translation of supervivere is “to outlive,” Frank’s diary suggests that supervivere means something infinitely richer. Her story describes survival as an act of grace under pressure—super-living, you could call it.
Frank saw her captivity as a chance to face “the difficult task of improving [her]self,” and as she worked steadily through the days and weeks, she “discovered an inner happiness underneath [her] superficial and cheerful exterior.” Directed action is always essential to this sort of super-living. There must be a purpose. For Frank, it was her diary. It kept her going and gave meaning, direction, and coherence to an otherwise insane existence.
She rejoiced in life, as long-term survivors always do. “We live in a paradise compared to the Jews who aren’t in hiding,” she wrote. She drank in the beauty of the natural world, looking out the windows at the sky and writing, “I firmly believe that nature can bring comfort to all who suffer.” 
Beyond the Edge- NG' blogspot.

3 comentários:

  1. Muito interessante! Esta é mais uma das muitas lições que podemos aprender com Anne Frank. O sentido de “mais do que” do prefixo “super”, usado no latim, confere um significado forte à palavra “sobreviver”. Nesta perspetiva, “sobreviver” significa “mais do que viver”. E parece que é no limite da sobrevivência, no fio da navalha, que o ser humano aguça o engenho e se supera a si mesmo.
    Um beijinho

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  2. Exactamente. Há os que vivem, há os que sobrevivem e há os que vivem para lá da sua existência - neste caso tão curta. Continuo a ler o Diário e parece que o leio pela primeira vez, é incrível como as palavras duma menina de 14 anos nos podem fazer reflectir tanto e aprender a amar todos os momentos da nossa vida privilegiada e protegida do mal gratuito e imprevisível. Um beijo

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  3. Anne, uma menina ótima estou lendo o diario dela pela primeira vez e estou amando nem parece que foi uma garota de 13 que escreveu , tenho 12 anos e não tenho essa maturidade toda que ela tinha ♡😍

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