Ando numa de turismo no Porto.
Sinto-me bem depois da operação, que me restituiu bastante mobilidade, ainda que não possa fazer grandes esforços , nem estar muito tempo em pé. O problema não está na coluna, mas nos joelhos, que continuam a ter artroses e sofrem com o peso. Mas já ando bem 1km em plano e subo escadas sem muito esforço. Descer é pior, mas a minha filha ajuda-me sempre.
Hoje fomos a Serralves, o santuário da cidade, que agora na Primavera nos oferece panorâmicas maravilhosas das árvores a ressuscitar depois dum curto inverno com muita chuva e sol. Vê-se que estão felizes e que a chuva só lhes traz vida. Há árvores seculares, como o liquidambares, que têm folhas na parte inferior e ainda estão descarnadas e esguias lá no alto.
Não há muitas flores neste jardim, não é como o botânico, as espécies são quase todas verdes, mas as glicíneas já se apresentavam lindas na Casa de Chá, vazia de público.Há quem goste de ir a Serralves nos dias de Festa. Prefiro pagar os 10 euros e disfrutar do museu e jardim só para mim...o canto dos pássaros é único, sem o barulho da VCI que tanto me incomoda no J. Botânico. A paz que se respira é extraordinária e, mesmo que as amostras culturais nunca me satisfaçam plenamente, só a visita àquele parque dá para recarregar baterias durante muito tempo. O sol com nuvens tb é extremamente fotogénico, os jogos de luz e sombras maravilhosos.
As exposições não são nada de extraordinário, embora a de Wolfgang Tillmans me tenha impressionado pela qualidade e tamanho das fotografias, tiradas com máquinas digitais da 1ª geração, quando ainda não havia Photoshops nem impressoras a laser. Dedicarei nova entrada a este assunto, pois creio que as minhas fotos agradarão à maior parte dos leitores deste blogue.
Foram duas horas apenas a passear. Mas é neste tempo de Primavera que se enche a alma de poesia e de sonho.