Foi a cerimónia a que assisti hoje mais uma vez - alle Jahre wieder, diriam os alemães - no jardim de Sophia, cujo busto foi levado para não sei onde.
Uma verdadeira tarde de primavera com sol radioso e um céu azul que até fere. Um cheiro a glicíneas, a erva molhada, a alfazema...
Havia muita gente a passear, grupos de crianças duma escola, um ambiente que parecia dos tempos antigos quando a casa era habitada por uma das famílias mais abastadas e nobres do Porto.
Uma rapariga de vestido vermelho chamou-me a atenção, parecia ter saído dum quadro impressionista.
Senti-me feliz, apaziguada com a vida, grata por poder gozar a maravilha da paz nestes tempos conturbados. Pergunto-me como é que as pessoas habituadas a uma vida calma, mesmo que buliçosa, conseguem enfrentar momentos de pânico e terrorismo hoje em dia. Abstenho-me de tecer comentários sobre as instituições europeias e as medidas tomadas em relação aos acontecimentos porque nada sei.
Limito-me a reflectir, enquanto passeio pelas áleas repletas de flores de rododendro, azálea, malmequeres, camélias e estrelícias. Enquanto houver ar , espaço e água para estas flores desabrocharem, só posso dar graças por estar viva e poder disfrutar delas todos os anos até morrer.
Oiço neste momento, no Mezzo, Jordi Savall, o mágico da música antiga. Nunca me canso de o ouvir e de observar esta orquestra de instrumentos antigos, que parece saída da capa dum disco de vinil dos anos 50.
Aqui ficam as Folias de Espanha. Para ouvir enquanto se olha para as fotos.... :)
Dedico as flores a todos os meus Amigos que por aqui passam e deixam sempre palavras cheias de energia positiva: Miss Smile, Gaby, Regina, Dalma, Manuela, Mário, etc.etc. Há tantos cujo nome desconheço....é uma pena!
Uma verdadeira tarde de primavera com sol radioso e um céu azul que até fere. Um cheiro a glicíneas, a erva molhada, a alfazema...
Havia muita gente a passear, grupos de crianças duma escola, um ambiente que parecia dos tempos antigos quando a casa era habitada por uma das famílias mais abastadas e nobres do Porto.
Uma rapariga de vestido vermelho chamou-me a atenção, parecia ter saído dum quadro impressionista.
Senti-me feliz, apaziguada com a vida, grata por poder gozar a maravilha da paz nestes tempos conturbados. Pergunto-me como é que as pessoas habituadas a uma vida calma, mesmo que buliçosa, conseguem enfrentar momentos de pânico e terrorismo hoje em dia. Abstenho-me de tecer comentários sobre as instituições europeias e as medidas tomadas em relação aos acontecimentos porque nada sei.
Limito-me a reflectir, enquanto passeio pelas áleas repletas de flores de rododendro, azálea, malmequeres, camélias e estrelícias. Enquanto houver ar , espaço e água para estas flores desabrocharem, só posso dar graças por estar viva e poder disfrutar delas todos os anos até morrer.
Oiço neste momento, no Mezzo, Jordi Savall, o mágico da música antiga. Nunca me canso de o ouvir e de observar esta orquestra de instrumentos antigos, que parece saída da capa dum disco de vinil dos anos 50.
Dedico as flores a todos os meus Amigos que por aqui passam e deixam sempre palavras cheias de energia positiva: Miss Smile, Gaby, Regina, Dalma, Manuela, Mário, etc.etc. Há tantos cujo nome desconheço....é uma pena!
"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
ResponderEliminarFinos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende."
Cecília Meireles
Muito obrigada, Virginia, por este maravilhoso bouquet de flores.
Um beijinho e uma santa Páscoa
E eu agradeço este texto tão bonito sobre a primavera. Juntar o sol às flores e sobretudo à paz e saúde é o maior Bem que se pode ter. Fico agradecida e quero participar com todos a minha euforia!
ResponderEliminarbjinho
Virgínia, que surpresa simpática ver-me incluída nas suas amigas virtuais! Acredite que foi algo que me sensibilizou. Tenha uma Páscoa feliz com todos os seus queridos.
ResponderEliminarDalma
Leio sempre o seu blogue e respondo-lhe sempre que posso. Considero que é uma das leitoras deste e gosto dos seus comentários, mesmo quando eles não concordam com as minhas ideias. Uma Páscoa cheia de boas recordações e bons momentos presentes.
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