Hoje começa a Primavera e o dia está soalheiro, com nuvens, como eu gosto.
Havia muitas pessoas na florista a comprarem ramos de flores!
Na próxima semana, muda a hora e as tardes já permitem passeios a pé até mais tarde. Gosto muito desta mudança e de sair ao fim da tarde até à Foz ou a Ribeira.
Domingo passado dei um passeio de teleférico em Gaia com a família toda
e adorei ver a vista de cima. Paga-se 8 euros por adulto, as crianças até aos 12 nada pagam, de modo que valeu a pena.
Lá em cima tem um terraço, onde se podem tirar fotos magníficas e admirar esta bela cidade de Porto-Gaia...numa perspectiva diferente daquela que se tem em baixo.
site http://mulher50a60.weblog.com.pt/arquivo/2005/01/a_minha_cidade.html
Poderia acrescentar mais umas linhas da minha autoria:
Da minha varanda não se vê o largo Tejo, nem os enormes transatlânticos
que outrora da minha casa eu via,
Mas da minha janela agora vejo sequóias e áceres centenários
e, de noite,
sinto o perfume da maresia.
Havia muitas pessoas na florista a comprarem ramos de flores!
Na próxima semana, muda a hora e as tardes já permitem passeios a pé até mais tarde. Gosto muito desta mudança e de sair ao fim da tarde até à Foz ou a Ribeira.
Domingo passado dei um passeio de teleférico em Gaia com a família toda
e adorei ver a vista de cima. Paga-se 8 euros por adulto, as crianças até aos 12 nada pagam, de modo que valeu a pena.
Lá em cima tem um terraço, onde se podem tirar fotos magníficas e admirar esta bela cidade de Porto-Gaia...numa perspectiva diferente daquela que se tem em baixo.
Fica aqui um poema ao Porto, cidade que não é a minha, mas que adoptei e me adoptou. Já não mudava daqui para lado nenhum.
"A minha cidade"
A minha cidade não se chama Lisboa,
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo,
mas como ela, tem nascentes
leitosas e marmóreas...
Na minha cidade os Poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar;
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito...
Na minha cidade, tal como em Lisboa,
há gaivotas e maresia
mas não há cacilheiros no rio,
há rabelos
transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente,
depois de vencido o nevoeiro...
Na minha cidade também há pregões,
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas
e fado pelas vielas, pendurado com molas,
como roupa a secar nos arames...
A minha cidade tem também tardes languescentes,
coretos nas praças
velhos jogando cartas em mesas de jardim
e o revivalismo de viuvas e solteironas
passeando de eléctrico...
É bem verdade que, na minha cidade,
a luz não é como a de Lisboa,
mas a luz da minha cidade
é um frémito de amor do astro-rei
a beijá-la na fronte, cada manhã!...
A minha cidade não se chama Lisboa,
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo,
mas como ela, tem nascentes
leitosas e marmóreas...
Na minha cidade os Poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar;
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito...
Na minha cidade, tal como em Lisboa,
há gaivotas e maresia
mas não há cacilheiros no rio,
há rabelos
transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente,
depois de vencido o nevoeiro...
Na minha cidade também há pregões,
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas
e fado pelas vielas, pendurado com molas,
como roupa a secar nos arames...
A minha cidade tem também tardes languescentes,
coretos nas praças
velhos jogando cartas em mesas de jardim
e o revivalismo de viuvas e solteironas
passeando de eléctrico...
É bem verdade que, na minha cidade,
a luz não é como a de Lisboa,
mas a luz da minha cidade
é um frémito de amor do astro-rei
a beijá-la na fronte, cada manhã!...
Maria Mamede
site http://mulher50a60.weblog.com.pt/arquivo/2005/01/a_minha_cidade.html
Poderia acrescentar mais umas linhas da minha autoria:
Da minha varanda não se vê o largo Tejo, nem os enormes transatlânticos
que outrora da minha casa eu via,
Mas da minha janela agora vejo sequóias e áceres centenários
e, de noite,
sinto o perfume da maresia.
A tua mensagem aguçou-me a vontade de ir andar no teleférico em Gaia. Nunca fui.
ResponderEliminarBonito este poema de Maria Mamede. Creio que já uma vez o inseriste numa mensagem.
Ab
Regina
Sim, vale a pena se se quiser ter uma panorâmica rotativa das duas cidades. É um pouco mais baixa do que a Serra do Pilar e muito abrangente.
ResponderEliminarSim, este poema diz-me muito!!
bjo
Gostei muito do poema e das fotografias (hoje também dei um pequenino passeio, mas perto de casa e sem fotografias)
ResponderEliminarum beijinho e uma boa semana
Gábi
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEsta cidade é muito agradável para passear...adoro a Ribeira e a Foz.
ResponderEliminarBjinho