segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A noite






Adoro a noite, o espaço entre a meia noite e as 3 da manhã.

Há silêncio, fecho a TV e entrego-me ao prazer intelectual, que vai da simples contemplação de alguma pintura especial à leitura de poemas, entrevistas ou pensamentos de autores, cientistas ou meros mortais. Também escrevo no meu diário, leio cartas antigas, blogues, algo que me faça pensar na vida.

Gosto de ler no silêncio. Não preciso de música. Cada vez me fixo mais em citações que me dizem algo.

Esta semana li duas particularmente significativas:

Kahlil Gibran :



Sophia Mello Breyner : 

A regra a seguir é esta: uma casa para todos e beleza para todos. E a beleza não é cara. É geralmente menos cara do que a fealdade que quase sempre se chama luxo, monumentalismo, pretensão. A beleza é simplicidade, verdade, proporção. Coisas que dependem muito mais da cultura e da dignidade do que do dinheiro.



 Tão verdadeira é a primeira como a segunda. 

O conhecimento de nós próprios até ao mais ínfimo pormenor é essencial para que possamos gerir os nossos passos e atingirmos alguma perfeição.

Podemos ser felizes com menos do que imaginamos ou ambicionamos. A beleza das coisas está no equilíbrio das mesmas e na empatia que sentimos por elas.

É tarde. Fico por aqui.

2 comentários:

  1. Houve uma altura da minha vida que gostava de estar acordada pela noite adentro.Havia quem dissesse que fazia da noite o dia. Acho que era mesmo por sentir a necessidade de estar apenas na minha companhia... Ainda tenho este sentimento mas noutras horas do dia. Quanto aos meus entretenimentos, são vários. Não posso é que sejam daqueles que mexam com o emocional porque depois não durmo bem. Gostei de ler as citações e bem verdade que não é preciso muito para nos sentirmos bem. Costumo dizer quanto menos se tem mais livre somos.

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  2. Há agora um lema que muitas pessoas seguem e que diz : Less is more, ou seja menos é mais. Damos cabo da vida a cuidar das coisas que nos vieram dos antepassados, ou nós próprios adquirimos, casas grandes que se sujam constantemente ou necessitam de obras, roupas que nem vestimos, papelada que já foi importante mas já não é tanto, joias, etc. Também complicamos na cozinha fazendo pratos que exigem muita paciência ou sujam muita loiça. Quando estou sozinha verifico que reduzo tudo ao mínimo , só uso o meu quarto, a sala e a cozinha, o resto da casa não precisa muita limpeza. Agora que a minha filha está cá, suja-se mais, desarruma-se tudo, passo o tempo a por a loiça e roupa na máquina, a vida deixa de ser gozada para ser obrigação de viver com tudo o que se possui. Mas claro que também não conseguimos viver numa ilha deserta, há coisas essenciais sem as quais não existimos. Bjo

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