Quando se sai da rotina e da cidade, os nossos sentidos parece que despertam e da nossa mente desaparecem todos os fantasmas e demónios que por aí andam a querer desfazer o que é belo, o que é genuíno e o que não pretende mais do que olhar para o mundo com outros olhos, como este blogue.
Nunca pretendi enaltecer o meu ego, pessoalmente tenho reservas quanto às minhas capacidades e talentos, mas sei bem apreciar o mundo que me rodeia e acho extraordinária a paleta de cores que a todo o momento desfila diante dos meus olhos. Amo a Vida.Ainda sinto o cheiro inebriante da alfazema que cobria anteontem um muro em São João da Pesqueira, à mão de qualquer transeunte que por ali passasse...ainda sinto a emoção que as vistas das encostas coroadas de vinhas , bem verdes, desenhadas a compasso e esquadro, em mim despertaram.
Estive este ano nos Açores, na Madeira, em Leeds, em Ofir e na Luz. Não trocava nenhum destes locais por uns dias passados numa grande cidade como Paris ou NY, Rio de Janeiro ou mesmo Praga, que amo incondicionalmente.A civilização, por muito cuidada que seja, não se compara com a natureza quase virgem de locais intactos onde não me importaria de morrer. Nela liberto-me, vivo, respiro, na certeza de que ninguém me quer mal ou me deseja ruindade. Não desejo museus, desejo árvores, montes, vales, o mar....
Este mundo dos blogues só é são quando as pessoas sobrevivem às perseguições e invejas de que são alvo. Há muita gente ruim por aqui e infelizmente só as detectamos tarde demais. Mas não nos queimam, nem sequer chegam a chamuscar....
Também eu gosto de viajar, sair da monotonia quotidiana, admirar a Natureza (adorei a ilha do Pico, por ser ainda tão"selvgem"), mas não posso deixar de referir o meu incondicional amor por Paris.Estes dois últimos anos têm sido bastante monótonos, passados aqui na cidade, com pouquíssimas saídas, mas as circunstâncias da vida a isso obrigaram.
ResponderEliminarTemos que ir vivendo o doa a dia e valorizar o que de bom vai acontecendo.
Agora vem aí a Festa do AVANTE e depois , no princípio de Outubro, três dias no Alentejo com a UPP.Vai ser bom.
Um beijo.
Oxalá consiga concretizar os seus planos. Nem sempre é possível. Poderia viajar mais, mas condiciono-me por causa dos meus netos que tb precisam de mim. Não sou pessoa de aeroportos, nem de grandes cidades. Já gostei do bulício de Londres onde fui umas dez vezes na vida ou Paria , umas 4 e ainda NY e Boston, onde estive duas ou tres. São cidades muito excitantes, mas não me fazem tanta falta como passeios junto à natureza.
ResponderEliminarNos anos 90 tive a sorte de viajar para terras exoticas onde agora nem se pode ir, Norte de África, Israel e Jordania, Turquia, etc.
Já me dou por contente! Agora quero é ver o meu joelho decente!!
bjinhos
Conheço bem esta parte do nosso País, pois sou natural do Alto Douro. Diremos que embora saísse de lá muito bébé, a quinta de Vinho do Porto onde nasci, dos meus avós paternos, ainda hoje pertence a familiares meus. É linda a paisagem tão vasta com o Douro imponente.Assisti a algumas vindimas com muita gente vinda de fora que ficavam lá na quinta, a viver, em instalações próprias durante todo esse tempo. Aliás foi através desses "forasteiros" que o meu Pai conheceu a minha Mãe. Foram de Cinfães ( terra da minha querida Mãe) e o meu Pai , solteiro, perguntou se havia meninas bonitas, casadoiras lá na terra...E ele lá foi, seguindo as indicações dos trabalhadores:=)
ResponderEliminarHá uma tradição na nossa família de pôr na boca dos bébés, quando nascem, um dedo molhado em Vinho do Porto. Fizeram-me isso quando nasci, as minhas irmãs também. Até quando os meus filhos nasceram, na Ordem da Lapa, lá apareceu o meu Pai,com uma garrafa de Vinho do Porto feito por ele há muito tempo, para dar a "provar" aos netos:=)
Portanto, pode ver o que essa terra representa para mim e a razão para tanto gostar dela, apesar de ter saído cedo...
Bjinhos da M.Eugénia
Só poderia sair a Geninha duma cepa destas!!
ResponderEliminarConfesso que sempre gostei de dar a conhecer o Vinho do Porto e fiz alguns projectos com os meus alunos sobre o mesmo, inclusivé tivémos alunos ingleses a trabalhar na Sandeman, num projecto de intercâmbio.
Conhecia muito mals a região, pois estando em Chaves, com estradas péssimas, nunca avançávamos muito mais abaixo do que Vila Real. Hoje já se pode visitar tudo, com maior ou menor risco.
Conto ficar a conhecer melhor o Douro e gostaria mesmo de ir de comboio até ao Pocinho....:)
Bjinhos e obrigada pelo contributo tão rico!!
queria dizer mal e não mals:)
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