,A Calheta- pequena baía recortada que fica em frente às nossas casas e que dá o nome à rua ( Rua da Calheta) é um pequeno paraíso daqueles que abundam aqui nesta zona, onde a água é duma transparência total, lindíssima quando o vento está de norte, fria para os amantes de águas cálidas mas revigorante para os que, como eu, tomam banhos todos os dias e depois do primeiro embate, por ali ficam a nadar horas esquecidas.
É um dos maiores prazeres que tenho na vida. Mergulhar nestas águas, vendo os meus pé no fundo, todas as alguinhas e peixinhos, nenhum resto de piquenique ou de vestígios de humanidade....:)
A água tem cambiantes que nenhum pintor conseguiria imitar até porque se move e ao mover-se as cores mudam. Se o sol brilha sobre ela, mais bela se torna.
Mergulhar com óculos foi sempre para mim um enorme gozo, respiro bem pelo tubo e vejo tudo o que se passa no fundo, uma vida selvagem que ninguém adivinha. Os peixes parecem enormes dentro de água, se os apanhasse, ficaria desiludida quase de certeza....prefiro vê-los no seu habitat natural, felizes na água fria.
As rochas servem de praia na maré cheia e são muitos os mirones que espreitam da fortaleza para este recanto, embasbacados com a piscina que o mar oferece deste lado.
Hoje fui tomar banho sozinha pois a família resolveu dar um passeio até à Ria Formosa, onde estive há dois anos num meeting dos meus amigos do Woophy. É um local lindíssimo e aconselhei-o aos meus filhos.
O dia tem estado tão sossegado, que até estou a estranhar, mas é bom ouvir o silêncio....ir até lá abaixo, mergulhar e voltar para cima, poder estar ao sol sem ouvir as vózinhas agudas dos miudos. Por muito que goste deles, há momentos em que a solidão relativa nos sabe bem.
Tenho estado a ouvir música também...o que é divinal com este panorama à frente.
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