A vida é cheia de surpresas e são elas que nos fazem aguentar a monotonia dos dias de inverno, sempre cinzentos - ou quase sempre - sempre curtos de luz, mas longos na sua escuridão.
Hoje, pela primeira vez em meses, não tenho trabalho para a editora.
Senti um vazio esquisito, depois de vir da fisioterapia, não me apetecia andar muito, mas também não me apetecia ficar em casa. Quase automaticamente acabei por vir. A tarde estava cheia de sol, a varanda iluminada.
Este sol dos dias de inverno é duplamente mais quente e mais belo do que o de verão. É esbranquiçado com os reflexos das nuvens a jorrar sobre as plantas agradecidas. Pedaços de céu azul espreitam por entre os castelos acizentados, numa jiga-joga de esconde-esconde.
Pensei em ver um filme....há tantos nesta TV....pensei em fazer um bolo de laranja, que não como há anos e o meu pai adorava....pensei em começar a ler um livro que a minha filha me ofereceu no Natal e que ainda não abri. Pensei em pintar uma paisagem de mar que há muito desejo copiar duma foto tirada em Matosinhos... mas não estava inspirada. Que fazer?
De repente tocou o telemóvel. maldito, pensei eu, deve ser o homem do gás que ficou de vir acertar contas.
No meio do silêncio, soou a vózinha querida do meu neto Daniel...muito aguda , quase feminina, do alto dos seus dez aninhos. Perguntava-me se eu estava em casa, se podia vir para aqui ensaiar com o seu violino, ansioso por que eu dissesse que sim.
Hà momentos em que é tão bom nada ter para fazer!
O som do violino toca uma melodia eslava e triste... mas nada pode entristecer o meu coração neste momento.
Hoje, pela primeira vez em meses, não tenho trabalho para a editora.
Senti um vazio esquisito, depois de vir da fisioterapia, não me apetecia andar muito, mas também não me apetecia ficar em casa. Quase automaticamente acabei por vir. A tarde estava cheia de sol, a varanda iluminada.
Este sol dos dias de inverno é duplamente mais quente e mais belo do que o de verão. É esbranquiçado com os reflexos das nuvens a jorrar sobre as plantas agradecidas. Pedaços de céu azul espreitam por entre os castelos acizentados, numa jiga-joga de esconde-esconde.
Pensei em ver um filme....há tantos nesta TV....pensei em fazer um bolo de laranja, que não como há anos e o meu pai adorava....pensei em começar a ler um livro que a minha filha me ofereceu no Natal e que ainda não abri. Pensei em pintar uma paisagem de mar que há muito desejo copiar duma foto tirada em Matosinhos... mas não estava inspirada. Que fazer?
De repente tocou o telemóvel. maldito, pensei eu, deve ser o homem do gás que ficou de vir acertar contas.
No meio do silêncio, soou a vózinha querida do meu neto Daniel...muito aguda , quase feminina, do alto dos seus dez aninhos. Perguntava-me se eu estava em casa, se podia vir para aqui ensaiar com o seu violino, ansioso por que eu dissesse que sim.
Hà momentos em que é tão bom nada ter para fazer!
O som do violino toca uma melodia eslava e triste... mas nada pode entristecer o meu coração neste momento.
Que felicidade é receber um telefonemas desses a meio de uma tarde, em princípio, monótona?
ResponderEliminarUm beijo para si e outro muito grande para o seu neto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão faz ideia, Graciete, do efeito que este telefonema teve no meu dia.....a musica, ele, os abraços, os olhares, tudo! Até esteve a mostrar as suas habilidades no skate, lá em baixo no pátio. Deus o conserve assim....
ResponderEliminarBjinho