quinta-feira, 14 de abril de 2016

A Espera
















 O título é peremptório.
É preciso saber esperar. O filme centra-se no acto da espera.
Duas mulheres aguardam a vinda dum homem, mas não sabemos se ele chega a vir.

Os símbolos - Semana Santa celebrada a rigor na Sicília -  no início são inquietantes mas deixam algumas dúvidas no espírito do espectador que, no fundo, espera ( nos dois sentidos da palavra) que Giuseppe apareça dum momento para o outro.

O ambiente é fúnebre, faz lembrar os filmes de Manoel de Oliveira, a lentidão quase insuportável. No entanto a presença das duas mulheres, interpretadas por Juliette Binoche, de quem sou fã incondicional e Lou de Lagge, uma jovem com um rosto clássico quase renascentista, enchem a nossa impaciência e dão contornos mais nítidos a uma história de vida dramática, mas com laivos de felicidade.

Se não gosta de filmes lentos , é melhor não ir ver. Se o audiovisual, o pormenor, os gestos, os lugares e o ambiente o fascinam, então este é um filme para si.

Fica aqui uma das canções do filme, que acompanha,  para mim, uma das mais belas cenas do mesmo.

Leonard Cohen: Waiting for a Miracle.




4 comentários:

  1. Gosto de alguns filmes lentos, outros não. Fiquei curiosa sobre este filme.

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  2. O filme é curto, mas como é muito lento, sobretudo a primeira meia hora, dá a sensação de se arrastar sem história demasiado tempo. Gostei de ver.
    Bjinho

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  3. Pela sua descrição, sei que é um filme para mim. Além disso, confio no seu bom gosto.

    Um beijinho, Virginia, e obrigada pela partilha

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  4. Oxalá não a decepcione....
    Bom fds.

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