segunda-feira, 4 de abril de 2016

.Wolfgang Tillmans - No limiar da visibilidade



Tinha prometido escrever sobre este fotógrafo alemão que apresenta em Serralves uma exposição de encher o olho dos fotógrafos que amam as meias tintas, os luscos-fuscos, o twilight...a indefinição.e o mar.

As fotografias quando ampliadas assumem o carácter de verdadeiros quadros, levando-nos ao sonho e ao infinito, para lá do próprio horizonte que representam. Perdemo-nos um pouco perante aquele céu imenso e o azul do mar.

Tive a sensação de estar a ver algumas fotos minhas- se as ampliasse , penso que adquiririam esse carácter imutável, que nos surpreende e atrai.

Fiquei sentada durante bastante tempo a contemplar algumas fotos mais oníricas, em que as cores se confundem e morrem umas nas outras...

Interessante, mas não genial.




 Transcrevo um parágrafo do folheto distribuido pelo Museu:

Para a sua primeira exposição em Portugal, Wolfgang Tillmans (1968, Remscheid, Alemanha) continua a expandir as possibilidades de receção da sua obra através de um reposicionamento radical das suas múltiplas dimensões. Em Serralves, presta especial atenção ao que descreve como as suas "Paisagens Verticais”, fotografias dos fenómenos naturais da luz quando o dia encontra a noite, o céu encontra a terra, a nuvem encontra o céu. Datadas de 1995 ao presente e impressas em escalas que vão das dimensões fotográficas estandardizadas à expansão panorâmica de quatro metros, as fotografias traduzem o potencial expressivo do apurado formalismo visual de Tillmans e o compromisso do artista com a fotografia tão inerentemente físico quanto imaterial. Na sua beleza perturbadora, produzida em parte pelos avanços técnicos dos fabricantes de câmaras, em parte pela insistência dos fotógrafos em permitir que esses avanços se vejam, criam um desafio aos cânones do "cool”, dominante na cultura visual dos nossos dias



6 comentários:

  1. Gostei da visita à exposição, da possibilidade de ver as fotografias e ficar a saber um pouco sobre o autor e sobre a sua obra. Obrigada.
    Gábi

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  2. Se estivesse mais perto, dava um saltinho a Serralves para ver a exposição. Gostei das fotos que aqui apresentou, mas, deixe-me que lhe diga, gosto ainda mais das suas (e estou a ser absolutamente sincera).

    Um beijinho, Virginia

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  3. Que grande elogio, Miss :). É verdade que tenho algumas fotos parecidas e belas, mas não sei se ampliadas teram a definição destas!! Gostava de experimentar com uma..

    Bjinho

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  4. Qual a dimensão dos quadros? As fotografias são bonitas, mas creio que você (ou, atrevia-me até a dizer eu, passe a imodéstia) já tirámos dezenas de fotografias similares... enfim... porventura não conhecemos ninguém em Serralves e Serralves não nos conhece, nem temos patrocinador para fazer das nossas fotografias estes belos enquadramentos e exibi-los.

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  5. Hahaha.....também pensei o mesmo. As fotos são enormes e é por isso que acabam por impressionar...mas sinceramente, fiquei um pouco decepcionada com a expo em geral. Gostava de ter espaço para poder expor as minhas assim.... :). Tenho cá em casa vinte fotos a preto e branco da outra expo e olho ara elas muitas vezes, mas as paredes não são muitas!!
    Bjinho e obrigada pelos comentários!

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