Já desde os anos 70-80 que o Reino Unido discute a adesão à União Europeia.
Lembro-me de dar aulas sobre o assunto, falando em ministros como John Major e Margaret Thatcher e nas diversas correntes de opinião em vigor. Os britânicos, sobretudo os Ingleses, sempre desconfiaram da dependência que a adesão acarretaria, mantendo-se arreigadamente contra o Euro e políticas orçamentais, que como sabemos, têm sido fatais para os países mais pequenos.
O RU foi sempre avesso a uniões, sejam elas físicas - a construção do Túnel da Mancha levou a controvérsias intermináveis - ou políticas.
O Commonwealth é, no fundo, uma marca do relativo poderio da Inglaterra sobre as suas antigas possessões - ao estilo dos Palops - com vantagens para todos, mas principalmente para os imigrantes que gozam de privilégios especiais quando trabalham no RU.
Quando vou a Leeds, fico pasmada com a quantidade de pessoas asiáticas - paquistaneses, indianos, tibetanos, malaios, etc.
Leeds é mesmo um melting pot de raças e cores, o que dá à cidade uma imagem totalmente diferente daquela que, em geral, é representada nos clichés turísticos ou dos manuais escolares.
Nos anos 70, uma das minhas irmãs quis ir trabalhar para Londres e teve de obter um labour permit, que era renovado de três em três meses. Sem isso, ninguém poderia viver mais do que uns meses - poucos - na cidade. O mesmo acontecerá se o Brexit vencer.
Depois da adesão à UE, muitos estudantes estrangeiros optam por ficar em Inglaterra a fazer mestrados ou doutoramentos, não só porque lhes agrada o ambiente e condições das Universidades britânicas, mas também porque beneficiam de vencimentos, serviços de saúde e sociais impares.
No caso da minha filha, o NHS foi exemplar nas várias ocasiões em que ela precisou dele. Foi sempre uma garantia de qualidade, no qual se pode confiar. Um dia que acabe, ela não poderá viver nesse país.
Se os britânicos optarem por sair da UE, as consequências para os imigrantes portugueses serão imensas. Não haverá benesses pelo facto de pertencerem à União e terão de competir profissionalmente com os cidadãos do Commonwealth.
Do Insurgente:
Lembro-me de dar aulas sobre o assunto, falando em ministros como John Major e Margaret Thatcher e nas diversas correntes de opinião em vigor. Os britânicos, sobretudo os Ingleses, sempre desconfiaram da dependência que a adesão acarretaria, mantendo-se arreigadamente contra o Euro e políticas orçamentais, que como sabemos, têm sido fatais para os países mais pequenos.
O RU foi sempre avesso a uniões, sejam elas físicas - a construção do Túnel da Mancha levou a controvérsias intermináveis - ou políticas.
O Commonwealth é, no fundo, uma marca do relativo poderio da Inglaterra sobre as suas antigas possessões - ao estilo dos Palops - com vantagens para todos, mas principalmente para os imigrantes que gozam de privilégios especiais quando trabalham no RU.
Quando vou a Leeds, fico pasmada com a quantidade de pessoas asiáticas - paquistaneses, indianos, tibetanos, malaios, etc.
Leeds é mesmo um melting pot de raças e cores, o que dá à cidade uma imagem totalmente diferente daquela que, em geral, é representada nos clichés turísticos ou dos manuais escolares.
Nos anos 70, uma das minhas irmãs quis ir trabalhar para Londres e teve de obter um labour permit, que era renovado de três em três meses. Sem isso, ninguém poderia viver mais do que uns meses - poucos - na cidade. O mesmo acontecerá se o Brexit vencer.
Depois da adesão à UE, muitos estudantes estrangeiros optam por ficar em Inglaterra a fazer mestrados ou doutoramentos, não só porque lhes agrada o ambiente e condições das Universidades britânicas, mas também porque beneficiam de vencimentos, serviços de saúde e sociais impares.
No caso da minha filha, o NHS foi exemplar nas várias ocasiões em que ela precisou dele. Foi sempre uma garantia de qualidade, no qual se pode confiar. Um dia que acabe, ela não poderá viver nesse país.
Se os britânicos optarem por sair da UE, as consequências para os imigrantes portugueses serão imensas. Não haverá benesses pelo facto de pertencerem à União e terão de competir profissionalmente com os cidadãos do Commonwealth.
Do Insurgente:
As sondagens sobre o Brexit estão a causar surpresa, não tanto pelo resultado final em si, mas pelo que revelam. E o que mostram é que, se a maioria dos jovens entre os 18 e os 29 anos é favorável à continuação na União Europeia (UE), a maioria dos cidadãos com mais de 60 anos votará pela saída.O Reino Unido (RU) anda a discutir o porquê desta divisão. E as razões vão desde a natural tendência para os mais velhos desconfiarem do que vem de fora e se tornarem nostálgicos do passado, preferindo um regresso ao país que conheceram outrora, até ao egoísmo dos que já viveram os benefícios da UE e agora nada têm a perder com a saída.
Oxalá o Bremain ganhe....ou nada ficará como dantes.
A culpa é do Mr. Cameron que nas últimas eleições para obter o voto dos refratários à UE, prometeu fazer um referendo à permanência ou não do RU nela é claro teve que cumprir! Já se deve ter arrependido mil vezes! Só que,infelizmente, as consequências não serão só para os súbditos de sua majestade.
ResponderEliminarPois, todos sabemos a estratégia, mas o tiro saiu-lhe pela culatra. Conseguiu fazer chantagem com a UE , mas parece que os amigos do Brexit não vão nisso. Vamos lá a ver no que dá tudo isto!
EliminarÉ preocupante pensar como será para os portugueses que lá estão se ganhar o Brexit (o filho de uma amiga minha e a namorada estão lá a trabalhar)
ResponderEliminarPrefiro pensar que o Bremain vai vencer :).
ResponderEliminarBjinho
Virgininhamiga
ResponderEliminarCreio que sabes que fui um fervoroso europeísta. Até andei pelo nosso país a divulgar e ensinar a moeda única, convencidíssimo que o futuro da Europa estava na União. Fui até a países mais ou menos distantes pelo nosso continente e até à Turquia que queria entrar no clube europeu...
Defendi nos Estados Unidos, no Canadá, no México, no Brasil e na Venezuela que a UE tinha conseguido um feito que ninguém diria possível: o euro.
Mas hoje estou arrependido de tal ter feito empenhadamente, porque não há nem nunca houve união entre os europeus e pelos vistos nunca haverá. Se o Brexit vencer (do que não tenho medo) será o segundo passo para a desUnião Europeia. A Escócia vai arrepender-se do que respondeu ao plebiscito e a Catalunha e o País Basco e a Galiza e a Extremadura negarão a obra dos Reis Católicos. E por aí fora tal a República Checa e Eslováquia.
Creio que os Portugueses não ganharão muito com o Brexit. E à mais antiga aliança europeia, o que acontecerá? Se o Bremain vencer talvez a desUE possa aguentar, até que surja nova crise (a dos imigrantes é um berbicacho de todo o tamanho) e a Alemanha sossegue - o que me parece quase impossível.
O que o nazi Hitler não conseguiu com a Wermacht estão a conseguir com o querer e poder da Frau Merkel e o Herr Schlauble (neonazi em cadeira de rodas) E finalmente hoje temos a Europa a duas velocidades..
Bjs da prima Raquel e qjs do primo Leãozão
E comentários na NOSSA TRAVESSA...
Obrigada pelo longo comentário.
ResponderEliminarSou muito subjectiva no que se refere ao referendo. Amo a Inglaterra e custa-me a ideia de lá entrar como mera estrangeira depois de tantos anos em que me senti irmã deles - malgré a libra. Fui umas vinte vezes a Leeds e Londres nos últimos dez anos e é diferente a sensação dos imigrantes ou as dos europeus...
Felizmente a Luisa irá para lá ainda na condição de estudante pos-graduada, podendo usufruir do NHS e doutros serviços essenciais. Continuarei a ir visitá-la, espero que sem passaporte , para já!
Bjo