paragem do autocarro : Casa das Artes |
rua Diogo Botelho ( do autocarro) |
Faz crescer no cérebro aquele impulso para registar, fixar as imagens que vemos, sob um ângulo muito nosso e original.
Não se aprende a fotografar...como não se aprende a nadar bem, se em nós não houver aquela paixão pelo desafio cénico, pelo enquadramento de algo belo e mutável. Há muitos fotógrafos hoje em dia, mas nem todos captam as imagens dum modo único.
Em cada tarde junto ao mar, sobretudo nesta época chuvosa e em constante transformação, a Natureza oferece-nos cambiantes cinematográficos deslumbrantes.
Na praia dos Ingleses, estavam poucas pessoas. Só três na varanda, onde estive duas horas. Ia bem agasalhada e não senti frio, a não ser quando o sol se escondeu atrás de nuvens carregadas e subitamente a temperatura desceu um ou dois graus. Vim para dentro do bar, onde bebi um chá de camomila e aquela sensação passou.
Não vi o sol a pôr-se. Havia um manto carregado e negro que perspectivava uma borrasca. Assim aconteceu. Perto das 6 caiu uma chuvada de granizo e houve uns lampejos de trovoada. Nada de assustador depois de horas de sol quente entre nuvens.
Hoje foi uma segunda-feira diferente.
Para mim. Sozinha.
Paragem do autocarro do Lordelo |
Também tenho os meus momentos a "sós". A família é-me essencial mas para o meu equilíbrio emocional não prescindo destes momentos, quer seja um passeio, ler um livro em silêncio, ver um filme ou escutar música...
ResponderEliminarBjs
Somosparecidas, aliás ontem li que as pessoas inteligentes precisam de estar sós..... :)
EliminarBjinho
Virginia, se eu visse algumas das suas fotos sem indicação do nome, acredito que saberia atribuí-las a si. Para mim, as suas fotos são inconfundíveis - transmitem-me tranquilidade e uma certa beleza nostálgica, um olhar verde e límpido, o simples recomeçar das coisas.
ResponderEliminarUm beijinho
Isso é um grande elogio, Miss :).
EliminarOs seus textos tb são lindos e gosto sempre de lê-los, pois tem um misto de ficção e realidade que nos toca. Bjinho