quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Perde-se na chuva

Um Poema Que Se Perdeu





Hoje o dia é um 

dia chuvoso e 

triste 

amortalhado 
naquela monotonia doente dos grandes dias. 

Hoje o dia... 
(a pena caiu-me das mãos) 

Acabou-se o poema no papel. 
Cá por dentro 
Continua... 

Oh! este marulhar das almas no silêncio! 


Fernando Namora, in 'Relevos' 

5 comentários:

  1. Querida Virgininhamiga & prima

    A VELHA E O CÃO
    Uma pausa na Saga da Alzira porque acabo de publicar um post diferente – sem ironia, sem galhofa, a atirar para o drama. Por isso, gostaria dos comentários naturalmente também diferentes. Muito obrigado. Como habitualmente a publicação é anunciada blogue a blogue; e o pedido de divulgação, também se agradece.
    Qjs e/ou abçs Henrique, o Leãozão

    ResponderEliminar
  2. Gosto de todas, mas as duas últimas são as minhas preferidas - fazem-me lembrar um céu estrelado :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os efeitos da chuva são lindos, mas é difícil não molhar a máquina quando chove tanto. Gostava de ir por aí a fotografar a cidade, mas não tenho coragem....

      Bjinho

      Eliminar
  3. Lindo poema do Namora. Creio que este livro "Relevos" o escreveu muito novo, ainda não tinha 20 anos, sendo a sua primeira publicação.
    Dos romances, conheço alguns, mas não li muita coisa. Falha minha, sem dúvida. Um autor a revisitar...
    As fotos, lindíssimas, como sempre :)
    Bjs

    ResponderEliminar
  4. Fui colega da filha do Namora no liceu. Era uma rapariga cheia de personalidade e ficámos amigas. Ele foi sempre um dos meus romancistas preferidos. Bjinhos e bom fim de semana.

    ResponderEliminar