Dois elementos essenciais...
Ter lareira em casa num dia como o de hoje em que o vento faz um barulho ensurdecedor lá fora e também cá dentro e chove torrencialmente, é um privilégio com que sonhei durante anos e só consegui concretizar quando me separei e fui viver para uma casa moderna....um apartamento com mais conforto e sobretudo mais calor. A minha casa era boa, mas não tinha aquecimento central, nem lareira, claro.
Desde que mudei, primeiro para o apartamento onde vive o meu filho, depois para aqui, comecei a não dispensar a lareira de vez em quando, sobretudo quando me apetece desligar de tudo e deixar-me levar pelos sentidos - a vista e o ouvido...
Oiço a madeira a crepitar, o vento lá fora, mas também música, escolhida a dedo, dos Dead Can Dance a Leonard Cohen, cujas canções são poemas perenes a embalar os meus sonhos e desejos.
A vista não se consegue descolar das achas vermelhas e das chamas que sobem das pinhas em brasa. Vou mexendo nelas e vou sentindo aquele calor também na alma.
Estou demasiado lamechas hoje, há dias que praticamente não saio de casa, não só porque está um tempo horrível, mas também porque ando a acabar a escrita do meu projecto, antes que venham as provas e com elas todo o trabalho de revisão.
Hoje tirei algumas fotos para experimentar a Lumix com o fogo. Ficaram fantasmagóricas, sobretudo as que que foram tiradas sem flash. Quase queimam....
Fica aqui uma canção do Leo. Inconfundível....como ele.
"Who By Fire"
Ter lareira em casa num dia como o de hoje em que o vento faz um barulho ensurdecedor lá fora e também cá dentro e chove torrencialmente, é um privilégio com que sonhei durante anos e só consegui concretizar quando me separei e fui viver para uma casa moderna....um apartamento com mais conforto e sobretudo mais calor. A minha casa era boa, mas não tinha aquecimento central, nem lareira, claro.
Desde que mudei, primeiro para o apartamento onde vive o meu filho, depois para aqui, comecei a não dispensar a lareira de vez em quando, sobretudo quando me apetece desligar de tudo e deixar-me levar pelos sentidos - a vista e o ouvido...
Oiço a madeira a crepitar, o vento lá fora, mas também música, escolhida a dedo, dos Dead Can Dance a Leonard Cohen, cujas canções são poemas perenes a embalar os meus sonhos e desejos.
A vista não se consegue descolar das achas vermelhas e das chamas que sobem das pinhas em brasa. Vou mexendo nelas e vou sentindo aquele calor também na alma.
Estou demasiado lamechas hoje, há dias que praticamente não saio de casa, não só porque está um tempo horrível, mas também porque ando a acabar a escrita do meu projecto, antes que venham as provas e com elas todo o trabalho de revisão.
Hoje tirei algumas fotos para experimentar a Lumix com o fogo. Ficaram fantasmagóricas, sobretudo as que que foram tiradas sem flash. Quase queimam....
Fica aqui uma canção do Leo. Inconfundível....como ele.
And who by fire, who by water,
who in the sunshine, who in the night time,
who by high ordeal, who by common trial,
who in your merry merry month of may,
who by very slow decay,
and who shall I say is calling?
And who in her lonely slip, who by barbiturate,
who in these realms of love, who by something blunt,
and who by avalanche, who by powder,
who for his greed, who for his hunger,
and who shall I say is calling?
And who by brave assent, who by accident,
who in solitude, who in this mirror,
who by his lady's command, who by his own hand,
who in mortal chains, who in power,
and who shall I say is calling?
Também tenho lareira, apesar de não a ter exactamente procurado. Para fins de semana como este é um excelente aconchego, um motivo suplementar para nos irmos deixando estar.
ResponderEliminarTambém fico muitas vezes de olhos perdidos na chamas e na sua sedutora magia, que não me canso de olhar.
E, no entanto, ontem, por exemplo, essa contemplação deixou-me melancólica, vá lá saber-se porquê. Mas essa é uma coisa que nunca me acontece diante do mar que também olho sem nunca me cansar dele.
Não importa... Hoje é outro dia, de sol mais ou menos tímido e muitos motivos para ser feliz!
Beijinho
(Gosto mais desta fotografia na abertura do blog ;)
Assim é que eu gosto, críticas construtivas ao aspecto do blogue e mesmo à funcionalidade do mesmo. Diga sempre o que acha das modificações, também puz os blogues que sigo mais para cima, onde se vêem melhor. São poucos , mas bons, não me interessa ter aqui uma lista de blogues só para armar ou fingir que me interesso muito por musica, política ou artes!!!
ResponderEliminarSim , o fogo é menos uplifiting do que as ondas do mar, que nos transmitem uma energia positiva a 100%, mas como não ando propriamente numa fase de depressão, sabe-me bem o calor e a cor das chamas crepitantes. Hoje vou acender outra vez, é tão repousante ao mesmo tempo.
Bom Domingo e obrigada pelo comentário....quando não gostar, diga!
Bjo
Um fogão de sala com lenha e chamas a sério é um dos meus sonhos não realizados. E perante as suas fotografias quase senti o calor interior resultante daquelas belas labaredas.
ResponderEliminarQuanto à canção do Leonard Cohen(acho que é assim que se escreve), não tenho palavras. A canção fala por si.
Um abraço.
Ainda bem que consigo transmitir-lhe calor através do blogue. Já que não a encontro noutro lado.....
ResponderEliminarTb pensei nisso quando tirei as fotos na noite tenebrosa que ontem nos assolou. Imagine que dormi parte da noite com a janela semi-aberta, persianas fechadas. A janela abriu-se com o vento e só dei por isso de manhã....:). Neste momento, está sol, mas o vento continua forte. Fui buscar as provas do meu manual novo à editora e tenho já aqui muito trabalho de revisão ara fazer:))
Bejinho