São árvores non-gratas no nosso país e provavelmente noutros....dizem que secam tudo à sua volta, prejudicam a flora, ocupam demasiado espaço, impedem as culturas, transformam o campo num deserto.
Mas as minhas recordações dos eucaliptos sobrepôem-se a qualquer opinião paisagistica ou economicista, adoro eucaliptos, desde criança.
Quando era miúda íamos passar fins de semana e férias numa quinta em Albarraque, onde os havia enormes, prateados, com um tronco que chegava ao céu. Eu era pequenina e olhava lá para cima e não via o fim.
As baguinhas juncavam o chão e nós apanhávamo-las para pôr nos armários contra as traças e para dar à minha Avó.
Na sua casa havia uma braseira daquelas com cinzas e papel de prata. A casa era gelada num 5º andar ( sem elevador) na Rua Vale do Pereiro em Lisboa, junto à Alexandre Herculano. A minha Avó punha as baguinhas na braseira e por toda a casa se sentia o cheiro maravilhoso do eucalipto. Ainda hoje pego numa baga e na minha memória, renascem os sentimentos de calor e de conforto que a minha avó representava. Fui tão feliz naquela casa antiga, cheia de objectos únicos, vindos da Índia , de África e de outros paradeiros.
Mais tarde, quando vivi em Esposende, a casa de magistrados tinha um jardinzeco mal amanhado - era propriedade municipal e ninguém cuidava dele - e sonhei em ter um eucalipto. Fui ao Monte de S. Lourenço, que ficava a 6 kms e arranquei um pequeno eucalipto da terra, na esperança de que ele pegasse e crescesse. Plantei-o cheia de esperança. Infelizmente uns meses depois fui-me embora para Chaves e nunca mais soube dele.
No Jardim Botânico só há um eucalipto. Este que se vê aqui na fotografia. O seu tronco é rugoso como a pele dum velho já perto da morte. Mas este eucalipto não vai morrer tão cedo. E não secou nada à sua volta, há ali toda a espécie de plantas tropicais, cactos, quências, hera, sei lá, tudo cresce e floresce neste jardim.
O eucalipto lá está e ficará. E nós morreremos.
Mas as minhas recordações dos eucaliptos sobrepôem-se a qualquer opinião paisagistica ou economicista, adoro eucaliptos, desde criança.
Quando era miúda íamos passar fins de semana e férias numa quinta em Albarraque, onde os havia enormes, prateados, com um tronco que chegava ao céu. Eu era pequenina e olhava lá para cima e não via o fim.
As baguinhas juncavam o chão e nós apanhávamo-las para pôr nos armários contra as traças e para dar à minha Avó.
Na sua casa havia uma braseira daquelas com cinzas e papel de prata. A casa era gelada num 5º andar ( sem elevador) na Rua Vale do Pereiro em Lisboa, junto à Alexandre Herculano. A minha Avó punha as baguinhas na braseira e por toda a casa se sentia o cheiro maravilhoso do eucalipto. Ainda hoje pego numa baga e na minha memória, renascem os sentimentos de calor e de conforto que a minha avó representava. Fui tão feliz naquela casa antiga, cheia de objectos únicos, vindos da Índia , de África e de outros paradeiros.
Mais tarde, quando vivi em Esposende, a casa de magistrados tinha um jardinzeco mal amanhado - era propriedade municipal e ninguém cuidava dele - e sonhei em ter um eucalipto. Fui ao Monte de S. Lourenço, que ficava a 6 kms e arranquei um pequeno eucalipto da terra, na esperança de que ele pegasse e crescesse. Plantei-o cheia de esperança. Infelizmente uns meses depois fui-me embora para Chaves e nunca mais soube dele.
No Jardim Botânico só há um eucalipto. Este que se vê aqui na fotografia. O seu tronco é rugoso como a pele dum velho já perto da morte. Mas este eucalipto não vai morrer tão cedo. E não secou nada à sua volta, há ali toda a espécie de plantas tropicais, cactos, quências, hera, sei lá, tudo cresce e floresce neste jardim.
O eucalipto lá está e ficará. E nós morreremos.
Dos eucaliptos a ideia que eu tenho é dos raminhos que o meu pai punha à cabeceira das nossa camas para nos aliviar das constipações e com umas infusões ,cujo vapor espalhava pelos quartos, com a mesma finalidade. E também da sua beleza.
ResponderEliminarE também,ainda, por serem ótimos para o fabrico de papel. Daí o seu cultivo intensivo, mesmo que prejudicial para outras culturas.
Um abraço.
Sim, também me lembro do cheiro do VICK que a mnha mãe nos punha no peito quando estávamos muito atacados com gripe e dores de garganta. Ainda há pouco tempo, o meu filho me trouxe uma loção para as artroses dos EU, que cheira a canfora e eucalipto. Sempre coisas positivas. Na nosa casa do restelo, também havia um eucalipto que, no início, era da nossa altura e depois foi crescendo, crescendo até que se tornou a árvore mais alta daquela área, vista de todos os lados. Hoje já lá não etsá, quem comprou a casa, em 1973, desfez-se dele, para grande pena minha.
ResponderEliminarBjo