Que noite....assustadora, mas empolgante.
Quando estou em casa, vibro com os relâmpagos a cruzar os céus e o ribombar dos trovões , mesmo por cima das nossas cabeças, num acto quase simultâneo de fúria da natureza, vingando-se da secura e da mornice dos dias de verão.
Ontem foi quase uma tempestade de verão, afinal, pois as temperaturas mantiveram-se
altas e o vento quase tropical. Lembro-me de que isto aconteceu quando o meu filho mais velho nasceu, caíu um temporal impiedoso em Coimbra e o meu ex- teve de ir buscar a Mãe ao Porto, chovia que Deus a dava.
Gosto de olhar para as plantas lá fora, parecem ter ido a uma sessão de lifting e de cosmética, tal é a sua cor e vivacidade. Os verdes, que agora já começam a acastanhar, tornam-se mais brilhantes e sedutores.
Só não gosto do céu cinzento de manhã à noite, mas as nuvens em castelos de cinzento azulado, espelhando-se no rio, são sempre tudo menos banais. E depois há as poças e pocinhas, que reflectem tudo à sua volta, há a dança dos chapéus de chuva singing in the rain.....
A cidade do Porto coaduna-se bem com o mau tempo.
Não fica mais triste, fica mais acolhedora e íntima.
Não precisa de pavonear-se como Lisboa ao sol, dela espera-se o calor do conforto, das gentes, dos restaurantes, dos recantos rurais, dos bares e das lojas com oferta generosa. O Porto é uma cidade de inverno, cheia de eventos que escasseiam no verão. Todos os fins de semana há concertos, exposições, lojas novas, locais interessantes, jovens universitários que animam a cidade.
E depois há as vistas da cidade, quais delas mais belas. Os sites abundam no Facebook e as fotos são incríveis, como é incrível este lugar.
É bom viver no Porto. Com chuva ou sem ela...
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