sábado, 21 de setembro de 2013

Porque não?

Tenho continuado o meu projecto para o 11º ano e hoje dediquei-me a um tema interessante sobre meios de transporte.
Li programas organizados nos EU para evitar que os alunos vão para a escola de carro ou de autocarro - as célebres camionetas  amarelas que se vêem em todo o país - e promovendo sistemas comunitários de mudança de hábitos nas deslocações para a escola.
Na Califórnia o projecto Walk and Bike to School sugere que os pais vão levar os filhos a pé ou de bicicleta ou caso não o possam fazer,  confiem nos grupos organizados que acompanharão os seus filhos todos os dias.
Muitos pais adoram a experiência e dizem que o contacto com a natureza e com os vizinhos acaba por ser uma aventura. Os alunos também ficam mais felizes, tanto mais que o ciclismo é popular como actividade física e para evitar a obesidade.

Penso nos meus netos, que vão todos os dias de carro para a escola. Se saíssem 15m mais cedo poderiam ir de bicicleta, dado que as ruas aqui são todas planas. Bem sei que têm mochilas pesadas, mas as bicicletas agora podem levar esses pesos e na escola há locais para as guardar. Às vezes é apenas uma questão de método e de tempo. Como nunca conduzi,  os meus filhos andavam bastante a pé - do Colégio Alemão até à Ramada Alta era um esticão - e até sofreram alguns assaltos em pleno dia. O meu filho mais velho foi de bicicleta para a faculdade ou para o conservatório durante anos, o que me assustava, pois as ruas eram íngremes e o trânsito imenso.


A nossa cidade é equilibrada, não há habitantes a mais, até há a menos....porque não repensar os transportes de modo a evitar a invasão dos carros e consequente poluição, terrível para os pulmões e saúde em geral?

Penso que temos de gerir tudo dum modo menos egoista e mais ecológico.

E os nossos filhos, netos e bisnetos agradecer-nos-ão um dia toda essa formação cívica.



8 comentários:

  1. Tentei sempre sensibilizar os alunos para a deslocação a pé para a escola se a distãncia o permitisse. Consegui que alguns, filhos de colegas nossas, passasem a ir a pé enquando as mães se deslocavam à mesma hora, de carro...
    Quanto aos meus filhos, enquanto, ainda antes de ir para a escola, tinha que deixar a minha mãe, já muito doente com Alzheimer, no centro de dia, levava o carro e muitas vezes os filhos iam também. Mas ainda hoje o meu filho mais novo só usa o carro em situações extremas e o mais velho também o usa pouco.Em compensação, na minha aldeia, grande parte das pessoas com carro utiliza-o em deslocações caricatas que muitas vezes nem chegam aos 200m...
    Bjs
    Regina

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  2. Acredito plenamente que o carro é o bem mais pernicioso que existe e por tê-lo escrito aqui há meses, convidaram-me a ir a um programa de TV como exemplo de alguém que vive sem carro e sempre fez a sua vida sem ele. Não fui porque não sou contra o uso do carro por aqueles que necessitam mesmo dele, só me irrita que se ande a passear de carro quando se pode andar a pé. A minha filha foi à Foz e voltou a pé - são 10kms. Faz-lhe bem....
    Sempre andei de autocarro em Lisboa, as distancias eram enormes, mas foram horas perdidas e acredito que um carro me tivesse dado jeito. Tirei carta aos 21 anos, mas nunca guiei....detesto guiar...e também não gosto de andar de carro, daí viajar sempre de comboio ou avião. Apanho um taxi quando me apetece ir a algum lado mais longe e não fico mais pobre por isso.

    O meu fillho Zé tem de ir de carro para o tribunal em S. João, pois parece mal:)))

    Bjinho

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  3. Ontem fui à piscina da Pasteleira por causa da natação do meu neto e vim a pé. Hoje fui a Miguel Bombarda, a pé. Dali fui de carro, com o meu filho Miguel e família, à casa Andresen. Regressei a pé.
    Adoro andar a pé e detesto conduzir...
    Bjs
    Regina

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  4. Por pouco encontrávamo-nos. Podias ter dito que iria ter contigo à Casa Andersen....fica aqui em frente!! :))

    Sei que andas muit a pé, lembro-me que nunca vinhas de carro para o liceu.....

    Quem me dera poder fazer o mesmo agora....mas vou ao colégio alemão e fico de rastos.....é mesmo um suplício e ando muito devagar.....

    Bjo

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  5. Eu sempre fui a pé ou de "elétrico" para o Liceu ou Faculdade. O meu transporte preferido sempre foi e é o transporte público. Quanto à bicicleta acho ótimo, só que a nossa cidade é muito acidentada, com enorme movimento de automóveis particulares e, em certos pontos, a sua utilização pode tornar-se difícil.

    Um abraço.

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  6. Há zonas onde poderiam fazer ciclovias , esta onde eu vivo por exemplo, e outras planas como a Foz. É calro que sem um minimo de educação, não há hipótese de alterar comportamentos. Familias com filhos precisam de carro, pois não é fácil levar crianças no autocarro antes de se ir para os empregos,
    Vivi sempre junto à escola, excepto dois anos em que vivia na Rua da Aliança e andava com dois meninos e um a caminho, desde o fundo dessa rua até à escola. Nem me quero lembrar, era mesmo uma tortura, os meus filhos tinha 3 e um ano....:)

    O carro é bom para andar em zonas onde não há transportes e para visitar áreas de interesse histórico - um jeep é sensacional.....mas dentro da cidade deviam ser proibidos nos fins de semana.

    Bjjo

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  7. Que interessante!...Os meus filhos nunca tiveram mordomias de os ir levar de carro para a escola. No ensino básico as escolas estavam perto de casa. O problema era atravessar uma estrada muito movimentada e perigosa e sempre fui mãe galinha. Por isso os ia levar, até completarem os 10 anos, a pé. No secundário foram também a pé, percorrendo mais de um quilómetro. Nas faculdades, em transportes públicos.
    Também nunca tirei carta, por medo. O meu marido tem , mas despachou o carro porque não gosta de conduzir. Só tivemos veículo Até os filhos se tornarem autónomos. Dos quatro , só um é que tem carta, mas ainda não tem carro. Os dois rapazes trabalham no centro de Lisboa , com transportes fáceis à porta , para cá e para lá. A filha mais nova tem as deslocações grátis, Trabalha em Palmela. A outra está em Londres e lá é outra história . Sabe, Virgínia, aqui em Portugal quem não tem carro é olhado como um ET . Faz-me rir ...Mas é para o lado que durmo melhor.Só sei que posso ir, a partir da minha casa, para todos os cantos do mundo em transportes públicos! E para alguma eventualidade até tenho uma praça de táxis quase encostada à porta...

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  8. Ai, Madalena, cada vez me convenço mais de encontrei uma alma gémea....

    Lisboa tem transportes para todo o lado, é verdade. No Porto não são tantos , mas tb os há e as distâncias são mais curtas em geral.

    O meu filho mais novo sõ há um ano tirou carta com 31 anos, a minha filha não guia e o meu filho mais velho é que tem mesmo de usar o carro pois tem de se deslocar para a FEUP que fica a dez km de casa, assim como a minha nora. De caminho levam os filhos à escola, mas o mais velho já vem a pé do colégio. Andam muito de bicicleta aos fins de semana em família...
    O meu filho mais novo foi ridicularizado durante anos pelo facto de não estar interessado em tirar carta. Teve mesmo de a tirar, pois a vida dum juiz é de saltibanco por estradas inenarráveis....

    Concordo 100% consigo.....o taxi para uma emergência.....é uma maravilha e não se tem o problema de arrumar o carro!!!

    bjinho e boa semana!

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