Fui ver A Ultima Paixão de Mr Morgan - tradução mal feita de "Mr Morgan's last Love".
Love não exige necessariamente que haja paixão, nem a paixão que exista amor.
E neste caso, não se trata de amor no sentido conjugal, mas de uma necessidade e empatia, uma amizade, uma presença que se torna indispensável na vida daqueles dois seres isolados.
O filme começa por uma situação banal: um professor reformado perde a sua mulher de uma vida inteira e fica, aparentemente, completamente só; nada mais lhe interessa senão a recordação dos momentos felizes já passados.
Mas vida continua e sem ele se dar conta, a luz penetra na escuridão da sua vida quotidiana.
Os versos da bela canção de Leonard Cohen, The Future, citados por Mathew, tornam-se reais: There's a crack in every wall, there's where the light gets in.". Há uma brecha em todos os muros e é por aí que a luz entra.
Neste momento, em que vejo os filhos e netos já quase criados e auto-suficientes, sinto, por vezes, uma solidão enorme que o trabalho da editora tem ajudado a suportar. Mas esse trabalho está a terminar, mais uns dois meses e acabou mesmo. O vazio instala-se por vezes no meu espírito, sobretudo nestes dias cinzentos e custa-me a acreditar que há muito para eu fazer, se a saúde mo permitir...fico cinzenta, como este céu de chumbo.
As aulas de dança, cenas esporádicas que surgem no filme, são o único bálsamo para iluminar a cinzentude de cidade de Paris e da casa antiga onde Mathew Morgan vive.
Entretanto, a minha irmã enviou-me um video sobre o Centro de Solidariedade João Paulo II em Coimbra, uma obra notável para a qual tenho contribuido com dinheiro, mas que seria o local ideal para eu poder trabalhar como voluntária. Duas das minhas irmãs fazem-no quando podem.
Entrevistaram uma senhora com 90 anos que ajuda no que pode e o seu sorriso iluminava a sala. Vale a pena ver o vídeo da Praça da Alegria de 2ª feira passada e falar com as pessoas que trabalham para o bem de tantos e tantos que necessitam de atenção e carinho. Fiquei tocada com o testemunho duma mãe jovem com três filhos, um dos quais deficiente, que nada tem e de tudo precisa.
Liguei o tema deste video ao filme que acabara de ver e pareceu-me uma coincidência extraordinária. A solidariedade é imprescindível, sejamos ricos ou pobres.
O filme é tocante sem ser lamechas, Michael Caine interpreta o seu papel com um á vontade extraordinário, mas a minha "paixão" vai toda para Clémence Poèsy, que conhecia da série The Tunnel, que descarreguei pela net há meses e que me entusiasmou. A actriz francesa é linda, é luminosa, tem um sorriso que nos faz bem. Se fosse adolescente, quereria ter um poster da sua cara no meu quarto. Olhar para ela faz bem à alma.
Love não exige necessariamente que haja paixão, nem a paixão que exista amor.
E neste caso, não se trata de amor no sentido conjugal, mas de uma necessidade e empatia, uma amizade, uma presença que se torna indispensável na vida daqueles dois seres isolados.
O filme começa por uma situação banal: um professor reformado perde a sua mulher de uma vida inteira e fica, aparentemente, completamente só; nada mais lhe interessa senão a recordação dos momentos felizes já passados.
Mas vida continua e sem ele se dar conta, a luz penetra na escuridão da sua vida quotidiana.
Os versos da bela canção de Leonard Cohen, The Future, citados por Mathew, tornam-se reais: There's a crack in every wall, there's where the light gets in.". Há uma brecha em todos os muros e é por aí que a luz entra.
Neste momento, em que vejo os filhos e netos já quase criados e auto-suficientes, sinto, por vezes, uma solidão enorme que o trabalho da editora tem ajudado a suportar. Mas esse trabalho está a terminar, mais uns dois meses e acabou mesmo. O vazio instala-se por vezes no meu espírito, sobretudo nestes dias cinzentos e custa-me a acreditar que há muito para eu fazer, se a saúde mo permitir...fico cinzenta, como este céu de chumbo.
As aulas de dança, cenas esporádicas que surgem no filme, são o único bálsamo para iluminar a cinzentude de cidade de Paris e da casa antiga onde Mathew Morgan vive.
Entretanto, a minha irmã enviou-me um video sobre o Centro de Solidariedade João Paulo II em Coimbra, uma obra notável para a qual tenho contribuido com dinheiro, mas que seria o local ideal para eu poder trabalhar como voluntária. Duas das minhas irmãs fazem-no quando podem.
Entrevistaram uma senhora com 90 anos que ajuda no que pode e o seu sorriso iluminava a sala. Vale a pena ver o vídeo da Praça da Alegria de 2ª feira passada e falar com as pessoas que trabalham para o bem de tantos e tantos que necessitam de atenção e carinho. Fiquei tocada com o testemunho duma mãe jovem com três filhos, um dos quais deficiente, que nada tem e de tudo precisa.
Liguei o tema deste video ao filme que acabara de ver e pareceu-me uma coincidência extraordinária. A solidariedade é imprescindível, sejamos ricos ou pobres.
O filme é tocante sem ser lamechas, Michael Caine interpreta o seu papel com um á vontade extraordinário, mas a minha "paixão" vai toda para Clémence Poèsy, que conhecia da série The Tunnel, que descarreguei pela net há meses e que me entusiasmou. A actriz francesa é linda, é luminosa, tem um sorriso que nos faz bem. Se fosse adolescente, quereria ter um poster da sua cara no meu quarto. Olhar para ela faz bem à alma.
Não vi este filme. Mas, pela descrição, fez-me lembrar "Good Bye, Mr Chips" que vi há 55 anos e nunca mais esqueci. Apareceram novas versões que em nada se comparam com a primitiva.
ResponderEliminarUm abraço.
Não, este filme não tem nada a ver com Goodbye Mr Chips, que ficava o problema do professor a despedir-se da sua escola. Este não mostra sequer onde Morgan foi professor de Filosofia. Este gira à volta das relações familiares e fora da família. Gostei, mas é um filme lento e um pouco fátuo. Prova uma coisa importante: a de que um sorriso, uma palavra, um apoio em momentos chave podem transformar a vida e as esperanças de pessoas que perderam a fé na vida. Optimismo? Talvez....
ResponderEliminarBom Domingo e obrigada!
focava, claro!
ResponderEliminarViriginia, gostei da sua análise sobre este filme. Transmitiu na perfeição a tocante mensagem ! Na hora fica-se a pensar no vazio que poderão se tornar as nossa vidas.
ResponderEliminarNum de repente fiquei com o meu lar vazio. A filha mais velha, há 3 anos optou viver em Londres . O mais velho e a mais nova foram viver nas suas respectivas casas. De modo que, o pessoal ficou reduzido para metade: o meu marido, eu e um dos meus quatro filho. Todos os dias dou graças a Deus por já não ter tanto trabalho e estarem a fazer as suas vidas! Às vezes espanta-me como mudei. Fui sempre uma mãe galinha, sempre ansiosa no que lhes podia acontecer de mal, se não estivesse por perto. Claro que esta mania não passou completamente!...
Quanto ao voluntariado.tem de se saber para que estamos mais aptos. Eu, por exemplo, gosto é de ouvir pessoas, e há tanta carência nessa área...E aprende-se muito. Também, às vezes, junto o útil ao agradável acompanhando idas ao cinema e fazendo caminhadas. Fiz um a formação em voluntariado e percebi logo o que me ia deprimir.
Por enquanto, nunca gostei tanto de viver a vida como estou a viver agora! Quando a Virginia deixar de ter responsabilidades de trabalho vai ver que encontra algum caminho.Não pense em dias cinzentos! Tem tanta arte e conhecimentos dentro de si!...
Beijinhos.
Já vivi sozinha durante um ano inteiro e consegui sobreviver. Tinha os meus netos no prédio ao lado de modo que não estava isolada. Mas no proximo ano a minha filha vai para Inglaterra fazer u mestrado sobre legendagem - teve muito bom no teste que fez para entrada e está feliz, que é o que me interessa neste momento. Ela paga as suas despesas com o dinheiro que ganhou na editora para a qual trabalhamos e eu ajudo com o alojamento numa residencia óptima em Leeds. O meu filho mais velho está a pensar num sabático na Califórnia e se for leva os meninos durante um ano, isso aflige-me imenso, mas eles já estiveram oito meses lá há uns anos...o meu filho mais novo vai continuar pela Pesqueira ou arredores, mas agora tem vindo ao fim de semana, neste momento está aqui a ouvir música depois de jantarmos um entrecosto feito em casa...
ResponderEliminarNão me posso queixar...se não da saude.Hoje fui ao fisioterapeuta e vou recomeçar com a fisio...a ver se arribo!!
Bom Domingo e obrigada pelso seus comentários.
Bjinhos
Realmente apenas relembrei a grande simpatia gerada nos alunos por um simples professor tímido, após convivência com a sua mulher que encontrou numas férias, na neve. Outra coisa que recordo é a sua atitude perante a morte, na guerra, de ex-professores, independentemente da sua nacionalidade.
ResponderEliminarNão posso realmente estabelecer ligação entre os filmes porque não vi aquele de que fala.
Espero ir hoje ver "Os 12 anos de escravo".
Um abraço.
É um filme que não conseguirei ver. Quando tinha uns dez anos lie em inglês o Uncle Tom's cabine - A cabana do Pai Tomaz e durante noites a fio só vi o sangue a escorrer das costas dos escravos...só extremamante sensível à dor infligida aos outros, torturas, etc e recuso-me a ver essas cenas que só me torturam o cérebro mais tarde. Não vejo nenhuma vantagem em retratar o sofirmento com imagens, já o dia-a-dia é suficientemente doloroso. Quando penso nos estudantes que morreram por causa duma hedionda praxe, fico perplexa com a maldade humana....
ResponderEliminarBjinho
Desculpe as gralhas, Graciete, não uso óculos e escrevo demasiado depressa…:)
ResponderEliminarBjinho