Lá fora as notícias são alarmantes ou macabras.
Carros arrastados pelas ondas no local mais sagrado da Foz - o farol de Felgueiras- onde os incautos passeiam sem saber ( ou sem se preocupar) quão traiçoeiro é o mar; quanto mais belo, mais insidioso e cruel...
Como é possível que, passadas duas semanas em que sete jovens morreram e mais cinco pescadores foram engulidos pelo Mostrengo, os transeuntes desta cidade ainda confiem que vão ser eles a tirar a mais bela foto do farol ou a fazer o vídeo da mais vibrante onda da costa norte?
Como é possível que se ponham os carros à beira do Douro, quando se sabe que ele ali não é para brincadeiras? E vá lá que as crianças estavam na escola às 4 da tarde...
O desafio é enorme, mas as consequências também o podem ser e não se deve brincar com a vida.
Acendi a lareira para festejar o final da primeira parte do trabalho que tinha em mãos...a partir de agora só revejo provas, o que me satisfaz bastante. É um trabalho que gosto de fazer, menos criativo, mas mais promissor...vê-se o resultado do que fizémos, melhor ou pior, está feito.
Sinto-me melhor, sinto-me em paz...a árvore de Natal continua a piscar e assim continuará até vir o sol ( promessa feita!), dando um tom quente ao cantinho da sala, onde as peças que vieram de casa dos meus pais habitam a estante embutida da parede: caixas indianas, uma salva de prata do casamento dos meus Pais, cinzeirinhos de metal indianos, dois quadrinhos da minha querida Teresa Vieira ( excepção que confirma a regra), chávenas de chá de limoges, um quadro grande abcedário a ponto de cruz, bordado pela minha irmã, duas jarras gregas avermelhadas, um elefantezinho de marfim, uma argola para guardanapos de prata e marfim, um faca de cortar papel em prata...enfim, este o rol das minhas "possessões", como dizem os ingleses, pelas quais tenho estima desde que as conheço.
A ressaca passou. E o gosto pela vida voltou.
Oiço o segundo andamento da 7ª sinfonia de Beethoven aqui num video com imagens do Espaço e dedico-o, em especial, à minha Amiga Graciete, que tanto ama a Astronomia.
Divinal....
Carros arrastados pelas ondas no local mais sagrado da Foz - o farol de Felgueiras- onde os incautos passeiam sem saber ( ou sem se preocupar) quão traiçoeiro é o mar; quanto mais belo, mais insidioso e cruel...
Como é possível que, passadas duas semanas em que sete jovens morreram e mais cinco pescadores foram engulidos pelo Mostrengo, os transeuntes desta cidade ainda confiem que vão ser eles a tirar a mais bela foto do farol ou a fazer o vídeo da mais vibrante onda da costa norte?
Como é possível que se ponham os carros à beira do Douro, quando se sabe que ele ali não é para brincadeiras? E vá lá que as crianças estavam na escola às 4 da tarde...
O desafio é enorme, mas as consequências também o podem ser e não se deve brincar com a vida.
Acendi a lareira para festejar o final da primeira parte do trabalho que tinha em mãos...a partir de agora só revejo provas, o que me satisfaz bastante. É um trabalho que gosto de fazer, menos criativo, mas mais promissor...vê-se o resultado do que fizémos, melhor ou pior, está feito.
Sinto-me melhor, sinto-me em paz...a árvore de Natal continua a piscar e assim continuará até vir o sol ( promessa feita!), dando um tom quente ao cantinho da sala, onde as peças que vieram de casa dos meus pais habitam a estante embutida da parede: caixas indianas, uma salva de prata do casamento dos meus Pais, cinzeirinhos de metal indianos, dois quadrinhos da minha querida Teresa Vieira ( excepção que confirma a regra), chávenas de chá de limoges, um quadro grande abcedário a ponto de cruz, bordado pela minha irmã, duas jarras gregas avermelhadas, um elefantezinho de marfim, uma argola para guardanapos de prata e marfim, um faca de cortar papel em prata...enfim, este o rol das minhas "possessões", como dizem os ingleses, pelas quais tenho estima desde que as conheço.
A ressaca passou. E o gosto pela vida voltou.
Oiço o segundo andamento da 7ª sinfonia de Beethoven aqui num video com imagens do Espaço e dedico-o, em especial, à minha Amiga Graciete, que tanto ama a Astronomia.
Obrigada Virgínia.
ResponderEliminarHá coisas lindas neste mundo. Umas acontecem , Outras aconteceram e permanecem. Linda foi a emoção com que li a sua dedicatória. Linda é a ASTRONOMIA que todos os dias nos desvenda um bocadinho mais deste maravilhoso UNIVERSO. Admirável é Beethoven, o meu compositor preferido e o Excerto da 7ª Sinfonia que escolheu para ilustrar este texto. E muito, mesmo muito linda, é a amizade.
Um grande abraço, Virgínia.
Que dizer?
ResponderEliminarEstou emocionada com a sua linda mensagem....um beijo do tamanho do universo ( que é como diz o meu neto Daniel nos seus emails para mim....)