Desde que voltei do Algarve que me sinto de mal com o mundo.
A confusão vem, não só de dores constantes que só se atenuam com brufens, mas também da ausência de assuntos interessantes para discutir ou ler.
Os media estão infernizantes com o tópico GRÉCIA, sobre o qual todos comentam, todos opinam, todos acusam, desdizem-se dias depois, repetem-se, massacram e para nada de útil contribuem.
O Facebook não se consegue ler tais são as alarvidades postadas por pessoas que deveriam ter tento no que dizem e pensam.
A incoerência entre o que expressam e o modo como vivem é confrangedora. Não percebem nada de nada - como eu - mas atrevem-se a dizer tudo como se fossem peritos em política europeia...
Estou farta disto tudo e apetecia-me ir com a minha amiga Regina para Trás-os-Montes por dois meses....
Não há mesmo pachorra!
A confusão vem, não só de dores constantes que só se atenuam com brufens, mas também da ausência de assuntos interessantes para discutir ou ler.
Os media estão infernizantes com o tópico GRÉCIA, sobre o qual todos comentam, todos opinam, todos acusam, desdizem-se dias depois, repetem-se, massacram e para nada de útil contribuem.
O Facebook não se consegue ler tais são as alarvidades postadas por pessoas que deveriam ter tento no que dizem e pensam.
A incoerência entre o que expressam e o modo como vivem é confrangedora. Não percebem nada de nada - como eu - mas atrevem-se a dizer tudo como se fossem peritos em política europeia...
Estou farta disto tudo e apetecia-me ir com a minha amiga Regina para Trás-os-Montes por dois meses....
Não há mesmo pachorra!
Em Agosto já devemos estar sozinhos por lá. Teremos muito gosto em que vão lá passar uns dias. Vão de comboio até ao Pocinho e lá vos esperaremos. Os contactos estão no mail que enviei.
ResponderEliminarAb
Regina
Isto era apenas um desabafo Regina. Não me sinto capaz de fazerviagens neste momento e ando na fisioterapia pois tenho dores crónicas nas costas e nos joelhos. Muito obrigada pelo convite, até pode ser que calhe, mas o Porto é o ideal para passar o verão, está fresquinho - odeio o calor e já tive de o aguentar na Luz, embora lá haja o mar - e tenho a companhia do Zé que vem de férias. Talvez vamos passar uns dias algures, mas não em Trás os Montes, onde ele vai passar um ou dois anos....
EliminarBjinhos e boas férias!
Só passei por aqui para lhe deixar um beijinho e desejar-lhe as melhoras.
ResponderEliminarMas não paga mais por escrever umas linhas mais :)
ResponderEliminarJá sabe que gosto sempre das suas opiniões sobre o que escrevo...e tudo é susceptível de contraditório :)
Bjo
Quanto ao Facebook, a minha resposta é a que tenho tido não vendo,até agora, razão para mudar: apesar de algumas coisas úteis e de um bom meio de "saber onde está alguém para poder comunicar" (lista telefónica, portanto...), acho uma feira de vaidades, um expoente de narcisismo e uma catedral de banalidades idiotas e espúreas. "Hoje comi sushi!!!!!!!" - 340 likes. Ou ainda melhor: "Hoje morreu o meu melhor amigo!" - 456 likes.
ResponderEliminarQuanto à Grécia: para lá da liberdade da Grécia de escolher o seu governo (que por acaso nada tem a ver com os desmandos anteriores, aldrabices nas contas, etc, mas está a pagar por isso) e de os outros países também terem a liberdade de dar ou não dar confiança e dinheiro, a questão é se a Alemanha, como sempre, depois de ter perdido a guerra enquanto Prússia, duas guerras no século XX, com os custos para todos os outros por causa da loucura de um homem mas de um aparelho que o suportou e de um povo que o elegeu (não me venham dizer que os alemãos, coitadinhos, não sabiam nem podiam fazer nada - parece o BPN ou o BES...), incensou e colaborou com uma das formas mais hediondas de regime, que custou 55 milhões de mortos e a destruição de um continente, tenta uma vez mais dominar a Europa, desta vez com "canhões de euros". As estatísticas não mentem. Depois das ajudas financeiras que a Alemanha teve, recuperou mas através de indústrias e de uma economia que melhor se adapta a mecanização e a menos trabalho, coisa mais difícil, por razões históricas, climáticas e de tipo de produção, na Europa do Sul. Produzir um bom vInho do Douro ou do Porto é bastante mais complicado do que fabricar um Mercedes topo de gama! É pena isto não ser suficientemente dissecado. A maioria dos trabalhadores europeus trabalham mais horas do que os alemães. Porquê? São cránios, os alemães? Disciplinados acredito, basta ver os desfiles hitlerianos... mas tiveram a sorte de ter muito dinheiro dado, dívidas perdoadas, e poderem ter uma economia de "carregar no botão".
Se a Europa (ou o que resta dela) simplesmente decidisse NÃo comprar produtos alemães (e há tantas alternativas mais apelativas...), queria ver o que faziam. Vendiam a Angola? À China? À Rússia? Aos EUA? Ou ficavam a comer peças de BMWs? Adenauer percebeu isso. Willi Brandt, Helmut Schmidt, Kohl, entenderam isso. Esta almôndega loira ressabidada de ter nascido na DDR, mais o seu ministro das Finanças e o inefável ministro da Economia, que de SPD tem tanto como eu de especialista de kung-fu, foram buscar o que há de pior nos teutões. Não entendem que, se cairem os países europeus, caem eles também. O ideal de Jean Monnet foi a paz e a igualdade. Isso não cola com a palavra Alemanha,, Prússia ou Bundesqualquercoisa. É pena, E mesmo que "o povo alemão não tenha de ser confundido com os seus dirigentes", 90% do povo alemão apoia esta estratégia, como 75% do povo alemão apoiou Hitler e a sua solução final. Que me desculpem os que estão fora destas percentagens...
Não concordo inteiramente com essa diabolização dos alemães. Mas já falei muito sobre isso no FB, numa thread que o João lá pôs e que atraiu muitos amigos e comentários inteligentes. Até um amigo nosso americano de quem não ouvíamos falar há um ano escreveu umas linhas inteligentes. A Grécia não é assim tão vítima e a Alemanha não é como vcs pintam. O João viveu lá 7 anos e conhece-os bem....
ResponderEliminarEspero ainda em vida mudar essa perspectiva... porventura uma ideia feita, mas com algum fundamento. Talvez sejam traumas dos 6 anos no Deutsche Institut, com aquelas Fraus todas a moerem o juízo. Mas continuo a pensar que, já desde a Alta Idade Média, que os "bárbaros do Norte" sempre invejaram as terras e as características dos povos do sul, quanto mais não fosse porque asseguravam alimentação todo o ano, enquanto no norte apenas havia que comer durante escassos meses - até ao desenvolvimento dos cereais e dos silos, o que já é numa época posterior. É por isso que, no norte da europa, só sobreviveram os fortes e altos, e no sul, onde sempre havia qualquer coisa para comer, sobreviveram os mais baixos também. A história antropológica, social e de sobrevivência migratória (depois imperialista porque à força das armas) mostra as razões que residem no nosso paleo-cérebro.
ResponderEliminarQuanto à Grécia, claro que há desmandos, mas provavelmente inferiores aos dos Sócrates, Salgados, Bavas, Ricciardis e Dias Loureiros... mas atenção: quando se fala que havia 20 jardineiros para um jardim, é uma coisa, mas porventura apenas episódica (quantos motoristas na presidência do conselho de ministros ou nas agências de regulação?). Quando se fala de reformas precoces para cabeleireiros, estamos a falar de pneumoconiose por inalação de laca e outros produtos, tal como nos mineiros com a silicose. O mal dos "media" é misturarem tudo para fazer manchetes porque sabem que tudo é efémero e o que dizem num dia já não interessa nada no dia seguinte... Mas que a indústria/economia alemã teve grandes condições à partida e que é diferente da nossa, e´um facto. Produzir turismo não é o mesmo que produzir carros... é bastante mais complicado, menos mecânico, mas porventura mais humano...
Penso que se deve ser equilibrado na análise dos factos políticos ou então permanecer calado quando não se percebe o que se passa. Mandar bocas sem qualquer fundamento - que é o que se faz no FB na maioria dos casos - é realmente estúpido. Lidei com alemães toda a minha juventude e depois através do filhos, e tenho uma ideia bastante clara sobre a maneira de ser do povo, ainda que separe o indivíduo dos 80 milhões de habitantes que vivem na Alemanha. Há de tudo. E há quem aprecie os portugueses e ache que eles próprios é que não dão valor às suas capacidades. E é verdade, é preciso ir-se para o estrangeiro para se ser reconhecido. Lembro-me de entrar nua loja de música em Munique e as paredes estarem cobertas com cartazes da Maria João ( jazz singer), que, em Portugal poucos conheciam. Em Bonn o dono da casa onde eu trabalhava, vinha do supermercado, mudava de roupa e sentava-se ao piano a tocar Bach. Os alemães são culturalmente superiores e tiram proveito da capacidade de trabalho dos emigrantes, promovendo-os e possibilitando-lhes progredir. O mesmo acontece em Inglaterra em muitos casos. O SNS em Inglaterra é cinco estrelas, comparado com o nosso, não há desperdício e qualquer pessoa da UE que adoeça lá tem o mesmo tratamento dos cidadãos britânicos. Vivi isto eu própria e nunca esquecerei. Em paises como a Grécia e Portugal, os próprios cidadãos sal maltratados nos hospitais e centros públicos porque a maioria dos funcionários não tem cultura, nem sentido do dever e acha-se mal pago, explorado, etc. São países totalmente diferentes. Nós também temos startups excepcionais e exportações fantásticas, assim os deixem continuar....
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