Quando a beleza é demasiada, não temos palavras para a definir
Receamos perder a sensação de plenitude ao querer traduzir aquilo que nos rodeia.
Foram dias magníficos que aqui passei com os meus filho e netos, em simbiose.
Verifiquei quanto envelheci este ano em que estive sem eles. É difícil equilibrar os nossos hábitos com os das crianças, embarcar nas suas palermices por vezes sem nexo, rir quando eles riem, pactuar com os seus devaneios e brincadeiras. Houve alturas em que me excedi nos ralhetes, pois ele tiram-me do sério, como agora se diz. Os três juntos são difíceis de aturar, por vezes, mas cada um por si é uma joia. E ainda bem que os tenho.
Ficou cá o mais velho, apenas, aquele que melhor me compreende, que me ama incondicionalmente, pois desde pequenino se habituou a estar comigo. Os outros dois estão muito agarrados aos Pais ainda e nem sempre sou capaz de sentir a mesma sintonia.
Hoje estou melancólica porque passei uma noite com dores nos ossos e resolvi ficar em casa sozinha a ouvir música depois de ter ido com o meu neto ao supermercado e à cafeteria tomar o pequeno almoço, algo que gosto muito...
Tinha escrito uma enorme entrada mas não consegui gravar e desapareceu. Estava demasiado triste e até foi bom desaparecer...
Às vezes receio não conseguir acompanhar o futuro e de me tornar demasiado negativa - como diz o meu filho - sempre ansiosa, nervosa, incapaz de me apaziguar a mim própria.
Anteontem fui a minha praia de eleição : Castelejo na costa vicentina. Já aqui falei dela por diversas vezes.
É um local místico.
A força das ondas, o ruído quase ensurdecedor do embate da rebentação na areia, as falésias negras e ameaçadoras sobre o mar, a areal imenso, a neblina permanente que resulta da humidade do mar, o cheiro a maresia que respiramos fundo, tudo isso faz desta praia um local fora de tudo, que não existe.
Do alto do miradouro da Arrifana, a vista é espantosa e até a pequena marina parece um grão. O mar imenso mete respeito.
Ficam aqui algumas fotos das muitas que tirei...e que me lembrarão sempre os momentos maravilhosos que passei junto aos meus num dos lugares mais sagrados à face da terra. Oxalá os vindouros saibam apreciar a beleza destas paisagens, que serão sempre um sinal do Criador e a promessa de uma vida melhor.
Virgínia , como prometido faz já algum tempo, quando não estou de acordo com alguém, não resisto ao impulso de me manifestar, nesse sentido.
ResponderEliminarE vem isto, a propósito do quê ?
Precisamente à abertura deste post .
"Quando a beleza é demasiada". ?????
Bom fim de semana
Já tinha pensado nesse adjectivo como completamente inadequado. Quando a beleza é absoluta, total, indescritível....era o que eu queria dizer.
EliminarTem razão na crítica...obrigada.
Bom fim de semana....num sítio lindo como este!!!