terça-feira, 30 de maio de 2017

Carta ao M.



Mais um escape até ao “nosso” jardim. Nunca vim cá contigo, mas sinto te aqui mais presente do que nunca.






Cada dia que passa me custa mais saber da tua ausência.

Há um ano, seria capaz de estar semanas sem falar contigo.


É este o mistério do amor e da morte, e também da eternidade daqueles que amamos. Estão vivos na nossa memória, como estes pássaros a cantar aqui, indiferentes ao ruído da VCI. 


Isto é tão lindo, tão doce, como os teus beijos quando nos namorávamos. Apaixonados, sim, mas contidos. Sempre receosos do futuro que nos parecia longínquo.


Quem me dera poder ainda beijar-te assim "perdidamente como quem sente que o teu sorriso vai acabar..."

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