Não há dúvida que sair para o meio do barulho da cidade faz, por vezes, bem à psique.
Tendo a fugir dos carros, das pessoas, das lojas e do barulho por vezes ensurdecedor dos autocarros e ambulâncias. Oiço-os quase inconscientemente a descer aqui o Campo Alegre e fazem-me companhia enquanto me sento na sala a tricotar, a ler ou a ver TV. Já quase nem dou por eles a não ser que tenha a janela aberta no verão.
Hoje resolvi ir à Baixa nos transportes públicos e contei o tempo que leva uma deslocação destas. Levei precisamente 20m para chegar daqui, de autocarro, ao Bolhão que fica no coração da cidade e 30m para voltar, tomando o metro+autocarro. Quase poderia ter usado o mesmo bilhete para as viagens todas. Só estive a fazer compras durante uma meia hora, pois tinha fisioterapia às 13.30. Tomei um pingo no café, dirigi-me à Casa dos Linhos - uma das lojas mais antigas do Porto - e à Casa Rocha, uma retrosaria que vende lãs e linhas, à antiga portuguesa.
Lembrei-me da minha Mãe que adorava ir aos retroseiros na Rua da Conceição, onde passávamos um bom bocado a comprar linhas para ela bordar, tecidos, fitas, elásticos, etc.
As idas à Baixa sempre foram uma aventura íntima entre nós e a nossa Mãe, acabando com um lanchinho na Expresso ou na Ferrari ( onde se bebiam uns batidos de morangos como nunca mais bebi na vida). Íamos de autocarro - o 43 - que parava na Praça da Figueira e passava na Av- do Restelo, não muito longe da nossa casa. Bons tempos em que pequeninas coisas como estas nos davam um prazer imenso....eram as papelarias, os armazéns do Chiado ou Grandella, o Ramiro Leão ou o Paris em Lisboa onde comprei o tecido para o meu vestido de casamento. Penso que já não existem...
Ainda hoje gosto de lojas pequenas e detesto hipermercados , onde temos de andar kms para encontrar o que desejamos, embora reconheça que é mais prático, apesar de tudo. Adoro lojinhas com empregados antigos, que nos conhecem e sorriem....cada vez há menos, mas não há nada como ser bem tratado.
Cheguei à conclusão de que ir para o meio do barulho faz bem à alma, quase tanto como estarmos no silêncio dos parques ou a ouvir as ondas do mar...
Tendo a fugir dos carros, das pessoas, das lojas e do barulho por vezes ensurdecedor dos autocarros e ambulâncias. Oiço-os quase inconscientemente a descer aqui o Campo Alegre e fazem-me companhia enquanto me sento na sala a tricotar, a ler ou a ver TV. Já quase nem dou por eles a não ser que tenha a janela aberta no verão.
Hoje resolvi ir à Baixa nos transportes públicos e contei o tempo que leva uma deslocação destas. Levei precisamente 20m para chegar daqui, de autocarro, ao Bolhão que fica no coração da cidade e 30m para voltar, tomando o metro+autocarro. Quase poderia ter usado o mesmo bilhete para as viagens todas. Só estive a fazer compras durante uma meia hora, pois tinha fisioterapia às 13.30. Tomei um pingo no café, dirigi-me à Casa dos Linhos - uma das lojas mais antigas do Porto - e à Casa Rocha, uma retrosaria que vende lãs e linhas, à antiga portuguesa.
Lembrei-me da minha Mãe que adorava ir aos retroseiros na Rua da Conceição, onde passávamos um bom bocado a comprar linhas para ela bordar, tecidos, fitas, elásticos, etc.
As idas à Baixa sempre foram uma aventura íntima entre nós e a nossa Mãe, acabando com um lanchinho na Expresso ou na Ferrari ( onde se bebiam uns batidos de morangos como nunca mais bebi na vida). Íamos de autocarro - o 43 - que parava na Praça da Figueira e passava na Av- do Restelo, não muito longe da nossa casa. Bons tempos em que pequeninas coisas como estas nos davam um prazer imenso....eram as papelarias, os armazéns do Chiado ou Grandella, o Ramiro Leão ou o Paris em Lisboa onde comprei o tecido para o meu vestido de casamento. Penso que já não existem...
Ainda hoje gosto de lojas pequenas e detesto hipermercados , onde temos de andar kms para encontrar o que desejamos, embora reconheça que é mais prático, apesar de tudo. Adoro lojinhas com empregados antigos, que nos conhecem e sorriem....cada vez há menos, mas não há nada como ser bem tratado.
Cheguei à conclusão de que ir para o meio do barulho faz bem à alma, quase tanto como estarmos no silêncio dos parques ou a ouvir as ondas do mar...
Apesar de tudo prefiro o silêncio,pelo menos nesta fase da vida.
ResponderEliminarUm beijo.
Tem de se equilibrar o sossego com o bulício.....demasiado silêncio e solidão faz-me cair em depressão....cada um é como é, também gosto de estar aqui sem barulho relativo. Bjinho
ResponderEliminar