Hoje voltei ao Brasília, o shopping mais antigo da Península Ibérica, segundo reza a História.
Quando vim viver para o Porto em 1979 era o único shopping que havia. Muito grande, com escadas rolantes - raras na cidade - lojas magníficas, tanto de roupas como de objectos de casa.
E a Caixa Geral de Depósitos, onde me depositaram o meu primeiro ordenado de professora aqui no Porto. A Brasília ficava a 15m de minha casa e era um passeio agradável pois aproveitava para estar um pouco na Rotunda da Boavista, o único espaço verde nas imediações.
Adorava ir lá, passava horas na Melody, a melhor loja de discos vinil ( e CDs depois) do Porto, onde chegava música clássica praticamente todos os dias. A loja pertencia a um casal de ex-alunos meus e tratavam-me muito bem, encomendando discos especialmente para mim. Fechou já há mais de dez anos quando o comércio da música praticamente faliu. Também passava muito tempo na Bertrand e na Nova Fronteira,
embora os empregados fossem extremamente antipáticos e os livros estivessem todos acumulados nas prateleiras com dificuldade de acesso. Depois ainda havia o cinema Charlot, onde vi belos filmes como The End of the Affair, o último, talvez, que ali vi. Foi num Domingo, sozinha a meio da tarde, nunca mais me esqueci.
Na Brasília, havia ainda a Ombambi, onde os meus filhos devoravam gelados em dias sim ( quando eu tinha dinheiro e os podia levar) de cone com sabores divinais. Eles ainda se lembram dessas saídas saborosas. E a Maconde, com roupa muito bem feita em Portugal a preços acessíveis. Faliu com muita pena nossa. Na parte nova, os meus encantos iam para uma fantástica loja de eletrodomésticos onde comprei a minha aparelhagem de som e leitor de CDs, o vídeo e um televisor.
Hoje fiquei pasmada com o tipo de produtos que se vendem no shopping. Parece uma feira com stands de bijuteria a granel. Era preciso que os milhares de pessoas que vivem no Porto usassem todas elas centenas de peças e acessórios para escoar os milhares que se vêem por aí, hoje em dia, ao preço da chuva. Vi uns lenços muitos bonitos com incrustações de metal, faziam um efeito mesmo espectacular. Perguntei como se lavavam, pois os lenços de pescoço se sujam com facilidade. O vendedor, sul-americano respondeu: Não se lavam, não é preciso!! :). Também há pefumarias em barda, com cremes a dar com um pau. Será que se vendem cosméticos assim a toda a hora?
O que me faz impressão é que as lojas de que nós precisamos por vezes - retrosarias, por exemplo - desapareceram completamente da cidade. Quer-se lãs, fio de crochet, agulhas ou linhos e não existem. É preciso ir à Baixa e não chegar lá à hora de almoço, pois todas elas fecham.Também já não há lojas de música em lado nenhum, a não ser a Fnac que tem um stock miserável de música clássica. É claro que se pode descarregar do I'Tunes, mas não é a mesma coisa....é como ler livros pelo Ipad.
A Caixa , em contrapartida está muito diferente. Já não ia lá há muito. Tinha combinado com a minha gestora de conta encontrarmo-nos as 2 e fui recebida imediatamente por uma rapariga competente, despachada e muito, muito simpática. estive a rever todas as minhas posses (!) e a conferir prazos e juros, que não param de descer. Fiquei contente porque tratamento deste não era habitual na CGD, nunca gostei de lá ir e tratava de tudo pela Internet.
Os tempos passam, as coisas mudam, umas para melhor outras para pior...não podemos ser saudosistas, mas as recordações ficam... e não voltam.
Quando vim viver para o Porto em 1979 era o único shopping que havia. Muito grande, com escadas rolantes - raras na cidade - lojas magníficas, tanto de roupas como de objectos de casa.
E a Caixa Geral de Depósitos, onde me depositaram o meu primeiro ordenado de professora aqui no Porto. A Brasília ficava a 15m de minha casa e era um passeio agradável pois aproveitava para estar um pouco na Rotunda da Boavista, o único espaço verde nas imediações.
Adorava ir lá, passava horas na Melody, a melhor loja de discos vinil ( e CDs depois) do Porto, onde chegava música clássica praticamente todos os dias. A loja pertencia a um casal de ex-alunos meus e tratavam-me muito bem, encomendando discos especialmente para mim. Fechou já há mais de dez anos quando o comércio da música praticamente faliu. Também passava muito tempo na Bertrand e na Nova Fronteira,
embora os empregados fossem extremamente antipáticos e os livros estivessem todos acumulados nas prateleiras com dificuldade de acesso. Depois ainda havia o cinema Charlot, onde vi belos filmes como The End of the Affair, o último, talvez, que ali vi. Foi num Domingo, sozinha a meio da tarde, nunca mais me esqueci.
Na Brasília, havia ainda a Ombambi, onde os meus filhos devoravam gelados em dias sim ( quando eu tinha dinheiro e os podia levar) de cone com sabores divinais. Eles ainda se lembram dessas saídas saborosas. E a Maconde, com roupa muito bem feita em Portugal a preços acessíveis. Faliu com muita pena nossa. Na parte nova, os meus encantos iam para uma fantástica loja de eletrodomésticos onde comprei a minha aparelhagem de som e leitor de CDs, o vídeo e um televisor.
Hoje fiquei pasmada com o tipo de produtos que se vendem no shopping. Parece uma feira com stands de bijuteria a granel. Era preciso que os milhares de pessoas que vivem no Porto usassem todas elas centenas de peças e acessórios para escoar os milhares que se vêem por aí, hoje em dia, ao preço da chuva. Vi uns lenços muitos bonitos com incrustações de metal, faziam um efeito mesmo espectacular. Perguntei como se lavavam, pois os lenços de pescoço se sujam com facilidade. O vendedor, sul-americano respondeu: Não se lavam, não é preciso!! :). Também há pefumarias em barda, com cremes a dar com um pau. Será que se vendem cosméticos assim a toda a hora?
O que me faz impressão é que as lojas de que nós precisamos por vezes - retrosarias, por exemplo - desapareceram completamente da cidade. Quer-se lãs, fio de crochet, agulhas ou linhos e não existem. É preciso ir à Baixa e não chegar lá à hora de almoço, pois todas elas fecham.Também já não há lojas de música em lado nenhum, a não ser a Fnac que tem um stock miserável de música clássica. É claro que se pode descarregar do I'Tunes, mas não é a mesma coisa....é como ler livros pelo Ipad.
A Caixa , em contrapartida está muito diferente. Já não ia lá há muito. Tinha combinado com a minha gestora de conta encontrarmo-nos as 2 e fui recebida imediatamente por uma rapariga competente, despachada e muito, muito simpática. estive a rever todas as minhas posses (!) e a conferir prazos e juros, que não param de descer. Fiquei contente porque tratamento deste não era habitual na CGD, nunca gostei de lá ir e tratava de tudo pela Internet.
Os tempos passam, as coisas mudam, umas para melhor outras para pior...não podemos ser saudosistas, mas as recordações ficam... e não voltam.
Sim , as coisas vão mudando, mas a minha constipação permanece o que me tira a vontade de participar nos blogs, embora os leia quase sempre. Um beijo.
ResponderEliminarHoje, em contrapartida, fui à Baixa e fiquei estarrecida com o numero de lojas abandalhas, fechadas, cheias de tralha, grafitis e lixo. Uma tristeza. Fui a duas ou três lojas onde ainda há vida - Casa dos Linhos, padaria e farmácia - , mas casa sim , casa não estão fechadas com tapumes. É impossível os turistas apreciarem uma zona assim...
ResponderEliminarBjinhos e as melhoras dessa constipação teimosa. Obrigada.
Verdade! É impressionante observar como tudo vertiginosa e assustadoramente se modifica.Passamos do "locus amenus", tudo calmo, pacífico, equilibrado para uma barafunda de carros, de bancos, papelada, barulheira e eu sei lá...Temos de nos adaptar e tentar acompanhar os que já nascem ensinados e embora custe, sou do tempo das canetas de pau, não voltaria atrás, sempre em frente.
ResponderEliminarNo outro dia mostraram aos miudos objectos que eram essenciais para nós os velhotes, o telefone, o giradiscos, o passador de carne, ect e eles não faziam a minima ideia para que serviam as coisas. Foi muito engraçado. Graças a Deus tive sempre um espírito muito curioso, fui eu que ofereci o primeiro Spectrum XP - computador - ao meu filho tinha ele 10 anos. Hoje é engenheiro de telecomunicações!!! Esse filho era dos tais que parecia que tinha nascido ensinado!! Deve ter sido das hormonas que tive de tomar para ele vingar!!
ResponderEliminarBjinhos