Foi um dia bom, no fim desta semana. No entanto, continuo com aquela angústia do avenir ( futuro nebuloso).
Almocei com o meu filho regressado de São João por 24 horas. Achei-o muito cansado e sobretudo, desmotivado para o trabalho da comarca que ele descreve como desumano. Diz que raras vezes almoça, por vezes sai pelas 5 para comer alguma coisa e volta para o tribunal, onde fica até tarde. Preocupo-me bastante porque o sinto mal fisicamente, a fumar muito e com necessidade de sono. Estivémos juntos umas duas horas, fui a casa dele arranjar-lhe um problema da caldeira ( as mães ainda são úteis) e depois vim-me embora, certa de que ele ia dormir uma sesta prolongada. Apeteceu-me deitá-lo, aconchegá-lo e fazer-lhe festas no cabelo como fazia quando ele era pequenino....mas enguli todos esses desejos, pois ele tem 33 anos e os gestos como as palavras têm de ser comedidos.
À tardinha fui jantar com a minha filha à Máscara. O sol estava a pôr-se, nem por isso muito belo, a neblina ofuscava o brilho do astro-rei. A lua ainda em crescente já assomava do outro lado. A paz era intensa, não se via muita gente, embora a noite estivesse quente , quase de verão, sem pinga de vento. O jantar estava divinal, resolvemos experimentar gambas em fondue e valeu a pena, os molhos estavam consistentes e os acompanhamentos muito bons. O sol morria no horizonte e ouviam-se músicas dos anos 80, que a minha filha reconhecia.
Sei que sou uma privilegiada, pois posso gozar destes prazeres da vida, que cada vez faltam mais a muitas pessoas. Também não me concedo nenhuns luxos, nem gasto quase nada em roupas , concertos ou objectos supérfluos. As minhas despesas são estas, uma vez por semana comer fora num local familiar, onde me sinto sempre bem.
O futuro ainda está longe, mas pergunto-me: o que farei para o ano, quando todos os meus estiverem fora? Estas duas máscaras retratam bem os meus estados de espírito.
Almocei com o meu filho regressado de São João por 24 horas. Achei-o muito cansado e sobretudo, desmotivado para o trabalho da comarca que ele descreve como desumano. Diz que raras vezes almoça, por vezes sai pelas 5 para comer alguma coisa e volta para o tribunal, onde fica até tarde. Preocupo-me bastante porque o sinto mal fisicamente, a fumar muito e com necessidade de sono. Estivémos juntos umas duas horas, fui a casa dele arranjar-lhe um problema da caldeira ( as mães ainda são úteis) e depois vim-me embora, certa de que ele ia dormir uma sesta prolongada. Apeteceu-me deitá-lo, aconchegá-lo e fazer-lhe festas no cabelo como fazia quando ele era pequenino....mas enguli todos esses desejos, pois ele tem 33 anos e os gestos como as palavras têm de ser comedidos.
À tardinha fui jantar com a minha filha à Máscara. O sol estava a pôr-se, nem por isso muito belo, a neblina ofuscava o brilho do astro-rei. A lua ainda em crescente já assomava do outro lado. A paz era intensa, não se via muita gente, embora a noite estivesse quente , quase de verão, sem pinga de vento. O jantar estava divinal, resolvemos experimentar gambas em fondue e valeu a pena, os molhos estavam consistentes e os acompanhamentos muito bons. O sol morria no horizonte e ouviam-se músicas dos anos 80, que a minha filha reconhecia.
Sei que sou uma privilegiada, pois posso gozar destes prazeres da vida, que cada vez faltam mais a muitas pessoas. Também não me concedo nenhuns luxos, nem gasto quase nada em roupas , concertos ou objectos supérfluos. As minhas despesas são estas, uma vez por semana comer fora num local familiar, onde me sinto sempre bem.
O futuro ainda está longe, mas pergunto-me: o que farei para o ano, quando todos os meus estiverem fora? Estas duas máscaras retratam bem os meus estados de espírito.
Estes dias tenho continuado adoentada. Por isso também me sinto bastante desmotivada. Mas não se preocupe, Virgínia, porque com as suas capacidades e a alegria de ter filhos e netos com tanta qualidade, só a recordação lhe preencherá os dias. E depois também tem os seus afazeres que lhe permitem preencher bem o seu tempo. Eu sei que é muito dolorosa a saudade dos filhos. Mas eles estão bem, são felizes e a vida é deles. Como dizia o Saramago, creio, os filhos são um empréstimo.
ResponderEliminarUm beijo.
Gosto dessa definição, mas sinto que eles são mesmo meus....por variadas razões a minha ligação aos filhos é maior do que a de muitas mães que conheço, que estão casadas ainda e de boa saúde. Sempre vivi com os meus filhos , mesmo quando eles estavam longe e eles sempre sentiram mais apoio da minha parte. Isso não quer dizer que os queria sacrificados por mim, apensa desejo que me apoiem também em caso de necessidade, que já aconteceu por várias vezes.
ResponderEliminarDesejo-lhe as melhoras progressivas....agora que o calor voltou!!
Bjinhos