quarta-feira, 30 de abril de 2014

Descontentamento genético

Raras vezes falo de políticas ou discuto as minhas opiniões sobre o que vai sucedendo a esse nível.

Hoje, porém, após ouvir a Ministra das Finanças e Co., congratulo-me com a abolição da CES, que me roubava cerca de 200 euros todos os meses. Nunca concordei com ela e sempre achei que obrigar os funcionários publicos que já trabalharam 37 anos a pagar uma taxa de solidariedade é um abuso. E já durou três anos, já foram milhares de euros para os cofres do Estado para solidariedade à nossa custa. Se quiser doar o meu dinheiro, dôo para quem eu quero e sei precisar desse dinheiro, mas não aceito a imposição deste tipo de imposto. Porque é um imposto camuflado.


Sobe o IVA, pois sobe, mas ainda há muitos produtos que são dispensáveis ou não essenciais: tabaco, bebidas alcoolicas, restaurantes, carros, obras em casa, alimentação luxuosa ( vejam os pratos que são divulgados no Facebook e nos programas de gastronomia), férias, hotéis, spas e cuidados de beleza, operações estéticas, etc.
Há muitos portugueses que vivem como se não houvesse austeridade. Os jovens continuam a ir aos concertos, jogos de futebol, festas e discotecas. Não se vê nenhuma contenção nesse capítulo. Nem sei onde vão buscar o dinheiro.

Pergunto-me muitas vezes como é que ainda há tanta gente a viver bem e a queixar-se constantemente das políticas do governo. O Facebook é um chorrilho de piadolas e comentários destrutivos, videos e cartoons sem gosto nem bom senso. Nunca há sugestões construtivas. É a política da negatividade. Muito prática para quem não governa.

A verdade é que o país tem dívidas….há que pagá-las. Por nós todos.

6 comentários:

  1. A mim, a austeridade tem-me afetado muito. E não vivo de e com luxos!!!
    E já estou como a Mafalda. Será que o ano que vem existe? Com tantas "benesses" anunciadas para esse ano?!!!!!!!

    Um beijo.

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  2. Sei que a Graciete não é pessoa para luxos e que tem sido lesada na sua reforma como todos nós. As minhas irmãs são todas funcionárias públicas, a minha nora e filho também. DSei que cortaram muito nos vencimentos e nas reformas. Mas não percebo é como mesmo assim, se compram casas, carros ( Portugal foi o país que mais carros comprou este ano) e viagens, como é que se organizam festivais - mais de dez todos os anos - concertos, teatros, jantares e festas regionais com tudo o que há de melhor, etc. Folgo que isso aconteça, gosto de ver o povo a divertir-se, mas não venham depois queixar-se.....

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  3. Todas as questões que põe também se me levantam e muitas vezes dou por mim a perguntar onde está a crise!

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  4. Ainda bem que não sou só eu a interrogar-me. Há muito que pasmo com o poder de compra da maioria das pessoas. É calro que há quem viva mal, o desemprego é terrível e as perspectivas de futuro preocupantes, mas o povo não está assim tão deprimido e os jovens continuam a gozar a vida com grande apoio dos pais, que se esfolam para os ajudar.
    Obrigada pelo seu comentário.

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  5. Eu sinto a austeridade apesar de ainda me considerar uma privilegiada. Felizmente que os nosso amigos digamos de "uma certa classe" ainda não sentiram os horrores da falta de dinheiro para tudo Incluindo nesse "tudo" o que há de absolutamente necessário a uma vida digna.Mas o drama existe e é cada vez maior. Eu tenho essa perceção ao ver as lojas a fechar, a cidade a degradar-se e sinto também que aquilo que nos parece muito, em valor absoluto, em percentagem é uma insignificância.
    Mas espero melhores dias. Para mim já não. Mas que seja ao menos para a geração dos meus netos.

    Um abraço.

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  6. Sim,, a imagem da Baix é degradante, as lojas estão fechadas com tapumes, cheios de cartazes colados e graffiti, dá uma ideia das falências que houve entretanto. Mas muitas dessas lojas fecharam antes da crise, devido às grandes superfícies que enguliram o tecido comercial do Porto. Nunca se devia ter permitido a construção de tantos centros comerciais, embora sejam emprego para muitos jovens. Também têm aberto outras lojas novas em locais menos centrais, a avenida da Boavista, por exemplo está cheia de lojas e cafés novos. Vai levar tempo a reconstruir a Baixa e vai ser preciso muita persistência, mas este presidente faz muito.

    Bom Domingo!

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