Literalmente. Humana e espiritualmente.
Começou na 6ª com uma ida colectiva ao Palácio de Cristal, à Feira do Livro, com os meus netos e filha. Estava uma bela tarde e a feira estava vazia. Sem ninguém.
Eram 3 da tarde, compreende-se. Mas faz pena, pois o sitio é idílico, conheci muitas feiras do livro em Lisboa nos mais diversos locais e aqui no Porto, onde variaram também, mas esta avenida das tílias é mesmo o ideal para se ver livros e admirar a beleza do parque.
Os miúdos escolheram rapidamente os livros que queriam. Paradoxalmente, o de nove anos apaixonou-se pelas Viagens de Gulliver, um calhamaço sem gravuras e não quis outra coisa.
O mais velho comprou dois livros duma colecção que ele adora. Já leu 12 dessa colecção. O mais pequenito, como ainda não sabe ler, estava com alguma dificuldade, mas encontrei em livro do dia uma joia dos "Peanuts" , um livro em 3 dimensões, que fará o encanto de qualquer criança. Só custou 5 euros!! Para mim, só comprei um livro que andava a namorar há tempos : Um Porto de Árvores", da Campo Aberto, com fotografias lindíssimas de algumas árvores que conheço bem, outras menos.
Depois, os meninos quiseram comer um gelado e ir brincar para o parque infantil que é excelente. É um dos sítios mais bem arquitectados para crianças aqui no Porto. Já há muitos anos que lá vou com eles e mesmo os mais velhos gostam, pois os aparelhos são muito sofisticados e permitem verdadeiro desafio. Os bancos à volta ajudam os "velhotes" a descansar as pernas enquanto vigiam a pequenada. Esteve-se bem e eles vieram felizes, embora estivessem muito cansados depois duma manhã de colégio bastante exigente.
Hoje acordei com vontade de ir até ao mar. A princípio, achei que não tinha coragem, pois doía-me imenso a tendinite e a ideia de ir de autocarro e andar a pé não me animava. Mas enchi-me de coragem, tomei um brufen e abalei com a minha filha. Na paragem em frente ao Botânico admirei mais uma vez as árvores maravilhosas que se erguem mesmo em frente. O que seria de nós sem árvores?
O mar estava encapelado, mas havia bastante gente na praia e a temperatura estava ideal, quente mas não demais, sem vento, apenas uma brisa serena que soprava de oeste, nuvens altas e benfazejas, um ambiente excepcional. Estar ali três horas é um bálsamo para a alma.
Só consigo ouvir música e tirar fotografias, ler custa-me pois há demasiada luz ao sol. Um patusco lia numa posição verdadeiramente engraçada...um pescador insistia em lançar a sua linha do cimo das rochas, ao longe viam-se as silhuetas das pessoas no molhe do farolim de Felgueiras, que, imperial, focaliza todas as atenções dos passeantes.
A maré começou a encher e as ondas a subir de tal modo que batiam com estrondo nas rochas mesmo em frente e salpicavam-nos levemente.
Só foi pena termos de esperar 3/4 de hora pelo autocarro 204. Felizmente arranjei lugar num banco do jardim, que fica junto à paragem, pois custa muito menos esperar. Vinham muitas pessoas irritadas pois aos fins de semana há pouquíssimos autocarros e a maioria das pessoas são de idade. Um revisor, admoestado por mim sobre o atraso no horário, encolheu os ombros e disse não saber de nada.É assim o civismo destes funcionários públicos....
O que vale é que depois dumas horas de verdadeiro êxtase diante deste mar que nos aconchega aqui no Porto, nada nos pode apoquentar!
Começou na 6ª com uma ida colectiva ao Palácio de Cristal, à Feira do Livro, com os meus netos e filha. Estava uma bela tarde e a feira estava vazia. Sem ninguém.
Eram 3 da tarde, compreende-se. Mas faz pena, pois o sitio é idílico, conheci muitas feiras do livro em Lisboa nos mais diversos locais e aqui no Porto, onde variaram também, mas esta avenida das tílias é mesmo o ideal para se ver livros e admirar a beleza do parque.
Os miúdos escolheram rapidamente os livros que queriam. Paradoxalmente, o de nove anos apaixonou-se pelas Viagens de Gulliver, um calhamaço sem gravuras e não quis outra coisa.
O mais velho comprou dois livros duma colecção que ele adora. Já leu 12 dessa colecção. O mais pequenito, como ainda não sabe ler, estava com alguma dificuldade, mas encontrei em livro do dia uma joia dos "Peanuts" , um livro em 3 dimensões, que fará o encanto de qualquer criança. Só custou 5 euros!! Para mim, só comprei um livro que andava a namorar há tempos : Um Porto de Árvores", da Campo Aberto, com fotografias lindíssimas de algumas árvores que conheço bem, outras menos.
Depois, os meninos quiseram comer um gelado e ir brincar para o parque infantil que é excelente. É um dos sítios mais bem arquitectados para crianças aqui no Porto. Já há muitos anos que lá vou com eles e mesmo os mais velhos gostam, pois os aparelhos são muito sofisticados e permitem verdadeiro desafio. Os bancos à volta ajudam os "velhotes" a descansar as pernas enquanto vigiam a pequenada. Esteve-se bem e eles vieram felizes, embora estivessem muito cansados depois duma manhã de colégio bastante exigente.
Hoje acordei com vontade de ir até ao mar. A princípio, achei que não tinha coragem, pois doía-me imenso a tendinite e a ideia de ir de autocarro e andar a pé não me animava. Mas enchi-me de coragem, tomei um brufen e abalei com a minha filha. Na paragem em frente ao Botânico admirei mais uma vez as árvores maravilhosas que se erguem mesmo em frente. O que seria de nós sem árvores?
O mar estava encapelado, mas havia bastante gente na praia e a temperatura estava ideal, quente mas não demais, sem vento, apenas uma brisa serena que soprava de oeste, nuvens altas e benfazejas, um ambiente excepcional. Estar ali três horas é um bálsamo para a alma.
Só consigo ouvir música e tirar fotografias, ler custa-me pois há demasiada luz ao sol. Um patusco lia numa posição verdadeiramente engraçada...um pescador insistia em lançar a sua linha do cimo das rochas, ao longe viam-se as silhuetas das pessoas no molhe do farolim de Felgueiras, que, imperial, focaliza todas as atenções dos passeantes.
A maré começou a encher e as ondas a subir de tal modo que batiam com estrondo nas rochas mesmo em frente e salpicavam-nos levemente.
Só foi pena termos de esperar 3/4 de hora pelo autocarro 204. Felizmente arranjei lugar num banco do jardim, que fica junto à paragem, pois custa muito menos esperar. Vinham muitas pessoas irritadas pois aos fins de semana há pouquíssimos autocarros e a maioria das pessoas são de idade. Um revisor, admoestado por mim sobre o atraso no horário, encolheu os ombros e disse não saber de nada.É assim o civismo destes funcionários públicos....
O que vale é que depois dumas horas de verdadeiro êxtase diante deste mar que nos aconchega aqui no Porto, nada nos pode apoquentar!
E o seu itinerário aconchegou-me também o coração. As pessoas, a arte e a natureza dão-nos alento e proporcionam-nos consolo. Ainda bem que aproveitou o sol do início do fim de semana, pois este domingo está cinzento e chuvoso, anunciando a chegada antecipada do outono. Vou agora fazer um chá que é o que me está mesmo a apetecer :)
ResponderEliminarUm beijinho e a continuação de um bom domingo
É bom estar em sintonia com o mundo à volta , mas também com que nos lê na blogosfera. Não pretendo encantar com as minha entradas, mas suavizar por vezes, o quotidiano de pessoas cuja distracção é ver telejornais cheios de desgraças. O mundo mediático está cada vez mais desumano.
ResponderEliminarBom chazinho!