Todos dizemos mal dos programas de TV. A torto e a direito. Eu também. Já há muito que não oiço um telejornal, um programa politico, uma conversa entre cabeças pensantes, um debate, uma novela ou série. Não vejo mesmo nada. A maior parte das vezes tenho a TV no zero.
Mas, lembro-me que ela existe de vez em quando e abro-a sempre nos canais que transmitem música.
Volta e meia dou comigo a recordar hits dos anos 80 - que saudades dos meus filhos adolescentes! - ou peças clássicas tão pesadas como óperas de Wagner.
Tudo me serve desde que contribua para a minha paz de espírito e prazer espiritual.
Ouvir música é para mim tão necessário como respirar. Só páro quando o silêncio é mais rico ou os ruídos de fora me trazem algum conforto, o mar, por exemplo.
Mesmo quando passeio pelas áleas do Botãnico, para evitar o barulho da VCI, levo auriculares e oiço o Spotify. Tenho playlists de Schubert, Bach, Chopin, Aznavour, Adamo, Weyne Blood, Leonard Cohen, etc.
A música aliada à beleza das plantas naquele jardim é melhor que qualquer psicoterapia paga a peso de ouro.
Se me entristece por vezes, pois a ela se aliam muitas recordações, também me eleva. E mesmo quando choro ao ouvir certas canções, esse chorar alivia.
Esta tarde, depois de ter ido ao cinema ver um filme belo : Uma História de Amor, com um dos meus actores de clássicos preferidos, Derek Jacobi, de I Claudius, já estive a ouvir mais de 3 horas de música da TV.
Ouvi Shostakovitch, Gluck e Tschaikowski e agora deleito-me com o meu concerto favorito de Brahms, o nº2, brilhantemente tocado por Elizabeth Leonskaya e regido por Tugan Sokhiev. Uma verdadeira prenda de fim de semana.
Nem tudo é mau...vale a pena procurar...e subitamente tem-se uma sala de concertos bem perto de nós.
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