Fui ver o filme, de que já vira o trailer, candidato a Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2012, filme canadiano sobre uma temática que sempre me interessou: a escola.
Como sempre, não estava quase ninguém na sala às 2-15 e o silêncio ajudou a impregnar-me do ambiente dramático em que se desenrola a história, a ouvir bem a música de piano que o acompanha e, sobretudo, sentir a pulsação das personagens que interpretam magistralmente os seus papeis: o professor argelino que "cai de paraquedas" numa escola de Montreal, as crianças simples e naturais de 11- 12 anos, pré-adolescentes traumatizados por um acontecimento funesto ocorrido dias antes.
É um filme belo e contrariamente ao que esperava, verifico que os nossos críticos - o Sr. Vasco Câmara, por exemplo, que dá 1 estrela ao filme - continuam a receber o vencimento sem ter a mínima noção do que um filme contém em termos de sensibilidade, interesse humano, originalidade dentro do tema, tratamento delicado do mesmo, sobriedade, complexidade ou beleza.
A sala de aula sempre foi para mim como um palco, um teatro. Este filme foi extraído duma peça de Evelyne de la Cheneliere, "Bashid Lazhar", e contém sobriedade teatral, que não perpassa para as interpretações, nem para a técnica de filmagem, muito equilibrada e contida, mas diversa e atraente. O filme não tem momentos mortos, é sempre interessante.
Consigo imaginar o que seria este filme realizado por americanos, a "xaropada", o drama, as intervenções estereotipadas dos agentes escolares, dos pais e até dos miúdos, que aqui são exemplares e dão lições de bem representar a muitos actores adultos. Também imagino como seria o filme feito cá, com jovens ordinários, péssimos actores, mas com físicos de modelos e atletas:)))
Não conto nada do enredo propositadamente. Penso que não estraguei o vosso suspense, nem me anticipei ao visionamento da película.
O mesmo não acontece com as críticas que já li e que repudio vivamente. O Público, jornal de referência (?), está a pagar a pseudo-críticos para nos desmotivarem de ir ao cinema e de apreciarmos com os nossos próprios olhos realizações quase perfeitas.
Basta dizer que no site Rotten Tomatoes, que é o que sigo quase sempre o filme está cotado com quatro estrelas e 97% dos espectadores gostaram dele.
Deixo-vos com imagens e a banda sonora muito bela deste filme singular.
Como sempre, não estava quase ninguém na sala às 2-15 e o silêncio ajudou a impregnar-me do ambiente dramático em que se desenrola a história, a ouvir bem a música de piano que o acompanha e, sobretudo, sentir a pulsação das personagens que interpretam magistralmente os seus papeis: o professor argelino que "cai de paraquedas" numa escola de Montreal, as crianças simples e naturais de 11- 12 anos, pré-adolescentes traumatizados por um acontecimento funesto ocorrido dias antes.
É um filme belo e contrariamente ao que esperava, verifico que os nossos críticos - o Sr. Vasco Câmara, por exemplo, que dá 1 estrela ao filme - continuam a receber o vencimento sem ter a mínima noção do que um filme contém em termos de sensibilidade, interesse humano, originalidade dentro do tema, tratamento delicado do mesmo, sobriedade, complexidade ou beleza.
Naquelas duas horas revivi a minha vida de professora e senti aquela ansiedade e nervoso miudinho que se apoderava de mim todas as manhãs ao entrar na sala de aula. Nunca sabia ao certo como os alunos iriam reagir ao tópico escolhido, não sabia o que se tinha passado na aula antes, o que acontecera nas suas casas, quais os estados de alma com que vinham para a escola. Tinha de fazer tábua rasa de tudo o que me preocupava a mim também: filhos, casa, saúde, acidentes, discussões, perdas e até alegrias tinham de desaparecer naquele momento.
A sala de aula sempre foi para mim como um palco, um teatro. Este filme foi extraído duma peça de Evelyne de la Cheneliere, "Bashid Lazhar", e contém sobriedade teatral, que não perpassa para as interpretações, nem para a técnica de filmagem, muito equilibrada e contida, mas diversa e atraente. O filme não tem momentos mortos, é sempre interessante.
Consigo imaginar o que seria este filme realizado por americanos, a "xaropada", o drama, as intervenções estereotipadas dos agentes escolares, dos pais e até dos miúdos, que aqui são exemplares e dão lições de bem representar a muitos actores adultos. Também imagino como seria o filme feito cá, com jovens ordinários, péssimos actores, mas com físicos de modelos e atletas:)))
Não conto nada do enredo propositadamente. Penso que não estraguei o vosso suspense, nem me anticipei ao visionamento da película.
O mesmo não acontece com as críticas que já li e que repudio vivamente. O Público, jornal de referência (?), está a pagar a pseudo-críticos para nos desmotivarem de ir ao cinema e de apreciarmos com os nossos próprios olhos realizações quase perfeitas.
Basta dizer que no site Rotten Tomatoes, que é o que sigo quase sempre o filme está cotado com quatro estrelas e 97% dos espectadores gostaram dele.
Deixo-vos com imagens e a banda sonora muito bela deste filme singular.
Tenho ainda em rascunho um post sobre este filme, que também me tocou de maneira especial, a ponto de me fazer chorar.
ResponderEliminarExplicarei porquê, mais ou menos, lá no meu "Isto e aquilo". É de facto um filme belíssimo, encantador, cheio de sensibilidade. :)
Beijinho
Foi por sua causa que o fui ver hoje. Era para ir ver o do Robert Redford, mas depois de ter lido o seu comentário no blogue, resolvi ver, este de que já vira um trailer no cinema. Adoro filmes falados em francês.....desde há muito. O meu neto esteve aqui a ler o meu post e ficou cheio de vontade de ver o filme, mas só tem 9 anos, acho que se impressionaria.....
ResponderEliminarBjo e bom fim de semana!
Há muito que deixei de ler as críticas do Público, por isso nem sei o que para eles faz de um filme uma obra de arte, enfim...
ResponderEliminarE, pronto, outra bela recensão do mesmo filme (acabei de ler a da Isabel).
Bjos,
(tem comentário meu na entrada em baixo...)
É um filme simples, mas às vezes é agradável vê-los.
ResponderEliminarBjo